Lua de mel

98 20 6
                                    

Paramos na frente de uma grande casa depois de horas de viagem e o Ohm sorri, não acredito que ele ainda está animado mesmo tendo passado o que era pra ser a nossa noite de núpcias no carro. Tento não deixar o meu mau humor matutino estragar tudo e o beijo, abro a porta saindo do carro e indo até o porta malas, tiro as malas e olho para a casa mais uma vez, ela parece realmente muito grande e só estou vendo a parte da frente, são dois andares e uma arquitetura moderna, árvores em volta da casa fornecem sombra o que é bom, o calor hoje está insuportável e não são nem oito horas ainda.

Sinto o Ohm se aproximando, ele me abraça por trás e beija o meu pescoço.

— Gostou?

— É bonita, mas porque aqui? Pensei que fosse querer viajar.

— Achei que você ficaria mais a vontade na nossa própria casa.

Ele me beija novamente, dessa vez eu me afasto e viro.

— Nossa casa?

— Eu falei que ia comprar uma casa na praia, lembrei de quando você falou sobre as praias de Koh Tao, procurei uma casa por lá, mas o acesso a ilha me deixou em dúvida, então a imobiliária me mandou as informações dessa casa, achei perfeito, tem montanha e ilha, a praia é particular e a casa é grande.

Ele fala tudo com naturalidade, como se fosse uma coisa banal sair comprando uma casa com praia particular.

Ele pega as malas e faz um sinal para eu o seguir, entramos na casa, ele coloca as malas em um canto enquanto eu olho em volta, nem consegui ver tudo ainda quando o Ohm me agarra, ele me beija com ferocidade, como se não podesse mais esperar. Em poucos segundos estamos sem roupa, nem tento impedir, pois também não aguento mais, afinal estamos há três dias nessa tortura. Ele para de me beijar e dá um passo para trás, tento ser paciente, mas porra!

— Prepara uma bebida pra mim?

Ele aponta para a direita e eu vejo um bar montado em um canto, a minha vontade é de jogar ele no sofá e acabar com isso de uma vez, mas eu reuno o resto de auto controle que me resta, vou para o bar parando na frente das garrafas pensando no que fazer, de repente ele para atrás de mim e beija o meu ombro, para a minha surpresa segura a minha mão direita coloca por dentro da manga da minha camisa, puxa ela e veste a outra manga, me abraça segurando um botão quase na altura do umbigo e fecha, me beija novamente  e se afasta, olho para trás e vejo ele saindo e sentando em um banco na frente do balcão, ele fica me encarando daquele mesmo jeito que fazia na época que era um cliente VIP que eu tinha que atender, nunca me ocorreu, mas...

— Porque eu te atendia na sala VIP?

Ele me olha confuso, eu pego uma garrafa de gin e vou até o balcão.

— Eu era barman, porque o Tay pedia para que eu o atendesse? Isso sempre atrasava o atendimento, não fazia sentido me tirar do balcão, então porque eu te atendia?

Ele fica vermelho e sorri.

— Non, eu comprei bar para estar perto de você, mas te ver do outro lado do balcão não era perto o bastante pra mim.

Eu devia ter imaginado desde o início que ele fazia eu o atender de propósito, acho que só não pensei nisso porque ele nunca tentou nada, provavelmente se eu não o tivesse beijado primeiro ele continuaria me observando a distância por meses.

— Estou perto o bastante agora, Ohm Pawat?

Pego um pote de cerejas, abro e coloco uma na boca comendo devagar, ele passa a língua pelos lábios lentamente e sem dizer nada levanta e vem até mim, eu tento virar, mas ele segura a minha cintura impedindo.

VIPOnde histórias criam vida. Descubra agora