VIP

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Pego uma coqueteleira e coloco gelo dentro dela, adiciono vodka, suco de cranberry e suco de limão, fecho a coqueteleira e agito por alguns segundos. Pego uma taça de martini no suporte, passo uma fatia de limão na borda e mergulho a borda no açúcar. Abro a coqueteleira e despejo o coquetel na taça.
Olho para a cliente que assiste tudo hipnotizada, quando percebe que estou olhando ela passa a língua pelos lábios vermelhos, eu sorrio pego duas cerejas tão vermelhas quanto os seus lábios, a primeira eu coloco no Martini e a segunda levo até a minha boca devagar, abro os meus lábios, prendo a cereja com os dentes sem morder, puxo o talo e só então eu mordo, fecho os meus lábios e saboreio a sua doçura. A cliente de inclina um pouco para a frente com os lábios entreabertos e eu coloco o copo de Martini na sua frente, sorrio, pego a garrafa e vou guardar na prateleira.
- O VIP chegou!
Eu olho para a porta e o meu olhar encontra o dele, ele está parado olhando para o bar, não parece de bom humor hoje.
- Ele estava vendo você preparar o coquetel.
Eu desvio o olhar e coloco a garrafa no lugar.
- Ele já entrou, você devia dar um tratamento VIP pra ele hoje.
- Cala a boca, Chimon! Não tem nenhuma mesa pra você limpar não?
Ele sorri e me cutuca, eu olho novamente e o Tay, o nosso gerente, se aproxima do balcão.
- O de sempre pro VIP, Nanon.
Eu aceno e ele se afasta, o Chimon chega perto e fala baixo.
- Dá um especial do Nanon para ele hoje.
Eu mostro o dedo do meio pra ele, pego uma garrafa de whisky e vou para o balcão, o Chimon pega uma cerveja, coloca em uma bandeja e vai servir o seu cliente na mesa.
Eu pego o copo, mas quando vou abrir a garrafa penso no que o Chimon disse e mudo de ideia, eu preparo um Martini especial, uma receita que mesmo criei, coloco uma palheta com uma azeitona, pego uma bandeja pequena e vou para a sala VIP.
Bato uma vez na porta e entro, o VIP me olha sério, mas não fala nada, ele nunca fala nada, quando coloco a taça na sua frente ele levanta uma sobrancelha.
- Esse é por minha conta.
Ele olha para o copo e para mim.
- Você trabalha aqui há muito tempo?
É a primeira vez que ouço a sua voz e ela me surpreende, achei que fosse mais grossa, sei lá...
- Um ano e meio.
Ele pega a palheta com a azeitona, leva até a boca e come, vai mastigando devagar sem tirar os olhos de mim.
- Você gosta?
Com certeza! Mas acho que ele não está falando sobre o que está passando pela minha cabeça nesse momento.
- Você gosta de trabalhar aqui?
- É um lugar bom para trabalhar.
- Isso não foi convincente.
Eu acho estranho o seu tom, então tento explicar melhor.
- Eu gosto de trabalhar aqui, o ambiente, os funcionários, os clientes... É um lugar bom para trabalhar.
- Os outros funcionários como são?
- São Ok, somos como uma família aqui.
Ele pega a taça e leva até a boca, primeiro cheira e depois bebe, fico satisfeito com a surpresa no seu rosto e sorrio, ele fica me encarando e quase da pra sentir o ar carregado com a energia que emana dele. Antes que eu faça algo que vai me colocar em problemas eu decido ir embora, me aproximo da mesa e quando pego a bandeja ele levanta e segura a minha mão, do jeito que nos curvamos sobre a mesa ficamos com os rostos a menos de dez centímetros um do outro.
Sinto o seu cheiro, amadeirado e meio amargo, alguma colônia de luxo com certeza.
- Eu ainda tenho algumas perguntas.
O cheiro do meu Martini atinge o meu rosto me fazendo querer provar o sabor direto da sua boca, sem conseguir me controlar eu me aproximo olhando nos seus olhos, como ele não se move eu toco os seus lábios com os meus, sinto o sabor dos seus lábios, mas ainda não é suficiente, então seguro a sua cabeça e o beijo, quando ele finalmente abre a boca e deixa eu explorar ela com a minha língua eu consigo sentir, o seu sabor é melhor do que qualquer bebida que eu já preparei, ele dá um tempero especial ao meu Martini, fico imaginando se eu consigo copiar essa mistura, seria a bebida perfeita.
Sinto a sua mão no meu peito, entrando por dentro da camisa que está com vários botões abertos e mostra muito mais do que devia, não gosto muito disso, mas as clientes sempre dão gorjetas maiores quando gostam do que estão vendo. Ele aperta o meu peito com força e desce beijando o meu pescoço, desliza a mão para baixo e quando abre o botão da minha camisa eu subo na mesa que está entre nós e vou até ele.
Nós olhamos nos olhos um do outro enquanto ele puxa a minha camisa para fora da calça e abre o último botão.
- Você sempre faz isso com os clientes VIPs?
- Eu só fico no balcão, nunca fiz isso antes.
Pela primeira vez ele sorri e da pra ver que ele está satisfeito. Ele olha para baixo, segura a minha cinta e puxa para frente, eu estou de joelhos na mesa, então tenho que ficar reto o que acaba me deixando mais alto que ele.
Ele se aproxima de vagar e envolve o meu mamilo com os lábios, abre a minha calça, abaixa ela e segura o meu pau.
Se afasta e olha nos meus olhos, pega a taça de Martini e joga uma pequena quantidade no meu peito que vai deslizando devagar, quando chega no meu umbigo ele se aproxima e lambe desde a minha barriga até o meu peito.
- Essa é a melhor bebida que eu já provei, Nanon!
Ele bebe mais um pouco e me beija, uma pequena parte do meu cérebro acende um alerta, ele falou o meu nome, como ele sabe o meu nome?
Eu não tenho tempo para pensar nisso profundamente porque assim que para de me beijar, ele se abaixa e começa a me chupar, ele brinca com o meu pau como se fosse um sorvete na sua boca, lambe, chupa, morde sem pressa. Quando eu não aguento mais eu seguro a sua cabeça e tento afastar.
- Você tem que parar, eu vou gozar!
Ao invés de se afastar ele enfia o meu pau até a garganta e começa a acelerar, eu não consigo me controlar e gozo com força na sua boca.
Ele se afasta, lambendo os lábios, pega o resto do Martini e bebe, então sorri.
- O sabor ficou perfeito agora, Nanon!
Ele me beija mais uma vez, se afasta e pega a pasta que está ao meu lado e sai me deixando ajoelhado seminu encima da mesa.

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