capitulo 63

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Aurora

Não consegui dormir, virei de um lado pro outro mas não conseguia pregar os olhos. Ainda tô pensando em como a Marina e o Breno sofreram. Até onde eu sei só a Marina sofreu abuso, mas não vou perguntar nada pra eles. Vou esperar eles estarem preparados pra conversar com alguém.

Quando eu finalmente consegui cochilar ouvi um chorinho e alguém falando algo. Levantei no susto e o Grego acordou assustado. Fui andando pelo corredor e vi que o choro vinha do quarto da Mavie, a Marina tá chorando.

Marina: Papai para, isso machuca. Minha pepeca tá sangrando, sai de cima de mim por favor, eu te imploro.

A menina tava chorando e falando enquanto dormia, peguei ela no colo e comecei a chorar junto com ela, o medo que ela tava era notável. Ela tremia dos pés a cabeça, e suava frio.

Aurora: Já passou meu amor, nunca mais isso vai te acontecer, Agora você tá segura.

Grego: Vamos ter que levar ela em alguma psicóloga com urgência.

Marina: Tio Grego não deixa ele me machucar, isso que ele faz comigo dói muito. Ele me morde e chupa meu corpo todo. Eu sinto nojo dele, por favor tio não deixa eu vê ele nunca mas.

Ela disse chorando e eu já não tava aguentando, eu fazia carinho nela mas ela não conseguia se controlar. O Grego tava se segurando pra não chorar também, é uma situação bem delicada a gente precisa ter muito cuidado com ela.

Grego: Olha pra mim princesa, nunca mas ele vai encostar a mão em você. Eu te garanto isso. Aqui você tá mas segura do que em qualquer lugar, Fica tranquila.

Ela não quis dormir sozinha, então o Grego achou melhor ela dormir com a gente, eu ainda estava chorando. Juro, queria tirar essa dor dela e tranferir pra mim.

A Marina grudou em mim e dormiu bem encolhida. Fiquei fazendo carinho nela e o Grego fazia carinho em mim. Sendo assim nós três dormimos.

Grego

Acordei bem cedo e fui tomar um banho, caralho vou ter que dá um fim nesse juiz filho da puta, ele deixou a própria filha traumatizada.
Sai do meu banho e bati um radinho pros vapor tudo ir pra boca me esperar.

Quando eu cheguei no quarto a Aurora e a Marina ainda dormia. Dei um beijo nelas e desci as escadas indo direto na cozinha. Vi que o Breno tava parado olhando a Geladeira e fiquei sem entender.

Grego: Por que tá olhando a geladeira desse jeito ?. Quer algo ?.

Breno: Tio posso pegar um Danone ?. Tô com muita fome. Mais se não puder me mostra aonde tem farinha que eu como com café.

Farinha com café ?. Criança come isso Jesus ?.

Grego: Qual foi menor ?. Tá doidão, pode comer tudo o que quiser só não deixa o bagulho do Danone jogado em qualquer canto, joga no lixo. Tem Sucrilhos também, tem biscoito, pão, bolo pode comer o que tu quiser precisa pedir não.

Breno: E que na outra casa meu pai não deixava a gente comer Danone, a gente tinha que comer farinha com café enquanto via ele comendo Danone e biscoito na nossa frente.

Cada vez que essas crianças abre a boca pra falar desse merda me sobe um ódio maior. Bati um papo maneiro com ele e eu disse que quando fosse mas tarde eu levaria ele pra quadra pra jogar bola, como eu voltei vou fazer uma comemoração com churrasco liberado. Vai ser na quadra aonde foi a festa da Mavie.

Sai de lá peguei minha moto e piei pra boca.
Entrei na boca e os menor tudo fazendo toque comigo. Fui pra minha sala e os mais chegados estavam lá, fiz toque com todo mundo e sentei na minha cadeira.

Grego: Bagulho é o seguinte, eu quero a cabeça daquele juiz filho da puta. Porra aquele merda traumatizou a filha dele, ela não consegue dormir sozinha de tanto medo. Ela tem marcas pelo corpo e eu não vou tolerar isso. Tô criando como minha filha, e filha minha nunca vai ser violentada e vai passar batido.

Eles assentiram e saíram. Fiquei na minha sala marolando fumando o meu baseado. O Magrinho me chamou pra receber a carga e vê se tá tudo certinho.

Deu o horário de almoço e como o movimento tava meio fraco eu e os menor foi comer no restaurante que tem aqui no morro. A comida é top de linha. Fomos todos nós e sentamos numa mesa perto da porta, veio uma garçonete atender a gente e eu já fiquei puto. Ela abaixou e levantou o rabo na minha cara, e eu respeito a minha loira. Peguei minha Glock destravei e botei na mesa. Ela ficou toda sem graça e anotou os nossos pedidos, e foi embora.

Magrinho: Qual foi grego já pode travar essa porra. Essa merda tá apontada pra mim, meu moleke nasce mês que vem pow.

DN: Essa garçonete tá doida pra sentar pra um de nós, ela já deu mole pra todo mundo daqui do grupo, e só quem pegou foi o talibã e o Th.

Grego: Eles gostam de mina rodada, quanto mais rodada for, mais eles querem.

Th: Tu não pode falar nada Grego, todo mundo aqui do morro conhece a sua pica.

Talibã: Eu não conheço, que nojo mano a gente vai almoçar.

Grego: Ele é doido pra conhecer também, mais já tem dona e é só dela. Foi mal mano, se tivesse chego antes.

Th: Sai fora, vocês levam tudo na brincadeira e sempre sobra pra mim, seus arrombados.

Ficamos zoando o Th e ele de cara fechada igual uma criança. Deu umas 17:00 e a gente saiu da boca de novo e fomos pra quadra. O churrasco tava comendo solto, eu estava esperando a minha mulher vir pra cá e trazer a molecada pra mim jogar bola com o Breno. O menor tá ansioso pra isso.

Fiquei mexendo no celular e eu só ouvi o gritinho da Mavie.

Mavie: papaaaaaaaaaaaaai.

Grego: Chegou os meus amores. Vamos nos divertir.

Aurora: Deixa suas coisas comigo amor, eu sei que você vai jogar bola, eu quero que você faça gol pra mim.

Grego: Você que manda minha gostosa.

Fui jogar bola com as crianças primeiro e depois fui jogar com os vapor. Meu time ganhou como sempre e eu fiz dois gols pra minha gostosa. Tirei a camisa e ela fechou logo a cara, como um bom marido eu coloquei de volta e pedi desculpas.

A tarde foi super de boa, tava uma vibe foda. Curti com a minha família, e tava todo mundo feliz e satisfeito. Eu estava felizão também, fico muito feliz vendo essas crianças brincarem e se divertindo.

Um novo começoOnde histórias criam vida. Descubra agora