Culpa

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Acordo sentindo o seu cheiro, chego mais perto e o abraço, percebo que tem alguma coisa errada quando ele não retribui o meu abraço, abro os olhos e ele fica olhando pra mim com uma cara estranha.

— Aconteceu alguma coisa?

— Você está acordado?

— Acho que estou, porque?

Eu dou risada, mas ele continua sério.

— Ohm?

— Como você está se sentindo?

— Porque você está tão sério, Ohm Pawat?

— Você tem dormido e acordado sem parar há dias, acho que não fosse a Love te monitorando eu já teria te mudado de hospital.

— Hospital?

Pela primeira vez eu olho em volta e vejo onde estou, a luz está apagada, então só consigo ouvir ver os tubos e equipamentos espalhados nas sombras, lembro de um outro quarto e do Ohm com roupas brancas.

— Você invadiu o hospital...

Ele suspira e toca o meu rosto com cuidado fazendo eu o olhar.

— Já tivemos essa conversa algumas vezes, mas sim, eu tirei você de lá.

Tento lembrar do que aconteceu, mas tudo esta muito confuso.

— O acidente...

Nos seus olhos eu vejo que algo está acontecendo, aquela vulnerabilidade está ali, mas também existe muita raiva.

— Ohm?

— Eu conheci o Minato, ele é tão fofo, perguntou se podia ir morar comigo.

Sei que ele está tentando me enrolar, mas deixo essa passar.

— Como ele está?

— Está bem, ele gosta da fazenda.

— Fazenda?

— Sim, quando você desapareceu eu comprei uma fazenda por precaução, o nosso filho está lá com a sua mãe, a Love, o Chimon e o NewYear.

Eu perdi tanta coisa enquanto estava internado, queria estar com ele quando conhecesse o nosso filho.

— Quando sair daqui nós vamos levar ele para casa.

Ele sorri e concorda, então se aproxima devagar e me beija, mas isso não é o bastante, então eu o abraço e puxo pra mim, quando tento abrir a sua calça ele segura a minha mão.

— Você não está bem, Non...

Beijo o seu pescoço e volto a abrir a sua calça, seguro o seu pau o seu gemido me deixa com muito tesão.

— O que vocês estão fazendo?

O Ohm segura a minha mão me fazendo parar e olha por cima do meu ombro.

— Achei que você tinha voltado para a fazenda, Love.

— Estou indo agora, mas queria ver como ele está antes.

— Ele está bem, mas ainda está confuso.

— Ele não lembra do que aconteceu?

— Não, fez as mesmas perguntas de sempre.

Ok, isso já passou dos limites.

— Vocês podem parar de falar de mim como se eu não estivesse aqui?

— Ele está rabugento, é um bom sinal.

Ela se aproxima e tenta levantar o lençol, mas o Ohm impede, ele ainda está com a calça aberta e posso apostar que apesar da inconveniente visita ele ainda está excitado.

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