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Flora

Tudo está saindo melhor do que planejei. Magalhães está totalmente desmoralizado, os principais líderes das famílias Assis e Rossio viram meu estado deplorável, deixando ainda mais claro que Juan é um monstro insensível e cruel com uma doce menina. Entro no meu quarto mais uma vez comemorando. Se continuar assim, logo estarei livre desse homem.

Vou até debaixo da cama, pegando meu celular para escondê-lo no lugar correto, junto com minhas pílulas. Tranco a porta, tirando o vestido e ficando totalmente nua. Gostava de ficar assim no meu antigo quarto, na minha vida perfeita sem casamento, um irmão mais velho autoritário e um marido que detesto.

Preciso pensar no que fazer quando conseguir a anulação desse casamento, porque é óbvio que não vou fugir casada com ele para que faça como Hugo, que perseguiu Gabrielli até encontrá-la. Separada será melhor. Meu pai e Miguel viraram as costas para mim, portanto, vou jogar a reputação deles na lama, como fizeram comigo quando me colocaram nesse casamento.

De repente, a maçaneta da porta começa a girar freneticamente. A chave da fechadura cai como se outra estivesse sendo colocada no lugar. Juan conseguiu abrir a porta sem que pudesse evitar sua invasão. Ainda bem que guardei minhas coisas antes dele invadir meu espaço. Pelo jeito, não terei direito nem mesmo à privacidade nessa casa. Suspiro, ajeitando meu corpo na cama de uma forma que minha bunda fique bem exposta.

Tenho vergonha, mas meu foco em destruir esse homem é muito maior do que qualquer pudor que possa ter. Juan tem que pensar o pior de mim, que sou despudorada e vagabunda, assim não vai me querer, anulando assim o nosso casamento.

– Juan, o que quer agora? Estava descansando, e você me acordou. Você não teve educação dos seus pais? Já invadiu meu quarto hoje duas vezes, na próxima vez vou mudar de cômodo, quem sabe assim você não me deixa em paz.

– Sei muito bem o que está tentando fazer, Flora, mas não vai conseguir. Ninguém vai acreditar em uma garota mimada e estúpida como você. Sou um líder da família Magalhães, e você? É só uma garota que não quer aceitar cumprir com suas obrigações.

– Juan, assim você me ofende. Ontem cumpri com minha obrigação, entreguei a você minha pureza, e é assim que me agradece? Pensei que fosse mais grato, mas me enganei. Não estou fugindo das minhas obrigações, tanto que estou aqui em sua casa, inclusive recebendo os homens da família com atenção e hospitalidade, como minha mãe me ensinou. Não percebeu como eles ficaram impressionados?

Ele avança em cima de mim, segurando minhas bochechas com força. Como é maravilhoso ver esse desgraçado perdendo o controle. Quero que perca sua sanidade mental também, que fique tão louco que se livre de mim somente para ter paz.

– Sei muito bem o que pretende, Flora, mas asseguro a você que não vai conseguir. Posso até enlouquecer, mas não vou deixá-la livre para ser de outros. Ficará comigo até o último dia da sua vida. Ser minha será o seu castigo!

– Castigo? Marido, tem certeza que quer me castigar? Sou tão linda, jovem, gostosa e disponível. Se for mal comigo, posso encontrar alguém que seja bom. Penso que não será difícil para mim achar um homem disposto a ser amoroso e agradecido.

Sei que quer me bater de novo, mas se segura, levanta andando pelo quarto parecendo um animal enjaulado. Ele quer me agredir, só que percebeu minha tática. Isso não quer dizer que não tenho outras.

– Juan, apesar de você ter sido mal comigo no nosso primeiro dia como um casal, estou disposta a esquecer isso. Por que você não vem aqui ficar comigo? Quero um sexo bem forte, igual o de ontem. Sei que vocês homens gostam de algo mais violento. Subjugar a fêmea para fazer o que quiserem é um fetiche que também me agrada!

– Você quer ser tratada como uma prostituta? Flora, você é uma filha da Organização, deveria se portar como tal. Não lidar com tudo isso como se fosse uma mundana. Começamos de uma forma ruim, não quer dizer que não podemos mudar isso.

Não havia como mudar nada. Juan destruiu minha vida, me afastou da minha família, forçou um compromisso que não queria, apenas para provar que poderia me mudar. Não vou retroceder dos meus planos. Se ele quis esse casamento com tanto empenho, que sofra por sua insistência.

– Não vai me foder? Então saia do meu quarto. Essa sua conversa me cansou, vou dormir, pois acordei muito cedo. Pelo menos a companhia de hoje de manhã foi muito boa e compensou sua falta de vontade em cumprir com suas obrigações como marido. Vá, Juan. Estou realmente cansada dessa ladainha de sempre.

Como se tivesse ferido seu ego masculino, Juan voltou para a cama, possuído pelo ódio. Sua boca toma a minha em um beijo desesperado e animalesco. Não se importa de morder meu lábio machucado a ponto de tirar sangue.

– Assim que eu gosto, Juan, me come com força, marido.

Juan não perdeu tempo tirando a camisa de maneira desajeitada como também a calça e a cueca, abriu minhas pernas enfiando seu pau inteiro dentro de mim. Foi difícil não gritar com a invasão brusca, Juan colocou seu membro inteiro dentro de mim com brutalidade, dei uma gargalhada querendo provocá-lo.

– Vagabunda, está gostando de ser machucada, rindo de mim, vou fazê-la ficar de cama por dias, assim quem sabe para de me enfrentar.

– Dê tudo que tem, Juan, que ainda será pouco. Menos papo e mais ação, marido.

Ele voltou a se movimentar mais rápido e com força, a cabeceira da cama batia na parede com os movimentos fortes que Juan fazia enquanto estava por cima de mim metendo na minha boceta sem piedade, novamente sinto as paredes da minha intimidade se apertar. Juan jogou a cabeça para trás como se estivesse sentindo a pressão, não queria dar prazer para ele, mas não consigo evitar.

Fecho meus olhos sentindo meu ventre contorcer pelo prazer que estou sentindo, infelizmente não tenho controle do meu corpo que parece gostar da devassidão do ato, sinto o formigamento bom nas pontas dos dedos, começo a gemer vendo o sorriso debochado de Juan, ele continua metendo sem parar até gozar dentro de mim.

Ele deita seu corpo sobre o meu, beijando meu pescoço. Não queria sentir prazer, mas sim nojo do toque dele, do seu corpo e boca em contato comigo. No entanto, não consigo afastá-lo de mim. Resolvo me render ao cansaço, fechando os olhos e adormecendo enquanto Juan faz carinho no meu rosto, mesmo sabendo que não sou preciosa para ele.

A Confiança - A Organização - Livro 3Onde histórias criam vida. Descubra agora