Uma semana

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Eu acordo e demoro um pouco para lembrar onde estou, olho para o lado e o Ohm está deitado de barriga para baixo, o seu cabelo que  está precisando de um corte está espalhado no seu rosto, eu levanto a mão e abaixo, levanto mais uma vez e afasto o cabelo, ele abre os olhos e ficamos olhando um para o outro em silêncio.  Queria tanto que ele fosse só mais uma pessoa comum, que eu pudesse amar e cuidar, ele parece muito com alguém que sempre foi negligenciando e precisa ser cuidado.
- Me conta sobre você, Ohm...
Ele me olha surpreso, então vira pra mim, segura a minha mão e beija.
- Não tem muito pra contar, 23, quase 24 anos, me formei há um ano, você sabe que sou CEO...
- Da empresa da sua família?
- Não, eu saí de casa com 19 anos, assim que entrei na faculdade, quando a minha avó faleceu ela me deixou uma herança, não era muito grande, então os meus pais nem lembravam que existia, eu comecei comprando ações, depois fazendo fusões e aquisições... Enfim... A empresa é minha, cada papel, cada centavo, nada disso veio dos meus pais.
- Isso é incrível!
Ele fica me encarando e parece preocupado.
- E você? - Eu fico em silêncio e ele beija a minha mão. - Porque você escolheu ser barman?
- Nem todo mundo escolhe o que quer fazer, Ohm.
Eu não digo mais nada e ele espera, pelo jeito a conversa não vai acabar aqui, mas eu que comecei com ela, então respondo.
-Eu comecei a trabalhar com 17 em uma loja de conveniência, com 18 eu consegui trabalho como garçom em uma boate, trabalhava menos e ganhava um pouco mais, um barman me ensinou muita coisa e me colocou como ajudante, eu fiz várias entrevistas para trabalhar como barman, mas não passei em nenhuma, mesmo com experiência escolhiam pessoas que tinham especialização, então decidi que eu ia ser o melhor, tão bom que ninguém conseguiria ganhar de mim.
- Por isso você tem tantos cursos na área.
- Isso está na minha ficha?
- Não, o Tay me contou quando te recomendou para fazer o curso, ele disse que você era alguém que ia valorizar a oportunidade e não ia perder o foco por estar em um país diferente.
Eu sorrio e concordo, ele fica me olhando e da pra perceber que quer falar alguma coisa, mas está se contendo.
- Posso perguntar uma coisa?
- Eu posso não responder?
Ele suspira e acena.
- Você contou que a minha mãe acusou a sua de roubo, eu investiguei e não achei nada sobre isso...
Ele não faz a pergunta e eu penso em não dizer nada, mas ele parece realmente não saber sobre o que aconteceu.
- Eles fizeram um acordo.
- Como aconteceu?
- Naquele mesmo dia uma empregada falou que viu a minha mãe pegando um anel, chamaram a polícia e acharam um anel de diamante na bolsa dela. A minha mãe ficou presa por dias até o advogado oferecer um acordo, ele disse que se ela não aceitasse ficaria presa por anos porque foi pega em flagrante.
- Eu sinto muito.
- É, você já disse isso.
Eu tento virar, mas ele me abraça.
- Tudo bem, me desculpe! Me conta outra coisa, qualquer coisa... Porque você mora com aquele cara?
Eu suspiro e olho para ele mais uma vez.
- Ele é como um irmão pra mim, quando decidi sair de casa alugamos o apartamento juntos.
- Ele gosta de você?
- Não desde jeito, ele me vê como um irmão também, acredite, não rola química.
Ele não parece acreditar, mas isso também não é problema dele. Nós ficamos em silêncio novamente e ele passa a mão pelo meu cabelo.
- O nosso avião é a noite, quer sair fazer alguma coisa?
- Não confunda as coisas, Ohm, não somos namorados, não somos nem amigos.
Ele olha nos meus olhos e passa a mão no meu rosto.
- Acho que não posso reclamar, já que você é assim por minha causa.
- Eu tenho uma novidade, o mundo não gira ao seu redor, Ohm Pawat.
- Não, não gira, principalmente o meu mundo, ele mudou de órbita recentemente.
- Você fala demais, cansei dessa conversa.
Eu deito sobre ele e o beijo, já que ele não sabe calar a boca eu vou manter ela ocupada.

Eu entro na cozinha e sento no balcão, ele olha para mim e sorri.
- Você gosta de cozinhar?
- Gosto de culinária internacional.
- Por isso você fez o curso.
- O Tay não sabe que fiz curso de culinária, foi antes de eu eu entrar no bar.
Ele faz cara culpada e eu sei que tem coisa errada.
- Como você sabe sobre isso, Ohm?
- Eu pedi para te investigarem, quando te vi pela primeira vez.
- E não pensou em falar comigo?
- Você não me reconheceu, eu não sabia como falar com você.
- E achou que me investigar era melhor?
Ele lava a mão e seca, vem até mim e segura o meu rosto.
- Você me deu uma semana, já que não vai me deixar cuidar de você, pelo menos vamos tentar não brigar. Eu sei que não devia ter feito, mas eu te procurei tanto nos últimos anos e de repente você apareceu na minha frente, mais lindo que nunca, gostoso, sedutor, irresistível. Eu queria saber sobre você, se estava bem, se estava em algum relacionamento, se era hétero...
Eu não quero, mas sou obrigado a dar risada.
- Não me julgue, você parece hétero na maior parte do tempo, principalmente quando está flertando com as clientes.
- Ok, você é estranho.
Ele sorri e me beija.
- Uma semana sem brigas?
- Não posso prometer isso, mas prometo que vou fazer dessa a melhor semana da sua vida, Ohm Pawat!
Eu levanto e empurro ele até a mesa, ela é de mármore e parece muito resistente, eu o empurro e ele deita, faço ele ir até o meio e deito encima dele.
- Nanon, na mesa? Isso não é um filme pornô!
- Podemos fazer disso um filme pornô. Já se filmou transando?
- O que? Não!
Eu beijo ele, me afasto e saio da mesa.
- Não se mexe!
Eu vou até o quarto e pego o meu celular, volto para a cozinha, coloco ele no balcão apoiado em um copo para não cair.
- Senta.
Ele senta e eu vou até ele, paro na sua frente e tiro a minha camiseta, quando abaixo a calça ele umidece os lábios.
- Tira a roupa, Ohm!
Ele levanta a camiseta e olha para o celular.
- Não sei se isso é uma boa ideia.
- E se eu mandar o vídeo pra você depois?
Ele olha para o celular mais uma vez e tira a calça e a cueca ficando completamente nu encima da mesa, eu pego a sua calça e mostro a camisinha que estava no bolso.
- Porque você precisa de uma camisinha para fazer o almoço?
Ele fica envergonhado e isso é adorável, eu subo na mesa novamente, coloco a camisinha no seu pau e o beijo.
- Estamos em uma mesa, como você vai me comer?
Ele olha rápido para o celular, sorri e aponta.
- Eu quero ver você gozando.
- Isso é coisa de tarado.
- A ideia foi sua.
Eu dou risada, ele está certo, a ideia foi minha, então eu viro de costas e fico de quatro.
- Assim não, vem aqui.
Eu me puxa me sentando no seu colo de costas para ele, sinto o seu pau na minha bunda e rebolo várias vezes.
- Meu Deus, Nanon, assim eu vou gozar rápido!
Eu me esfrego de novo, ele geme alto, segura o meu rosto, vira de lado e me beija, me levanta e penetra devagar, beija o meu rosto e fala no meu ouvido.
- Olha para frente, eu quero ver você gemendo e gozando.
Ele segura a minha cintura, levanta um pouco e começa a me foder, uma chaleira apita e ele acelera metendo com tudo, eu apoio as duas mãos na mesa e subo e desço indo ao seu encontro. Quando o meu corpo treme e fecho os meus olhos, mas ele fala no meu ouvido mais uma vez.
- Não fecha os olhos, eu quero ver.
Eu olho para o celular e imagino ele assistindo o vídeo depois e se masturbando, seguro o meu pau e começo a me masturbar.
- Geme alto, Nanon! Fala que você me quer!
- Eu quero você, Ohm!
-Eu sou seu!
Quando eu ouço isso o meu corpo reage na hora, tenho um espasmo forte e gozo, ele mete mais algumas vezes e goza também com um gemido tão gostoso que o meu pau que já estava mole começa a ficar duro mais uma vez. Quando está mais calmo ele beija o meu pescoço e me abraça.
- Somos perfeitos juntos, Nanon, nunca se esqueça disso.
Eu fecho os olhos e fico apenas sentindo os seus beijos, uma semana, eu vou fazer dessa a melhor semana das nossas vidas, tudo que não tivemos, tudo que jamais teremos, eu vou fazer acontecer nessa semana.
- Eu te amo, Nanon!
- Eu também te amo, Ohm Pawat!

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