capítulo 45

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Maria

Acordei meio zonza sem saber aonde eu tô, tentei por a mão no meu rosto mais senti meu braço doer um pouco, só aí que eu percebi que estava no hospital do pé do morro. Aqui praticamente é o hospital do Grego, ele que construiu do zero, ele que contratou os médicos, enfermeiros. E foi ele que comprou cada aparelho que contém nesse hospital. Ele construiu tanto pra comunidade, quanto pra eles se tomarem um tiro e por ai vai.

Daí lembrei que vim parar aqui por conta da confusão que o meu genitor criou, olha que filho da puta. Só vinha encher o saco da minha mãe e o meu, e a trouxa que sou ainda acreditava que ele mudaria.

Depois de uns minutos em transe pensando nessas coisas, resolvi voltar pro mundo real e chamar alguma enfermeira pra me contar como o magrinho. Nesse momento eu não tô nem ligando pra mim, só quero saber dele.

Gritei por alguém e ninguém vinha, eu já tava ficando mais puta ainda. E eu não podia nem tá gritando, eu tô frágil pra caraca. Depois de trezentos anos uma enfermeira entrou acompanhada da Aurora e do Grego.

Aurora: Amiga como você tá ?. Meu Deus mulher, muita emoção pra um dia só.

Maria: Oi amiga, eu tô meio zonza, mais eu quero saber do magrinho. Por favor preciso de notícias boas.

Grego: Temos duas notícias pra tu cocuda. Uma é boa, e a outra eu acho que você vai gostar.

Maria: Fala logo gente, que enrola.

Aurora: Bom, o magrinho ta bem. Ele precisou de uma transfusão de sangue com urgência. Mais por um milagre eu tenho o mesmo tipo sanguíneo dele. E eu doei sem pensar duas vezes, mais quando ele acordar eu vou querer cinquenta mil. Eu hein, tá pensando que é de graça.

Ela ri do que disse, eu e Grego entramos na onda e rimos também. Lembrei da outra notícia e já fiquei meio pá pra ouvir.

Grego: Já cogitou ficar sem beber e sem F1 por 9 meses ?.

Maria: Não cogitei não querido, eu não vivo sem a minha cerveja. Mais o que isso tem haver ?.

Aurora: Se prepara, você foi pra guerra sem colete e acabou sendo atingida. Meus parabéns amiga. Agora você também vai ser mamãe.


A pronto, não que eu esteja triste. Mais como assim porra ?. Eu ainda falei com o Magrinho pra usar o bagulho. Mais cadê que ouve. Quando ele tá virado no caralho e quer transar a qualquer custo. Esquece filha, o bagulho pega fogo.


Mais e agora?. O que eu vou arrumar e como eu vou contar pro magrinho ?. Se eu contar assim que ele acordar o menino vai ter um treco. Já tá batendo a agonia. Não esperava ficar grávida nem tão cedo.

Aurora: Amiga é uma sensação mágica, agora você tá tendo um choque mais depois você acostuma, e vai perceber que você ama esse neném mais que tudo nessa vida.

Maria: Eu tô com medo Aurora, porra o que eu vou fazer da minha vida ?. Eu trabalho em um salão. Não sei se o magrinho vai tá de boa com essa notícia. Aaaai Jesus me ajuda.

Grego: Para de neura malucona, o dindo do seu neném, vulgo eu. Não vai deixar faltar nada, muito menos o magrinho pow. Eu conheço ele desde menor, e eu sei que o sonho dele é ser pai ainda mais de um filho seu. Ele te ama cara. Só relaxa.

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