Nour então acorda cedo no dia seguinte, como estava acostumado no castelo. Ele prepara o café da manhã enquanto Randor ainda cochilava; eram 6h. Nour faz bacon com ovos, e Bolt o observa. Então, ele joga uma fatia de bacon para ele, que sai satisfeito. Bolt era um enorme São Bernardo. Nour termina o café e acorda Randor por volta das 7h.
Nour: Ei, Randor, vamos lá. O café está pronto.
Randor: O que? Quantas horas são? - diz sonolento. Nour: Já são 7h. Randor: 7h? Você acha que estamos no castelo, garoto? Já foi a época de eu acordar a essa hora. Sou um velho de 53 anos. - diz resmungando com Nour. Ele então volta a dormir.
Nour espera, e espera, até que finalmente, às 13h, Randor acorda. Nour estava lá fora, brincando com Bolt e esperando o tempo passar. Ele já havia até mesmo adiantado o almoço e almoçado. Randor então sai pela porta da cabana, terminando de comer.
Randor: Ei, garoto Nour, estava delicioso o almoço e o café da manhã. Eu comi os dois já. - diz gritando e rindo enquanto agradece Nour.
Nour fica espantado, mas logo deixa para lá.
Nour: Randor, será que podemos treinar agora? - diz ansioso após tanto esperar.
Randor: Você está maluco? Eu acabei de almoçar. Nunca te falaram que isso pode fazer mal? - Nour então resmunga e se deita no gramado ao lado de Bolt. Randor então se senta em sua cadeira do lado de fora da cabana para relaxar, e Nour decide conversar.
Nour: Ei, posso te perguntar algo? - diz curioso.
Randor: Já perguntou, mas pode perguntar de novo. - diz enquanto gargalha. Nour: Sua mão, você tem um machado acoplado no lugar de uma de suas mãos; e percebi que você tem guardado em sua casa outro machado idêntico a esse. Você usava os dois para lutar? - diz Nour com certo receio de perguntar.
Randor então fecha a cara e dá um forte suspiro.
Randor: Ok, garoto, imaginei que iria perguntar. Quando eu era vice-comandante do castelo, eu era um guerreiro que usava dois machados para cortar os inimigos. Nour: Vice-comandante? Você era mesmo um vice-comandante? - diz animado, aumentando seu tom de voz e ficando extremamente impressionado.
Randor: Sim, garoto, acredite ou não, esse velho gordo já foi um forte vice-comandante. Hoje eu não consigo nem me coçar - diz e começa a gargalhar de si mesmo.
Nour: Você usou seu dom quando cheguei, não foi? Você me fez voar até você, e com certeza, como ex-vice-comandante, você teria um poderoso dom. Mas eu sei que você não irá me contar... - diz se explicando.
Randor: Não irei te contar? Ata, aquela bobajada de esconder os dons? - Randor então começa a rir. Nour: Bobagem? Mas achei que era uma norma super importante de segurança. - diz pensativo.Randor: Isso começou pouco antes de eu decidir sair. Em algum momento pensaram que evitar contar sobre os dons iria ajudar, eu sei lá, poder é poder. Na minha época, eu, seu pai e os outros, deixávamos que todos soubessem nosso dom, não importava. O mais forte sempre levava. - diz sério e explicando.
Nour: Mas isso não dava vantagem a um inimigo? Para se precaver contra vocês? - diz impressionado e curioso. Randor: BOBAGEM! - diz com um severo grito irritado enquanto fecha sua cara.
Randor: Do que adianta eles saberem algo se não podem fazer nada a respeito? Hein? Nada, era o que eu sempre dizia a eles. Eles ficaram moles, medrosos e burocráticos. Antigamente não era assim, poder era poder. Matávamos, brindávamos, e o mais forte sobrevivia. Os fracos mereciam perder e morrer. - diz com alto e bravo tom de voz explicando.
Nour: Parece que era tudo muito diferente... - diz impressionado.
Randor: Você quer ver, não é, garoto? Vamos lá. Meu dom é polarização. Eu posso atribuir polos positivos e negativos ao que eu quiser. Polos opostos se atraem, e polos iguais se repelem. Simples assim. Agora você sabe meu dom. Vamos lá, use sua vantagem e impeça de eu usar contra você. - diz Randor enquanto se levanta da cadeira e começa a andar em direção a Nour. Nour rapidamente se vê de pé. Randor estica sua mão em direção a Nour.
Randor: Pronto, garoto, sentiu? Você está carregado com polos positivos. Você sente os cabelos do seu corpo arrepiar, não é? Agora vamos lá, me diga como vai evitar? - diz gritando com seriedade para Nour. Nour estava sem reação, pensando e sem chegar a alguma conclusão. Randor então estica sua mão em direção a uma árvore. Randor: Ela agora terá polos negativos. - Nour então instantaneamente voa como se não fosse nada em direção à árvore, mas pouco antes de acertá-la, Randor aponta sua mão para outra árvore.
Randor: Agora essa! E Nour, em pleno ar, é desviado da primeira árvore para a segunda, sendo atraído e voando rapidamente. Randor então alterna entre árvores cerca de 5 vezes, sempre antes de Nour se chocar.
Randor: Vamos lá, Nour. Você sabe exatamente o que é meu dom e sabe como funciona. Por que não faz algo a respeito? - grita fervorosamente com Nour.
Nour: Droga, eu simplesmente não consigo fazer nada. Não consigo nem me segurar em nada. É! - grita ansioso de volta para Randor. Nour então para de voar e cai ao chão.
Randor: É isso, garoto. Não adianta saber o dom se seu dom for poderoso. Tudo é uma questão de ser forte, é uma questão de eles saberem e mesmo assim não terem o que fazer. - diz agora calmamente explicando para Nour, que entendeu e levou bem a lição.
Randor: Vamos lá, garoto. Você falou do meu machado, pegue-o; seu treinamento vai começar. Nour então se apressa e vai pegar. Quando Nour tenta erguer o machado, mal consegue tirá-lo do chão. Com grande esforço e usando suas duas mãos, Nour leva o machado para fora. Assim que chega lá fora, solta o machado no chão, fazendo um enorme buraco no gramado.
Nour: Esse machado é absurdamente pesado. Quanto ele pesa? - diz inconformado. Randor: Pesado? É apenas meia tonelada. - diz como se não fosse nada. Nour: Meia tonelada? Isso é mais do que cinco vezes o meu peso. - diz indignado. Randor: E cinco vezes o seu peso deveria ser muito, garoto? Nour: Dizem que os filhos do dom, se do sexo masculino, costumam conseguir erguer até três vezes o próprio peso. Isso são mais do que cinco vezes o meu. - diz explicando. Randor: Para com essa bobajada. O que estão ensinando no castelo agora? A serem bebês reclamões? Essa regra de três vezes o peso é para os fracos, para aqueles que não treinam de verdade, que não libertam seu potencial. São para bebês reclamões, como você está sendo agora. - diz levemente debochando, ao mesmo tempo que irritado com a frescura dos dias de hoje. Nour: Ah, para você é fácil falar. Você deve pesar uns 150 kg, então não dá cinco vezes o seu peso. - diz brincando de volta e dá uma risada. Randor: Pode zoar, garoto, mas saiba que na época em que eu empunhava esses machados, meu físico era bem melhor que o seu. Eu tinha músculos. - Randor então começa a rir, deixando Nour com cara de bobo.
Randor: Agora vamos lá, pegue esse machado sem frescura e me siga. - Randor então sai andando e adentrando a floresta. Nour pega e leva o machado com extrema dificuldade e segue Randor. Após caminharem por alguns minutos, Randor para.
Randor: É essa aqui, garoto. - diz olhando para uma enorme árvore no meio da floresta. Nour: Essa? Essa o quê? Não vai me falar que... - diz preocupado. Randor: Sim, você terá que derrubar essa árvore com esse machado. Mole, mole. Nour: Mas eu mal consigo tirar esse machado do chão. Mal pude trazê-lo até aqui, apoiando-o em minhas costas com toda a minha força. Não consigo nem o manusear pelo cabo com as duas mãos. É impossível eu conseguir cortar uma árvore gigante dessas, levaria meses. - diz questionando e sem confiança alguma na sua tarefa.
Randor: Para de reclamar! - grita estressado para Nour. Randor: Se acha que não dá conta, então pegue suas coisas e volte para o castelo, continue sendo fraco... ou me mostre, mostre que é mesmo filho do seu pai, e corte a droga dessa maldita árvore.
Randor então sai e deixa Nour lá com o machado.
Nour: Eu vou conseguir, eu preciso conseguir. - diz enquanto tentava empunhar o machado com suas duas mãos no cabo. No entanto, Nour mal conseguia levantá-lo por alguns segundos, e a lâmina do machado caía ao chão, fazendo buracos e mais buracos devido ao seu peso.
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A Fúria de Tânatos: A Caixa de Pandora Desvendada.
Ciencia Ficción"A fúria de Tânatos" é uma narrativa épica que mergulha no confronto entre os filhos da morte e da esperança. Prepare-se para uma jornada emocionante repleta de ação, onde destinos se entrelaçam, alianças são forjadas e o poder dos deuses se mescla...