"A fúria de Tânatos" é uma narrativa épica que mergulha no confronto entre os filhos da morte e da esperança. Prepare-se para uma jornada emocionante repleta de ação, onde destinos se entrelaçam, alianças são forjadas e o poder dos deuses se mescla...
Nour, após passar um bom Natal, voltou a se atormentar com pensamentos, mas o que o afligia agora era diferente. Após a visita de seu amado irmão, Nour se segurou para não falar com Adonis sobre o que havia ouvido de seu tio sobre seu pai. Nour só conseguia pensar: "Não acredito." Ele amava e respeitava seu pai, assim como seus irmãos. Não tinha chance de seu pai ser mesmo um traidor.
Nour então tomou coragem e decidiu ir falar com o capitão Hermin.
Toc - Toc - Toc.
Capitão: Pode entrar.
Nour então entra e fecha a porta da sala do capitão.
Nour: Bom dia, capitão Hermin.
Capitão: Bom dia, Nour, como posso ajudar? - diz tranquilo.
Nour: Capitão, eu sei que o senhor sabia sobre o que eu e Froda iríamos descobrir no castelo e por isso nos avisou. Então, eu gostaria de per--
Hermin então interrompe Nour.
Capitão: Nour, não fale sobre isso. Nem comigo e nem com ninguém. - diz com seriedade.
Nour: Mas capita--
Capitão: Estamos entendidos, Nour? - diz ainda com mais seriedade, aumentando seu tom de voz.
Nour: Sim, senhor... - diz triste enquanto sai da sala.
Nour então fica por quase uma hora perambulando triste pelo castelo.
Nour: Que se dane, eu vou perguntar. Ele deve saber. - pensa Nour irritado.
Nour então vai até Randor.
Nour: Ei, Randor, bom dia. Preciso falar com você.
Randor: O que foi, jovem Lupos? Parece sério hoje. - diz Randor, estranhando.
Nour: Randor, você foi... e ainda é um mestre, um professor e mais ainda, um amigo para mim. Se não for você a me ajudar com isso, então não sei quem será. - diz com seriedade.
Randor: Sim, somos amigos. Mas eu não estou entendendo onde quer chegar... - diz confuso e sério.
Nour: Meu pai, quero que me conte a verdade sobre ele. - diz sério.
Randor: Ei, ei, fala baixo, garoto. Ou melhor, nem fale disso. - diz bravo e fazendo gesto de silêncio para Nour.
Nour: Randor, por favor... eu preciso saber. Você é o único que pode me dizer se meu pai foi mesmo um traidor... - diz sussurrando com tom triste.
Randor: O que? Seu pai um traidor? Que absurdo você está dizendo... - sussura Randor.
Nour: É o que o irmão dele disse...
Randor: Tudo bem, garoto Nour, venha comigo. Vamos dar uma volta e no caminho iremos conversar.
Randor e Nour então começam a caminhar pela floresta fora do castelo, percorrendo horas de trajeto.
Nour: Randor, você disse que íamos caminhar para você me contar sobre meu pai... Mas já estamos caminhando a hora adentro pela floresta, andando por cima de toda essa neve... E até agora você só me enrolou, perguntando do meu treinamento com o Sonne. E contando como você antigamente era musculoso. - diz reclamando.
Randor: É, e você me deixou te enrolar até agora, Nour. Mas não se preocupe, eu não irei te contar.
Nour: O que? Por que me trouxe até aqui então? - diz surpreso e irritado.
Randor: Ei, se acalme, garoto... quem irá te contar não sou eu... e sim o homem que está ali dentro daquela cabana. - diz com seriedade, apontando bem à frente para uma cabana.
Nour: O que? E quem está lá? Ele sabe que viríamos? - diz sem entender nada.
Randor: Não, eu não avisei. Tão repentino, como poderia? - diz com ar de óbvio.
Nour: Então tudo bem, vamos lá e ver se ele está.
Randor: Não, garoto, você vai. Eu tenho coisas a fazer no castelo. Você fica e ouve. - diz com seriedade enquanto dá as costas.
Nour: Mas ele nem sabe quem eu sou, e se ele não quiser me falar? - grita para Randor, preocupado.
Randor: Garoto, ele saberá quem você é assim que te ver. Agora vá. - grita sério.
Nour, mesmo inseguro, reúne sua vontade de buscar pela verdade e vai até a cabana, batendo na porta.
Toc - Toc - Toc.
Um tempo se passa e nada acontece. Quando então Nour vai bater novamente, a porta se abre bem devagar.
Nour: Oi, com licença... - Nour então se vê surpreso, pois o homem era bem idoso, devia ter pelo menos uns 80 anos. O idoso olha para Nour e demonstra grande surpresa em seu olhar. O idoso então sorri.
Idoso: Entre, garoto. Vou lhe preparar um chá. - Nour estranha a situação, mas agradece a hospitalidade do senhor e entra.
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