Família Lupos ( Cap - 48)

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Rei: Se acalmem, garotos. Eu não sou o pai de vocês. - diz com seriedade.

Nour: Mas como não? Estamos vendo você bem aqui. - diz nervoso e exaltado.

Rei: Não grite na presença do rei. Agora, sentem-se que irei explicar. - diz com seriedade em sua voz e rosto.

Nour e Frode então se sentam, ainda espantados com a situação.

Frode: Você... é nosso tio, não é? - diz pensativo.

Rei: Exatamente.

Nour: Como assim tio? Isso não faz sentido. - diz ainda nervoso.

Frode: Pensa, Nour, pensa. Vimos nosso pai morto, sem contar que sua aparência física mudou muito e ficou debilitado após a doença. A opção mais plausível é ele ter um irmão gêmeo. Como saberíamos? Passamos toda nossa vida isolados do mundo. - diz com seriedade.

Rei: O que dizem é verdade, Frode. Você é mesmo um garoto inteligente.

Frode: Obrigado...

Aurora: Fiquem calmos, meu pai irá explicar tudo a vocês. Também fiquei muito surpresa quando ele me contou, mas tudo fará sentido. - diz gentilmente.

Nour: Então nos diz, por que você é um rei, e nós vivíamos isolados do mundo na pobreza? Por que nosso pai nunca falou de você? - diz ansioso e ainda nervoso.

Rei: Eu sou Hartor Lupos, essa é Aurora Lupos, seu pai era Harold Lupos. Seu irmão que já conheci há algum tempo atrás é Adonis Lupos, e vocês dois são Nour e Frode Lupos. E nós somos tudo o que restou da família real. Os Lupos.

Frode: Família real?... É difícil de digerir tudo isso, sendo que há um ano atrás nós nunca nem tínhamos visitado a capital, e agora saber que somos da família real... sobrinhos do rei. - diz pensativo.

Nour: Frode, como você está caindo no papo desse cara? Isso é mentira, ele deve estar usando algum truque. Nosso pai... ele não esconderia e mentiria para nós, ele era um homem bom...- diz nervoso e agitado.

Rei: Por ser meu sobrinho, irei perdoar sua traição de acusar seu rei de mentiroso. - diz bravo. Rei: E quanto ao seu pai... Harold não era exatamente o que chamamos de um homem bom.

Frode: O que quer dizer com isso? - diz tenso.

Rei Hartor: No passado, eu, seu pai e nosso outro irmão, nosso irmão mais velho. Éramos incríveis, imbatíveis... os mais fortes prodígios, mas isso não era suficiente para o seu pai. Ele não aceitou a ideia de que nosso irmão mais velho iria se tornar o rei por direito; a ganância o corrompeu, e então ele armou uma emboscada para nosso irmão. Saímos em missão, mas havia um exército inteiro de filhos de Tanatos nos esperando. Eles não atacaram seu pai, apenas a mim e nosso irmão mais velho, então nosso irmão lutou, nós lutamos... e graças ao nosso irmão mais velho, em um ato corajoso de sacrifício, ele matou todo o exército, assim salvando minha vida. Harold havia ido embora, pensando que eu tinha morrido e então se anunciando como o único herdeiro legítimo restante para o trono.... quando ele me viu vivo, mesmo que ferido, passando pelos portões... ele criou o seu teatro, fingiu que estava feliz em me ver. Mas eu, eu não o perdoei. Disse a ele que já me bastava ter perdido um irmão naquele dia, não iria perder outro contando a verdade a todos e o condenando à morte. Então dei a ele a opção de fugir, de ir embora e nunca mais voltar. Disse que ele deveria viver como um animal, escondido nas bordas do reino, no meio do nada. E então ele foi.... Passei cerca de 24 anos sem saber nada sobre ele... mas então eu recebo uma carta, era a caligrafia dele, ele me pediu para que desse uma chance aos filhos dele. E aqui estão... não irei punir meus sobrinhos pelo pecado do pai. - diz terminando toda a explicação com um sorriso.

Nour se vê com uma forte expressão de espanto em seu rosto. Um olhar de decepção e enganação. Enquanto Frode se vê sério e pensativo.

Frode: Somos muito gratos a sua bondade, rei Hartor. - diz gentilmente.

Rei: É apenas isso que espero, garotos. Agora vamos comer, aposto que nunca comeram tão bem quanto comerão hoje. - O rei então toca seu pequeno sino, e os empregados entram, os servindo com um enorme banquete. - Enquanto comem, Frode cautelosamente evita excesso de perguntas e fala sempre com máximo respeito, quanto a Nour, raramente abriu sua boca durante todo o almoço.

Frode: Rei, se me permite perguntar. Por que você não enviou exércitos para ajudar na guerra do norte? - diz curioso.

Rei: Cada castelo tem sua função, o castelo do norte é o castelo de ataque, ele foi criado, todos são treinados exatamente para isso, para travar guerras. Se não conseguirem cumprir seu papel, então não faz sentido os salvar. O castelo de inteligência é para informações e estratégias, para comunicação. O de defesa para defender a capital, fazer escoltas e servir de guarda-costas se necessário. O de missões especiais são para casos muito específicos, assassinar alguém, se infiltrar em algum lugar, resgatar etc. Todos devem cumprir seu dever por conta própria. - diz com firmeza.

Frode não o questiona, apesar de nitidamente não concordar.

Frode: E quanto ao traidor, senhor? Foi-lhe informado que temos a desconfiança de que há traidores entre os castelos do norte e inteligência? Alguém que vaza informações para os Filhos de Tanatos. - diz com seriedade.

Rei: Isso é um problema do castelo de inteligência, e como eu disse, vocês devem cuidar disso. Você é um destaque lá, não é? Um prodígio pensador. Você deve dar um jeito. E quanto a você, Nour, vem se destacando na guerra. Se continuarem assim, um dia poderão servir diretamente a mim, aqui no castelo central. - diz o rei demonstrando a grande honra que seria para eles.

Nour, irritado e confuso, responde apenas um calmo e baixo "Sim, senhor..."

Frode: Esperamos um dia ter essa enorme honra, rei. - Os minutos se passam, e o almoço acaba. O rei se levanta para se retirar, mas antes de sair.

Rei: Lembrem-se, sobrinhos, qualquer informação aqui é sigilosa. Se vazar, considerarei vocês traidores e os prenderei. Mostrem-se mais confiáveis que seu pai. - diz com seriedade e se retira. Nesse momento, Frode observa Luther apertar seus dentes e fechar seu punho, segurando-se para manter-se calado.


Aurora: Foi um prazer conhecer vocês, primos. Espero vê-los aqui de novo em breve, já que não posso deixar o castelo... - inicia a frase com ânimo e termina meio desanimada.

Frode: Foi um prazer, prima. - diz sorrindo.

Nour: É, foi bom te conhecer... - diz desanimado.

Aurora: Diz para o amigo de vocês que espero vê-lo novamente também. - diz com um sorriso.

Os garotos então saem e já encontram Luther junto a Sebastian lá fora, esperando na carruagem.

Luther: Uau, que comida incrível! Nunca comi nada assim. Espera, que caras são essas? Vocês não parecem bem. - diz Luther com seriedade.

Frode: Não é nada, Luther, acredite. - diz com seriedade e um olhar de quem diz "não podemos contar", e Luther o entende.

Luther: Ei, Nour, gostou da comida?

Nour: É... estava boa. - diz desanimado.

Frode: Ei, Luther, uma coisa eu posso te contar, mas tem que prometer manter segredo. - diz com uma voz rindo.

Luther: Claro, meu amigo Frode, pode confiar.

Frode: A menina de quem você gostou é, na verdade, a princesa.

Luther: O quêêêêê? Para, você está brincando, eu sei que está. - diz super impressionado e sem jeito.

Frode: É verdade, ela almoçou conosco. E tem mais, ela nos disse que espera ver você de novo. - diz rindo.

Luther: Sério? É mentira, né? Por que uma princesa, A PRINCESA, iria querer me ver de novo? Meu Deus, que vergonha, eu fingi para ela que eu era culto... meu Deusss. - Luther então começa a "surtar sozinho", e os garotos seguem viagem de volta ao castelo do norte, onde assim que chegam, Frode pega sua carruagem para o leste.


A Fúria de Tânatos: A Caixa de Pandora Desvendada.Onde histórias criam vida. Descubra agora