Visita surpresa

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Escuto batidas na porta, fecho o meu notebook e olho para o Perth.
- Você está muito irritado?
- O que você quer, Perth?
- Você não pode fazer isso, não pode ficar bravo comigo. Eu disse que você ia me matar se eu tocasse nele, mas o baixinho me agarrou...
Eu não digo e ele estrala os dedos nervoso.
- O que você queria que eu fizesse, Nanon?
- Eu estou ocupado, Perth.
- Nanon...
Ele fica parado me olhando por um momento, suspira e sai da sala, eu abro o notebook e volto a ler sobre a esposa do líder da organização, ela tem uma ONG que ajuda vários abrigos de animais, é basicamente mantida pela empresa do marido e é disso que eu preciso, agora eu tenho que dar um jeito de entrar lá, eu não aprendi muito coisa sobre hackear, então precisa ser um trabalho interno senão qualquer um pode me rastrear.
- Preciso de um computador deles, mas como? Talvez como um funcionário? Alguma festa?
Eu desligo o notebook e guardo, não vai ser fácil, eu também preciso despistar os homens do velho.
- Talvez a noite... Vou ter que verificar a segurança noturna.
Mas eu também preciso de dinheiro para o que vou fazer, dinheiro que não dê pra rastrear.
- Um cassino clandestino?
É a opção mais rápida, mas não tenho como sair sem explicar para o Ohm e não quero mentir pra ele, por isso não queria fazer essas coisas aqui, é tudo mais complicado.
Batem na porta e eu espero o Perth entrar, mas para a minha surpresa é o secretário.
- Boa tarde, o presidente pediu para chamar o senhor.
Eu suspiro e vou até ele, vamos para a sala do velho e ele abre a porta pra mim.
- Olá, Nanon, como você está?
- Senhor.
Eu aceno, ele aponta para a cadeira e eu sento.
- O pai do Perth vai fazer um jantar amanhã na casa dele e eu quero que você vá me representando.
- Já não passamos por isso? Se está querendo me entregar faça de uma vez, não fique brincando comigo, eu não sou um dos seus cachorrinhos.
Ele me olha irritado e aperta uma caneta que está na sua mão.
- Amanhã, às nove horas, você vai acompanhar o Perth.
Eu não digo mais nada, com esse velho só dando um tiro para resolver. Levanto e vou para a porta, quando vou abrir ele me chama.
- Nanon? O irmão do Perth vai estar lá.
- Então é melhor eu sair de lá vivo, se acontecer algo comigo você vai arrumar um grande inimigo.
Ele me olha surpreso e eu saio, vou para a minha sala pensando em como sair dessa, sem chance de eu ir para a casa dos pais do Ohm, vou para qualquer lugar, menos pra lá.
Eu paro na minha porta, viro e vou para a sala do Perth que sorri quando me vê.
- Você está com cara de quem está aprontando, Perth.
Ele sorri mais ainda e tenho certeza de que ele está aprontando, mas tenho problemas maiores do que o Perth agora.
- Amanhã vai ter um jantar na casa do seu pai e o seu avô quer que eu te acompanhe.
- Não! Você não pode ir lá!
- Concordo, por isso você vai viajar amanhã e vai me levar junto.
Ele sorri e levanta.
- Posso escolher dessa vez?
- Pode, mas eu preciso de dinheiro.
- Vai jogar de novo?
- Vou.
- Eu vou comprar passagens e te aviso.
- Ok.
Eu abro a porta e saio, quando estou fechando ele me chama.
- Nanon... Sobre o Chimon...
- Não vamos falar sobre o Chimon.
Eu fecho a porta dele e entro na minha sala, encosto a porta e alguém me empurra contra ela.
Eu o acerto com o cotovelo, viro e dou um soco,  o Ohm dá alguns passos para trás e me olha surpreso.
- Ohm?
Eu vou até ele e olho o seu rosto onde eu aceitei, levanto a camisa e vejo o seu abdômen.
- Me desculpe, eu não sabia que era você.
Ele me encara por um momento ainda em choque, eu me aproximo e o abraço.
- Me desculpe, eu agi por instinto.
Ele suspira e me abraça também, ficamos em silêncio até ele se afastar.
- Você está bem?
Ele sorri e toca o meu rosto.
- Estou bem, não se preocupe.
- O que você está fazendo aqui, Ohm? Isso é perigoso!
- Porque é perigoso? Eu vim visitar o meu irmão.
- E quantas vezes você já fez isso antes?
- Nenhuma, o meu irmão nunca trabalhou na vida, eu precisava ver isso de perto.
Então era por isso que o Perth estava com aquela cara.
- É melhor você ir embora então, eu te vejo em casa.
Ele me olha surpreso mais uma vez, mas não sei porque, quando se afasta e vai até a porta eu me surpreendo, ele vai embora sem me dar um beijo e sem se despedir? Ele tranca a porta, vira pra mim e segura a gravata, tira ela enquanto fala.
- A sua cadeira me fez lembrar da poltrona do avião que fomos para a Alemanha... Você me amarrando, me chupando, sentando e rebolando no meu colo.
O meu pau vai ficando duro enquanto ele fala, ele enrola a ponta da gravata em uma mão, a outra ponta na outra, estica ela e espera, eu caminho até ele puxo a gravata passando por cima da minha cabeça, ele desce os braços até chegar na minha cintura e me puxa colando o meu corpo ao dele.
- Talvez eu deva te amarrar hoje, Nanon... Adoraria te foder naquela mesa.
Ele me beija e anda me empurrando até a mesa, quando para dá um passo pra trás e puxa as duas pontas da gravata que ainda estão enrolada nas suas mãos, desenrola aos poucos enquanto prende os meus braços ao lado do meu corpo. Ele amarra a gravata na altura da minha cintura e puxa.
- Está apertado?
Eu tento mover os braços e não consigo, está apertado, mas não está desconfortável.
Eu nego e ele me beija, me abraça e desce as mãos até a minha bunda, aperta com força e me levanta fazendo eu sentar na mesa, segura a minha cabeça me guiando para trás, eu me deito e ele tira a minha calça.
Fico olhando ele abrir a sua calça e abaixar, o seu pau está duro e pronto pra me foder e é isso que ele faz, pega a minha perna direita e coloca sobre o seu ombro, segura o seu pau e me penetra, inconscientemente eu tento me mover, mas não consigo.
- Se entrega, Nanon!
O meu corpo relaxa e ele mete com tudo, nós dois gememos juntos, ele sorri e começa se mover rápido.
- Geme, Nanon!
O meu corpo como sempre responde ao seu comando antes mesmo do meu cérebro processar o que ele disse, quando me ouve gemendo ele entra tão fundo que sinto o meu corpo inteiro tremer.
Ele me fode sem parar e sem se importar que saibam o que estamos fazendo. Ele desliza a mão pela minha perna que está no seu ombro, vira o rosto e beija, quando morde vários espasmos tomam conta do meu corpo e eu gozo forte.
- Isso, Nanon, me aperta gostoso!
Ele continua metendo enquanto goza, quando para olha pra mim e sorri, se afasta e coloca a calça, desamarra a gravata e eu estico os meus braços ainda deitado esperando a minha respiração voltar ao normal.
O Ohm dá a volta na mesa, eu olho para cima, ele segura o meu rosto e se abaixa devagar, o seu nariz toca o meu queixo e os seus lábios tocam os meus,  sua língua entra se enroscando na minha e eu começo a ficar excitado mais uma vez, infelizmente ele se afasta nesse momento.
- Te vejo em casa!
Quando ele dá o sorriso mais lindo que eu já vi na minha vida o meu corpo inteiro se arrepia e eu percebo que foi isso que o surpreendeu mais cedo. Eu levanto a cabeça e o beijo, ele se afasta e eu fico observando ele partir, quando a porta fecha eu só quero ir atrás dele.
- Te vejo em casa, meu amor!

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