The Castle On The Hill | Fred Weasley

· 66 · Agouro

Emily sentiu sua falsa postura inabalável cair por terra. Seu coração disparou no peito e por pouco não encontrou ar.

– Atria! Não! – o rapaz implorou.

Ela esbarrou nele e correu, a fim de chegar aos limites de proteção e poder aparatar na Toca o mais rápido possível. Atlas também corria e gritava, tentando impedi-la.

Sem aviso, Nyx surgiu galopando de dentro do bosque e bloqueou sua passagem. O Trestálio se ergueu nas patas traseiras e soltou um som agourento, fazendo-a tropeçar e cair no chão.

– Não seja estúpida, Atria, isso não vai acabar bem. Nem sequer tem um plano em mente! Acha mesmo que a Ordem da Fênix não cercou aquele lugar com todo tipo de feitiços de proteção? Como espera conseguir chegar lá assim? – ele alcançou-a e prostrou-se ao seu lado, oferecendo ajuda para que pudesse se levantar.

– Nyx. – ela afastou as mãos dele e recuperando-se do impacto, levantou do chão.

– E quanto aos termos do voto perpétuo? Se fugir daqui, o que claramente está tentando fazer, pode cair morta na metade do caminho. – ele puxou seu braço e separou-a do animal, que agora soltava o ar pelas narinas em agonia e batia os cascos fortemente no chão, provocando um som tão pesado quanto o de um tambor.

– Eu não me importo, Atlas! Não dou a mínima! – empurrou-o para trás. Nyx começou a se agitar ainda mais graças à discussão, relinchando e balançando a cabeça para cima e para baixo. – Você ouviu Bellatrix. Preciso saber se ele está bem. Preciso vê-lo!

– Você não está pensando direto! E tudo aquilo o que acabamos de conversar?

– É claro que estou pensando direito! – ela gritou à plenos pulmões. – Que se dane! Eu vou vê-lo e não é você quem vai me impedir! – ela puxou a varinha. – Saia.

– Não vamos fazer isso. Por favor. – o rapaz usou um tom calmo, tentando apaziguar a situação.

– Saia do meu caminho. – ela gesticulou com a varinha, apontando para ele e para a esquerda, mas ele não se moveu.

– Sinto muito, Atria. Não posso permitir que faça uma loucura da qual pode se arrepender mais tarde.

Atlas tentou puxar a varinha, mas um clarão surgiu bem atrás do rapaz e ele caiu no chão desacordado.

– Atlas! – Emily adiantou-se à frente de onde ele havia caído, a fim de proteger ao garoto e à si mesma. Nyx se ergueu novamente nas patas traseiras e bateu os cascos no chão furiosamente, abaixando a cabeça fantasmagórica na direção do rapaz e empurrando-o suavemente, como se quisesse acordá-lo.

A figura encapuzada que disparou contra o rapaz estava agora guardando a varinha, sem intenção de iniciar um novo confronto. Ela ergueu as mãos até a cabeça, mesmo com os protestos de Emily para que não se movesse. Baixou o capuz e balançou os cabelos castanhos e curtos, penteando a franja com as pontas dos dedos.

Emily demorou um pouco para assimilar a visão à sua frente, apertando os olhos com incredulidade. Uma vez convencida de que de fato aquilo era real e estava acontecendo bem diante de seus olhos, guardou a varinha e começou a se aproximar com cautela.

– Anabel?

A garota sorriu e acenou.

– Parece que cheguei na hora certa. – Anabel indicou com a cabeça para o rapaz desacordado aos pés de Emily. – Quem é esse cara? E quem é Atria?

– Te darei todas as explicações que quiser numa outra hora. Agora não temos tempo a perder. – Emily tentou aproximar-se de Nyx, mas o animal relinchou de maneira agourenta e ela afastou-se apreensiva. – Nyx... Por favor!