Tentação

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- O VIP chegou!
Eu sinto um arrepio na espinha e olho para a porta, mas ele passa direto sem olhar para o bar.
- Uau, isso foi tão frio que não vamos precisar de gelos pelo resto da noite.
- Cala a boca, Chimon!
- Só estou dizendo.
Ele se afasta com uma bandeja e vai para as mesas, eu me concentro no que estou fazendo, pego o molde de silicone e tiro os gelos com formato de rosa deles, coloco em um pote e guardo novamente no freezer.
- Nanon, o mesmo de sempre para o VIP.
Eu aceno para o Tay e pego o whisky na prateleira, coloco uma esfera de gelo no copo e o whisky por cima, pego uma bandeja e vou para a sala VIP, bato na porta uma vez e entro, ele está concentrado olhando para o notebook.
Eu não consigo entender esse cara, ele vem toda sexta-feira há um mês e pega essa mesma sala apenas para ficar trabalhando, não fala com ninguém além do Tay, exceto na semana passada...
Eu tento não pensar nisso, entro e coloco o copo na sua frente, ele olha para mim, mas não diz nada, nem a porra de um obrigado, mas que se foda, eu aceno cordialmente, viro e vou para a porta sem olhar para trás.
Quando eu abro a porta a sua mão passa por cima do meu ombro esquerdo e fecha ela novamente, sinto a sua respiração muito próxima e os pelos da minha nuca se arrepiam, ele dá um passo para frente e o seu corpo encosta no meu, sinto a energia que emana dele me atraindo como um campo magnético, tento me afastar e encosto na porta, eu estou tão quente que a madeira fria causa um choque contra a minha pele.
A sua mão passa pela minha cintura indo até a minha barriga, com a palma aberta ele me puxa para trás fazendo eu encostar nele novamente, sinto o seu pau na minha bunda, isso não devia me afetar tão facilmente, mas imediatamente o meu pau fica duro também e eu só consigo pensar em como é ter ele dentro de mim, como deve ser foder ele, ouvir ele pedindo por mais e falando o meu nome enquanto goza.
Tento me afastar mais uma vez, eu tinha prometido para mim mesmo que não deixaria isso acontecer de novo, nunca transei com um cliente, nunca transei com um desconhecido, não sou o tipo de pessoa que fica com qualquer um, eu preciso de uma conexão, preciso de sentimento, é assim que eu sou, esse aqui excitado pelo toque de um estranho e ansiando por mais não sou eu.
Ele dá mais um passo para frente me prendendo entre ele e a porta e agora o seu pênis me pressiona cor força, quase consigo sentir ele pulsando através das nossas calças e só consigo pensar nele pulsando dentro de mim.
- Porque a pressa, Nanon?
Os seus lábios tocam a minha orelha levemente a sua voz sussurrada me envolve completamente, a sua mão que ainda está na minha barriga desce lentamente, quando chega na minha calça ele puxa a minha camisa para fora e coloca a mão por baixo dela.
- Você está pegando fogo, Nanon!
- Eu preciso voltar...
- Eu acho que você precisa de outra coisa...
Ele abre o botão da minha calça, eu quero resistir, eu sei que tenho que resistir, mas o desejo está quase me vencendo. Quando ele abaixa o zíper eu seguro a sua mão, reúno o que me sobrou de bom senso e empurro ele para trás afastando o seu corpo do meu, esses poucos centímetros podem me ajudar a pensar melhor.
- Eu tenho que ir...
- Você quer ir, Nanon?
- Sim...
A minha voz saiu tão fraca que eu mesmo não acreditei nisso. Mais uma vez ele encosta o seu corpo no meu e sussurra no meu ouvido.
- Se entrega para mim, Nanon... Não resista, é isso que você quer. - Ele beija o meu pescoço e a minha mente fica em branco. - Se entrega, Nanon...
Ele segura o zíper e desliza para baixo, sinto a minha calça escorregando com facilidade pelas minhas pernas guiada pelos seus dedos que tocam a minha pele liberando pequenas cargas elétricas que se espalham pelo meu corpo.
- Se entrega, Nanon!
Com o seu comando eu perco o controle, como se pudesse ler o meu corpo como um livro ele sabe exatamente o momento que eu me entreguei e assume o controle.
Abre os botões da minha camisa e desliza ela pelos meus braços me deixando apenas com as calças amontoadas nos meus pés e o corpo todo nu.
Ele desce beijando as minhas costas, se ajoelha atrás de mim, tira os meus sapatos, depois a calça e a cueca, quando se levanta encosta o corpo no meu novamente.
- Você é perfeito, Nanon! - ele cheira o meu pescoço desde o ombro até a orelha. - E o seu cheio... Hmmm....
Ele suspira e me cheira mais uma vez, percebo que ele está abrindo a calça e um pequeno sinal na minha mente me alerta para não fazer isso, mas eu não posso fazer nada agora, o controle é todo dele.
Sinto o seu pênis passando pela minha bunda e deslizando com facilidade por causa da camisinha. Ele beija o meu pescoço várias vezes enquanto segura o seu pênis.
- Você vai ser a minha ruína, Nanon!
Eu quero entender o que ele quis dizer com isso, mas antes que eu consiga perguntar ele começa a me penetrar, eu me contraio com a invasão repentina e prendo a respiração.
- Se entrega, Nanon!
Mais uma vez o meu corpo responde ao seu comando e relaxa, ele geme enquanto entra e sai devagar, ele me beija e a sua mão parece estar em todos os lugares, como se eu fosse o seu instrumento favorito e ele sabe tocar com maestria, cada toque, cada beijo, cada gemido me leva para a beira do precipício e eu tenho certeza que nesse momento eu pularia por ele de bom grado.
Ele começa a meter com força e fala o meu nome sem parar, por algum motivo no meio da confusão de dúvidas e desejo eu mais uma vez me questiono como ele sabe o meu nome.
- Nanon!
O meu corpo fica alerta e eu deixo qualquer outro pensamento de lado e foco nele, começo a sentir aquela pressão se acumulando, sei que vou gozar, mas queria estender esse momento pelo máximo de tempo possível, nós dois conectados como nunca me conectei com ninguém e não é algo carnal, é como se pertencessemos um ao outro e a esse momento... é tudo tão certo e tão perfeito...
- Goza, Nanon!
Sinto uma descarga de energia e gozo com força, ele mete mais rápido dessa vez e pelo seu gemido sei que ele está gozando também.
Ele para e beija o meu pescoço várias vezes enquanto respira com dificuldade, de repente ele se afasta, eu viro e vejo ele se arrumando, vai até a mesa e pega o notebook e coloca em uma pasta, vem até mim e me beija, ele fica olhando nos meus olhos e tenho a impressão de que ele quer dizer alguma coisa, mas ele apenas segura a minha cintura e me puxa, me beija enquanto me gira, então se afasta, passa o dedo pelo meu lábio como se limpasse ele, abaixa a mão, abre a porta e vai embora, eu olho para a minha roupa do chão e fecho os olhos já me amaldiçoando. Eu não devia ter feito isso!

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