Adrenalina

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Coloco uma cadeira na frente do líder da gangue, tiro as balas do tambor do revolver deixando cair no chão, pego uma delas e devolvo na arma, faço tudo com calma, a espera vai deixar ele mais ansioso.

— Quem é o informante?

O líder não responde, então eu giro o tambor, fecho e atiro sem aviso, o click o assusta e a sua cadeira vai para trás com o movimento que ele fez. Giro o tambor de novo e fecho.

— O informante?

Mais uma vez eu atiro e ele começa a suar, repito o processo mais três vezes, na quarta vez que fecho o tambor ele grita um nome, olho para o lado e um segurança acena e sai.

— Porque você tentou me matar?

O líder da gangue fica em silêncio, eu aponto a arma para o seu ombro e atiro, abaixo pegar as outras balas enquanto ele grita de dor.

— Eu vou atirar no outro ombro, em cada um dos joelhos e por último na cabeça, então você tem apenas três chances de me dar respostas. Porque?

Ele vacila por um instante e eu atiro novamente.

— PARA! EU FALO! EU FALO! Existe um boato de que você é o herdeiro tailandês, tem um preço pela sua cabeça.

— Preço?

— Muito dinheiro.

— De onde surgiu esse boato?

— Eu não sei. — Eu aponto a arma novamente. — EU NÃO SEI, EU JURO EU JURO! Eu só queria o dinheiro,  você sabe como é, ninguém faz perguntas nesse ramo.

— De onde o dinheiro vem?

— Dos tailandeses, é tudo o que eu sei.

Levanto e entrego a arma para o segurança mais próximo.

— Cuidem dele e entreguem todos para a polícia, não se exponham.

— Sim, senhor!

Quando saio todos se curvam, como não percebi toda essa formalidade exagerada antes? Claro que todos sempre me respeitaram, mas nunca foi assim, é melhor eu organizar tudo nos cassinos e partir antes que mais alguém tente me matar.

Entro no carro e vou na direção da clínica, o meu celular toca, eu olho no espelho pra ver se estou bem, confiro o meu ombro, se o Ohm me ver sangrando ele surta, então eu atendo enquanto procuro um lugar calmo para estacionar.

— Oi, amor, chegou bem?

— Não.

Freio e olho para a tela.

— Aconteceu alguma coisa?

— Sim... Você não está aqui comigo...

Por um momento eu tenho vontade de matar ele, mas ele não sabe de nada do que está acontecendo aqui, não tem como saber que existem perigos reais. Ligo o carro e vou para o acostamento, assim que estou manobrando para estacionar outro carro para atrás de mim.

— Onde você está?

— Acabei de sair de uma reunião, estou estacionando para poder falar com você.

— Já estou com saudades...

Ah essa vulnerabilidade que sempre me quebra...

— Eu também, Ohm.

Eu sorrio enquanto vejo pelo espelho que o carro continua parado e ninguém saiu dele, isso não parece bom, assim que o farol acende eu decido sair, é melhor não arriscar, mas se eu fizer isso já o Ohm vai desconfiar.

— Você está em casa?

— É tão solitário aqui sem você.

— Logo eu estou voltando. Enquanto isso...

Tento olhar a sua volta pra ver onde ele está, é a sala.

— Coloca uma música.

— O que?

— Você vai se masturbar pra mim hoje, Ohm Pawat.

Apesar da surpresa o Ohm olha para os lados, coloca o celular em algum lugar e a câmera aponta para o teto, aproveito e olho para trás, a luz está forte demais, não dá pra ver quem é. Uma música começa e eu olho para o celular novamente, fico assistindo ele arrumar o celular apontando para uma poltrona, ele senta e eu tenho que me segurar pra não apressar ele.

— Está me vendo?

— Estou, tira a roupa!

Ele sorri e tira a camiseta devagar, a luz atrás de mim apaga e eu fico atento.

— Agora a calça.

Ele tira a calça um pouco mais rápido dessa vez, está ficando impaciente. Ouço o barulho da porta do carro batendo e um homem sai do banco do passageiro, está escuro, não dá pra ver mais que isso.

— Fecha os olhos, Ohm!

Ele sorri para a câmera mais uma vez e faz o que eu pedi.

— Agora imagine que eu estou aí segurando o seu pau.

Na hora que ele segura o pênis e geme eu ligo o carro e acelero, o homem que já estava quase ao lado da minha porta olha assustado e corre para o outro carro.

— Geme mais alto, Ohm, eu quero ouvir você!

Ele geme e eu acelero mais ainda desviando dos carros, tento me localizar e decidir para onde vou, não vou levar esses caras para a clínica.

— Nanon...

— Eu estou aqui, amor!

O seu gemido me deixa excitado e com toda essa adrenalina tenho dificuldade para me concentrar. De repente os perseguidores estão dois carros atrás de mim, vejo o semáforo ficando vermelho e entro na frente do carro na outra pista furando o sinal.

Continuo dirigindo e depois de algumas quadras eles estão atrás de mim mais uma vez, os gemidos do Ohm estão cada vez mais altos e ele me chama sem parar, mesmo tendo se afastado por poucas horas ele precisa de mim, anseia por mim, sente a minha falta, eu sei disso porque é como me sinto.

— Nanon!

— Continua, Ohm! Mais rápido!

— Queria tanto te foder agora, Nanon!

— Eu sei amor, quando eu voltar você vai me foder em cada canto da nossa casa, eu prometo.

Ele se contorce na poltrona e eu quero muito parar pra ver ele gozando, mas ao invés disso eu viro rápido em uma rua escura que se não souber que está ali acaba perdendo ela entre as árvores, o carro passa direto por ela, mas não vai demorar para voltarem, então eu procuro por uma abertura entre as árvores e entro na floresta, assim que estou longe o bastante para não ser visto desligo o carro e ouço o Ohm gritando o meu nome, o meu pau aperta na calça ele precisa muito de atenção também ou vai acabar explodindo. Enquanto o Ohm tenta recuperar a respiração eu abro  o zíper e começo a me masturbar, tenho certeza que isso vai ser rápido, estou com muito tesão.

— Deixa eu ver, Non...

Eu olho para o celular por um momento, então mexo no  suporte, empurro o banco para trás e finalmente consigo ficar na posição que quero, penso em ligar a luz do teto, mas o carro ainda não passou por aqui, é arriscado demais. Volto a me masturbar, mas tento não me perder, depois de um tempo eu percebo pelos seus gemidos que o Ohm está se masturbando mais uma vez, finalmente vejo o carro passando na estrada e fico atento, eles podem voltar.

— Se entrega, Nanon!

Ao seu comando eu fecho os olhos e me entrego, os nossos gemidos ficam mais altos a medida que estamos alcançando o orgasmo, eu gozo tão forte que acabo atingindo o volante, mas não me importo com isso, não me importo com mais nada nesse momento, apenas com o Ohm, pois sei que ele precisa de mim, então arrumo o celular, me encosto no banco e sorrio pra ele.

— Eu te amo, Ohm Pawat!

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