LXXII

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O Ohm senta, coloca o cinto de segurança e fecha os olhos, eu prendo o meu cinto também e seguro a sua mão, o avião tem uma pequena turbulência e ele fica mais tenso, posso sentir o seu medo em cada pequeno tremor. Assim que a luz do cinto de segurança se apaga eu me solto e me abaixo na sua frente, ele abre os olhos e consigo ver toda aquela vulnerabilidade que sempre me quebra. Sem dizer nada eu seguro o seu pé esquerdo e tiro o sapato, faço o mesmo com o direito, então as suas meias, ele fica me observando em silêncio ainda preso no mesmo lugar. Deslizo a mão pelas suas pernas subindo pelas coxas e afasto, me ajoelho e abro o cinto da sua calça devagar, consigo sentir a sua respiração acelerando a cada gesto meu. Abro o botão da calça e seguro o zíper, ele se contorce e eu paro olhando nos seus olhos.

- Não se mexe!

A diversão se mistura ao tesão no seu olhar quando ele para de se mexer, eu abro o zíper um pouco e ele se contorce mais uma vez, novamente eu paro e ele suspira frustrado.

- Eu mandei não se mexer.

O Ohm para mais uma vez e eu puxo a sua cueca, pego o seu pênis e aperto, quando ele geme eu sorrio.

- Silêncio, o NewYear está na cabine ao lado.

Ele olha pra porta como se ela fosse abrir de repente e geme alto quando eu passo a língua pelo seu pau.

- Quieto!

- Nanon, eu...

Antes que consiga dizer mais alguma coisa eu envolvo o seu pau com os lábios e chupo com força, ele tenta se controlar e dessa vez o seu gemido sai contido. Continuo chupando e masturbando enquanto ele perde o controle aos poucos, quando não aguenta mais o seu gemido alto ecoa pela cabine e eu sei que ele está exatamente como eu queria, então me afasto ficando em pé na sua frente e tiro a roupa devagar, o Ohm olha para cada parte do meu corpo ficando cada vez mais excitado, se é que isso é possível. O avião tem uma pequena turbulência, mas ele está tão concentrado em mim que nem percebe, eu sorrio e o vou até ele, sento no seu colo e espero, sinto as suas mãos apertando a minha cintura e o seu pau pressionando a minha bunda, eu me esfrego devagar para frente e para trás, então rebolo, o Ohm geme novamente, muito mais alto dessa vez. Eu coloco as mãos no apoio da poltrona e me levanto um pouco, ele segura o próprio pau e se encaixa deslizando para dentro de mim. Nós nos movemos em sincronia um de encontro ao outro, ele sendo contido pelo cinto e eu sendo guiado pelas suas mãos que seguram a minha cintura. Cada vez que ele geme o meu corpo inteiro responde como se estivesse totalmente conectado ao dele, quando ele me segura para ficar parado e começa a meter fundo eu sei que está pronto para gozar, então eu me entrego as suas investidas e ao seu desejo, e o acompanho em um orgasmo intenso.

Chegamos no aeroporto e o Ohm vai com o NewYear pegar as malas enquanto eu vou ao banheiro, pelo menos é o que eu digo para eles, na verdade estou verificando a área.
Volto para o setor de desembarque e o Ohm está parado como um belo modelo posando para uma foto, o NewYear o observa em silêncio parado em uma postura muito similar, ele está ficando bom em imitar o Ohm, está a cada dia mais parecido com o irmão.

- Pegaram tudo?

Os dois me olham, o Ohm acena sorrindo e estende a mão, eu vou até ele, seguro a sua mão e o beijo.

- Podemos ir?

Eu concordo e olho em volta mais uma vez, quando saímos não me surpreendo ao encontrar vários seguranças do velho na entrada nos aguardamos, eu tenho impressão que as coisas aqui estão piores do que o velho contou, o impacto das mortes dentro da organização deve ter afetado toda a dinâmica da organização no Japão, porque aqui as alianças são a diferença entre continuar nos negócios ou virar um párea. Todos eles se curvam e me cumprimentam, a maioria eu conheço dos cassinos, então eles ainda me vêem como chefe.

Um carro para e eles abrem caminho, abrem as duas portas e eu peço para o Ohm entrar com o NewYear, ele me olha desconfiado, mas faz o que eu pedi, então eu vou ao chefe de segurança que está com um tablet na mão coordenando a operação, ele se curva mais uma vez, então aperta a minha mão.

- É sempre um prazer, senhor.

- Como estão as coisas, Hiroshi?

Ele faz um sinal e os outros dão alguns passos para trás se afastando, então ele responde em tailandês.

- A sua visitante chegou e foi levada para o hotel, estamos com duas equipes protegendo ela. Marcamos a reunião entre todos os gerentes para amanhã, mas alguns deles não estão satisfeitos com o seu retorno, estamos monitorando os seus movimentos. Os três homens que estavam desviando dinheiro foram executados sob a ordem do presidente, ele pediu que fosse feito antes de você chegar.

Eu passo a mão pelo cabelo e suspiro, não entendo porque o velho me quer aqui se continua com essas merdas.

- Mais alguma coisa?

- Há um boato que duas gangues estão se organizando para atacar a zona escura, o senhor vai se envolver?

- Quanto tempo?

- Por enquanto não tem nada confirmado, é apenas um boato.

- Falamos sobre isso mais tarde então.

- Sim, senhor.

- Eu vou para a casa primeiro, vou tomar café da tarde com a minha visitante, avise ela, por favor.

- Sim, senhor.

Eu viro pra ir para o carro, mas o Hiroshi segura o meu braço.

- Ela não parece satisfeita, eu ficaria alerta se fosse o senhor, acredito que ela também te vê como uma ameaça e talvez seja o maior risco aqui.

- Eu entendo, obrigado pelo aviso.

Ele me solta e eu vou para o carro, quando entro percebo que o Ohm está irritado.

- Está tudo bem?

- Quem era aquele?

- O chefe de segurança.

- Vocês parecem íntimos.

Eu sorrio e faço um sinal para o motorista partir.

- Ele é alguém em quem confio, não posso dizer isso sobre muita gente.

A minha resposta não agradou, mas não vou mentir pra ele.

- Sobre o que vocês estavam falando?

- Sobre a minha agenda, eu tenho uma reunião a tarde.

- Achei que só fosse trabalhar amanhã.

- Não é sobre os cassinos. - Ele me olha interligado e eu suspiro. - A mãe do Perth está no país também, eu vou me encontrar com ela.

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