Emily estava presa no momento, não ousava nem mesmo piscar os olhos. Temia gaguejar assim que as palavras saíssem de sua boca e, por precaução, manteve o silêncio entre eles por mais tempo do que pretendia.
Fred esperou, tentando decodificar seus pensamentos. Embora o rosto dela parecesse isento de qualquer emoção, tinha certeza de que algo estava processando na mente dela, ou ao menos, era o que ele gostaria.
– É uma piada? Algo como “deixe-me levá-la ao pior encontro da sua vida” – ela indagou cuidadosamente. – É algo assim? Está tentando fazer dessa vantagem uma forma de...
– O quê? Você acha que eu faria uma coisa dessas? – ela arqueou uma sobrancelha em resposta e ele estalou a língua quando se deu conta. – Pensando bem, está absolutamente certa. Eu definitivamente faria isso. Embora não seja o caso aqui.
– Então, o que é que você está planejando? Não consigo decidir se é só uma loucura, ou mais uma de suas gracinhas.
– Pode pensar que é uma combinação de ambos. – respondeu com orgulho e elevou a mão até a altura da cabeça – Juro solenemente que estou tramando algo bom.
– Besteira. – ela riu. – O diabinho no seu ombro enxotou o anjo que deveria estar aí, há muito tempo. É quase contra a sua natureza.
– Você não reconhece um homem bem-intencionado mesmo quando ele está jurando na sua frente, não é? – Fred abaixou a mão. – Não faz mal. Nós vamos sair.
– E para onde a sua mente brilhante pretende nos levar, gênio? Sabe que não posso sair daqui.
– Deixe isso comigo. Basta vestir algo bonito e me esperar no sábado, ao anoitecer. Iremos jantar juntos. – sorriu sarcasticamente, plenamente confiante em si próprio. – E traga a poção. Vou bebê-la.
– Por que não faz isso agora e evita todo essa burocracia? – ela encolheu os ombros e ofereceu o frasco.
– Porque quando recuperar minhas memórias, certamente gostaria de fazê-lo em um momento bom. Digo, por acaso agora é crime ser romântico?
– Se. – Emily corrigiu.
– o quê?
– Não é uma questão de quando acontecerá, mas se acontecerá.
– Vai acontecer. Acredite em mim.
– Bem, eu...
– Mulher! Pelas barbas de Merlin! – ele colocou as mãos nos ombros dela e sacudiu-os suavemente – Você não pode simplesmente se conformar e me deixar ter essa única coisinha?
– Eu só ia justamente dizer que aceito. – Emily tirou as mãos dele de cima dela e partiu de volta para dentro do imóvel.
– Oh. Excelente.
Dentro do chalé, o pequeno grupo tinha se dispersado. Anabel, Verity e Atlas estavam na cozinha, enquanto os outros dois garotos haviam se apropriado da sala. Emily entrou avaliando a atmosfera do lugar e marchou diretamente para Anabel.
– Precisamos conversar, lá em cima. – disse entredentes. – Você também pode vir, Verity.
– Aonde vamos? – Atlas questionou assim que as três se encaminharam para fora da cozinha. Pelo tom, o rapaz parecia estar implorando para não ser deixado sozinho ali.
– Nós três vamos subir. Você pode ir socializar com os outros ali, que tal? – Emily zombou, comprimindo os olhos numa careta insolente. Atlas engoliu em seco e encarou os demais. Fred havia acabado de entrar. – Que foi? O gato comeu sua língua?
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The Castle On The Hill | Fred Weasley
FanficEmily é uma jovem bruxa prestes a iniciar o sexto ano na Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts. Dividindo seu tempo entre amizades, estudos e grandes eventos sediados pela escola, sua vida acadêmica promete ser mais movimentada do que nunca... Espe...