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Aurora Ferreira10 de abril de 2024Quinta-feira

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Aurora Ferreira
10 de abril de 2024
Quinta-feira

Hoje tá sendo um dia difícil. São exatamente seis horas da noite, e meu irmão, os rapazes, e eu estamos aqui no curral ajudando uma das vacas ter o bezerro. O filhote estava em uma posição que não facilitava na hora do parto. Estamos aqui dês das cinco horas, e se demorarmos para tirar esse bezerro a vaca pode morrer, ou até mesmo pode dificultar no desenvolvimento do filhote, e é algo que não quero.

— Vamos ter que ajudá-la! Se demorarmos mais será pior. Paul, já sabe o que devemos fazer certo ?

— Sim! Vamos logo fazer isso.

Lavamos as mãos, braços e ombro. Colocamos uma luva que dá até o nosso ombro, e voltamos para o curral. A vaca estar em pé. É o modo mais fácil de ajudá-la! Peço para o Gabriel levantar a perna da vaca, e o Henrique segurar o rabo nas costas. Isso será bem mais fácil para mim, do que para o Paul.

— Marcos, Luciano e Kaique fiquem sempre em alertas para qualquer coisas que precisarmos. Paul, coloque sua mão côncava sobre o nariz ou pernas do filhote, para não evitar de rasgar ou raspar as paredes uterinas – meu irmão assente e começamos a fazer os procedimentos, para ajudarmos.

Depois de meia hora, o bezerro sai do útero da mãe. Com o filhote já fora, eu o ajudo e o meu irmão fica com a mãe. E faço todos os procedimentos precisos que fazemos assim que o bezerro nasce. Felizmente, o filhote está muito bem. Meu irmão aparece, e diz que a mãe também está perfeitamente bem. Ótimo!

— Ainda bem! Meu Deus, que dia tenso.

— Verdade! Você tá horrível!

— Que engraçadinho... Menti as vezes não faz mal, sabia ? – levanto do chão, soltando o filhote que se levanta também — Vamos lá, amiguinho. Vamos até a sua mãe para você se alimentar – o bezerro parece entender o que estou falando, e vai até onde a sua mãe estava. Paul e eu vai seguindo.

Meu irmão vai ter os dois animais, e eu vou anotar algumas informações na prancheta. Eu estou tão cansada! Depois que tudo está resolvido, eu vou para minha casa para tomar um bom banho. Em casa vou diretamente para o banheiro, tirando minhas roupas e entro no boxe ligando o chuveiro. Percebo que estou muito tempo na água, quando vejo que os meus dedos estavam enrugados. Saio do boxe enrolando o meu corpo com a minha toalha, e saio do banheiro.

Visto uma roupa confortável, e desço para cozinha preparar um café. Preciso urgentemente de uma cafeína depois de um dia tenso como hoje. Termino de preparar meu café, e vou até a varanda da minha casa. Sento-me na poltrona da varanda, tomando meu café, e sentindo a brisa leve passando. Tá friozinho! Estava tomando meu café tranquilamente quando uma voz rouca chama a minha atenção. Não!

— Olha, não venha me perturbar hoje não, por favor. Eu tive um dia tenso!

Theo estava fora da fazenda à uma semana. Mas antes dessa semana de tranquilidade, como sempre, o Theo não parava de implicar comigo. Eu estava tão na paz esses dias. Mas vejo que minha tranquilidade acabou de ir embora. Sem falar absolutamente nada, ele se senta na poltrona ao meu lado e fica calado por alguns segundos. Eu estou sem entender essa atitude.

Até que ele decide falar:

— Eu não vim te perturbar. Mesmo eu gostando de fazer isso! – franzo o cenho desacreditada — Eu só... Eu só vim dizer a você que quero uma trégua. Não vou mais te perturbar! – por essa eu não esperava — Que tal sermos amigos ?

Fico surpresa com essa essa atitude. Fico meia receosa, mas seu olhar mostrar que ele está sendo sincero. Encaro a xícara em minhas mãos, pensando se devo ou não aceitar essa trégua. Na adolescência ele me enchia o saco. Depois de anos longe, quando retorna, ele volta a implicar comigo. Mesmo ele demostrando sinceridade, eu fico bem pensativa.

— O que te fez mudar assim ? – pergunto ainda olhando para o meu café.

— Uma pessoa me fez ver que não sou mais adolescente. E também, eu acho que já implique com você o bastante! Mas se... se você não quiser ser minha amiga, eu entendo. E não se preocupe, eu não irei te perturbar mais – eu o encaro dessa vez. O mesmo estava brincando com os seus dedos.

— Tudo bem, então. Aceito ser sua amiga! Vou dá uma chance para essa trégua – ele desvia seu olhar das suas mãos, encarando-me. Theo estende a sua mão direita para que eu apertasse, e assim eu fiz, selando nossa trégua.

Só espero que eu não me arrependa depois.

Só espero que eu não me arrependa depois

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