LXII

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Saio da faculdade e entro no carro, depois de algumas quadras percebo que estou sendo seguido, viro algumas quadras aleatórias para ter certeza, não são os homens do velho, será que são do pai do Ohm? Vejo o sinal fechando e penso em acelerar, mas é melhor não perceberem que sei sobre eles, então vou com calma sempre de olho neles.

Chego na empresa e os secretários me recebem, essa nova rotina ainda é estranha para eles, mas eu tinha que voltar para a faculdade, já estou indo para as aulas há uma semana.

— Onde está o NewYear?

— Está em uma reunião com o senhor Perth.

— Ótimo, podem ir almoçar, não tem nada agendado esse horário.

— Sim, senhor.

Eu vou para a minha sala e abro a minha agenda, não tem nada marcado, pedi para direcionarem tudo para o Perth, estou fazendo o mínimo possível porque quero que ele entenda que é o presidente e eu estou aqui para ajudar e não o contrário, o problema é que em alguns dias eu fico sem ter o que fazer, nos primeiros dias foi tranquilo, aproveitei para colocar os trabalhos da faculdade em dia, hoje eu não tenho o que fazer.

O meu celular toca e eu atendo, ouço o Ohm conversando com alguém, ou melhor, dando ordens, então tudo fica em silêncio.

— Oi!

— Oi!

— Estou com saudades...

Eu quase dou risada, em um minuto ele está com aquela voz de dono do mundo dando ordens e no minuto seguinte está sendo sensível e adorável.

— E o que nós podemos fazer sobre isso, Ohm Pawat?

— Eu não tenho nada pra fazer na próxima hora, e se eu for te almoçar?

Dessa vez eu tenho que rir.

— Me almoçar?

— Ou você pode me comer e ser a minha sobremesa, ainda me lembro do Nanon com calda de chocolate, podemos experimentar novos sabores.

— E como você pretende fazer isso na próxima hora?

— Com o mínimo de bagunça possível, podemos colocar a cobertura apenas no seu pau.

Eu não acredito que estou tendo esse tipo de conversa no meio do dia por telefone! Mesmo assim eu deito o encosto da cadeira e fecho os olhos.

— Como você faria, Ohm Pawat?

— Eu vou começar com calda de morango... Vou até a sua mesa, ficar de joelhos entre as suas pernas e abrir a sua calça, vai fazer um pouco de bagunça, então eu vou ter que tirar a calça e cueca, mas vai ficar de terno, você fica muito sexy de terno.

Ele para de falar e está fazendo alguma coisa, eu tento ouvir, mas não sei o que é.

— Eu vou segurar o seu pau e você vai gemer, você é muito sensível, sempre geme quando eu toco nele.

Percebo que a sua respiração acelera e imagino ele me masturbando.

— Nanon?

— Sim?

— Abre a sua calça.

— Ohm, é melhor deixar pra fazer isso a noite, nós dois estamos trabalhando.

— Se entrega, Nanon!

O meu corpo todo se arrepia e relaxa com o seu comando, como é possível, ele não está aqui, não está me tocando, mesmo assim com essas simples palavras o meu corpo se rende.

— Tira a calça, amor!

Eu penso por um momento, ou melhor, tento pensar, mas estou com dificuldade de manter o foco ouvindo a sua respiração, ele está se masturbando. Saber disso é o que eu preciso para desistir de tudo e abrir a calça. Pego os fones de ouvido e conecto no celular, aumento o volume no máximo e o meu corpo mais uma vez se arrepia.

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