LXIX

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Chegamos no hospital e o NewYear entra correndo, não sei aonde pensa que vai, mas mando um segurança atrás dele, então viro para o outro e pergunto.

— Em que quarto eles estão?

— Os dois estão no andar VIP, eu acompanho vocês.

— Tudo bem.

Nós vamos até o elevador e o segurança volta com o garoto, enquanto estamos subindo o meu celular toca, eu olho o identificador e suspiro.

— Oi, Ohm...

— Nanon, onde você está? Eu acordei e você não estava em lugar nenhum, quase morri de preocupação!

Merda, eu esperava voltar antes dele acordar.

— Eu estou no hospital, logo eu chego em casa.

— O que aconteceu? Você está bem? Me fala qual hospital você está, eu estou indo aí!

— Ohm, se acalma. Eu estou bem, não é nada comigo, não precisa vir, logo eu estou indo pra casa, no máximo em meia hora eu chego.

— Non...

O elevador para e um dos seguranças sai segurando a porta.

— Eu já chego em casa, Ohm.

Eu desligo antes que ele insista em vir até mim.

Entramos no quarto e o NewYear corre até a cama da avó, se inclina sobre ela e não consigo ver o que está fazendo, não tenho o que fazer aqui, mas não quero deixar ele sozinho, invadiram a sua casa, machucaram os seus avós e bateram nele, ainda assim ele parece bem, não que isso seja ruim, mas qualquer estaria em choque, estou preocupado que quando ele parar para processar o que aconteceu acabe desmoronando. Puxo uma cadeira sentando e ele me olha como se acabasse de lembrar que eu estou aqui.

— Senhor... Eu não quero dar mais trabalho... O senhor pode ir, eu vou ficar bem.

— Quer que eu peça para um médico te examinar?

— O que?

— Os seus ferimentos.

Ele coloca a mão no rosto, mas tira rápido e nega.

— Não precisa, eles fizeram isso quando tentei proteger a minha avó... Eu estou bem.

Eu aceno, pego o celular e mando uma mensagem para um dos seguranças chamar um médico para sabermos como as avós dele estão, o NewYear continua me olhando, mas não fala mais nada. Não demora muito e o medico entra, ele olha primeiro para o NewYear, depois pra mim.

— Boa noite! Eu sou o Doutor Tun, sinto muito pelo que aconteceu com os seus avós.

Eu aceno e levanto, não o corrijo, provavelmente não passaria informações para quem não é da família e o NewYear é menor de idade.

— Como eles estão?

— Estão estáveis, a preocupação maior e com o homem, a pressão dele estava muito alta quando chegou aqui, a mulher estava muito nervosa, então demos um sedativo para ela se acalmar e dormir, nada muito forte, ela vai acordar em poucas horas.

— E os ferimentos?

— Nada grave, apenas algumas escoriações e hematomas.

— Quando eles recebem alta?

— Podemos liberar após o almoço, é melhor ficar algumas horas em observação depois que acordarem para garantir.

— Tudo bem, muito obrigado.

Ele acena e vai até o NewYear.

— Você foi atacado também?

O garoto olha pra mim e eu aceno confirmando.

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