Atlas estava cada vez mais perto de conseguir cumprir a promessa que fizera ao Lorde das Trevas. Cogitou a possibilidade de informar aos demais, mas optou por manter as coisas exatamente como estavam e assim, ganhar um pouco mais de tempo. Tinha uma responsabilidade crucial em um plano que pouco a pouco começava a se desenrolar.
No sábado, ao retornar após um longo dia de pesquisas, escutou um estampido ao longe e empertigou-se inteiro à porta da Torre, vendo-a cruzar a última fração de terra que separava-os.
– A garota? – Bellatrix questionou sem nem ao menos ter a dignidade de cumprimentá-lo.
– Lá em cima no quarto. Não poderá nos ouvir, fique tranquila. – informou, antes de furtivamente trancar a porta de entrada da Torre.
– Vim porque o Lorde das Trevas tem pressa, garoto. Não vai tolerar outro fiasco como o que aconteceu quando tentamos recuperar a profecia no ano passado.
– Se é a única razão para sua visita, pode voltar e dizer à ele que fiz alguns importantes avanços. É uma questão de dias até que tudo esteja acertado.
– É só o que tem a oferecer sobre seu progresso? Apenas isso?
– É tudo o que tenho, no momento. Mas fique tranquila, saiba que estou progredindo... Passos lentos e constantes.
– É melhor esquecer os passos lentos e começar a correr, se não quiser ser deixado para trás. Vamos seguir com o plano no Ministério... Eis o seu prazo! Se não conseguir até lá, pode se considerar um homem morto!
– Sim, Madame Lestrange. Eu compreendo.
– Há mais uma coisa. – ela ergueu a mão e abanou-a no ar, pondo fim às desculpas dele. – Quando soube que a Atria atacou Greyback, quase cheguei à acreditar que existia algo de especial nela. Espero que demonstre este potencial hoje à noite.
– Pensei que estivesse satisfeita com o comportamento dela. Há algo errado? – indagou receoso.
– O Lorde das Trevas tem dúvidas acerca da índole da garota e está inclinado à não confiar tarefas importantes à ela. – Bellatrix cobriu o rosto. – É um ultimato. Atria é dispensável para mim e não posso permitir que as coisas continuem assim tão confortáveis.
Quando achou que a bruxa já estava longe o suficiente, Atlas usou a varinha para empurrar a porta de entrada e Emily saltou detrás dela com o susto.
– Saía daí, ela já foi.
– Ótimo, agora podemos resolver os nossos assuntos pendentes. – Emily tentou recuperar a pose e colocou-se à frente dele. – Tenho acompanhado-o por aí como uma tola, para descobrir Merlin sabe o quê! Não acha que é hora de compartilhar comigo o que realmente estamos buscando, Atlas?
– Ainda está com meu relógio? – ele perguntou inesperadamente.
– O quê? O que isso tem...
– Está, ou não? – ela retirou o objeto do bolso interno e mostrou-o. – É tudo. Não tenho mais nada a dizer.
Ele saiu andando e deixou-a parada no meio do caminho, com uma interrogação pairando sobre a cabeça. Até tentou seguir o rapaz e teimar no assunto, mas foi completamente ignorada.
Mais tarde, dentro do bosque, Nyx arrastava os pesados cascos pela terra, deixando marcas de sua agitação. Os dois montaram no testrálio e Nyx correu para o campo aberto, abriu as asas e alcançou os céus.
– Lá estão eles! – Emily informou em voz alta e deu dois tapinhas no ombro de Atlas, apontando para os vultos um pouco mais à frente, abaixo de onde voavam.
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The Castle On The Hill | Fred Weasley
Hayran KurguEmily é uma jovem bruxa prestes a iniciar o sexto ano na Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts. Dividindo seu tempo entre amizades, estudos e grandes eventos sediados pela escola, sua vida acadêmica promete ser mais movimentada do que nunca... Espe...