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"E ele atende, e implica, e a gente some, e ele chama, e a gente volta, e briga, e ama, e sofre, e ama, e ama, e ama, e desama, e termina, e quando parece que cansamos, que não há mais espaço para um novo amor, outro aparece, outro parto, começa t...
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Aurora Ferreira 07 de outubro de 2024 Quatro dias depois Segunda-feira
Abro os meus olhos e uma dor de cabeça me atinge em cheio, mas rapidamente passa ao meu recordar o que aconteceu. Ia me sentando na cama, quando eu começo a senti dores por todos o meu corpo, então eu desisto e volto a me deitar. Minha garganta estava seca. Olho ao redor e vejo que estou em um quarto branco, uma agulha em minha mão, e noto que estou tomando soro. Estou no hospital! De repente a porta do quarto se abre revelando a presença do Theo ali.
— Aurora.... – ele fala surpreso, deixando o que tinha nas mãos de lado e vem até mim — Como você está, meu amor ?
Eu gostaria de respondê-lo, mas estava com a minha garganta seca demais para falar qualquer coisa, então, com a minha mão livre uso o indicador apontando para minha garganta. Felizmente ele entendeu o que eu quis dizer. Theo se levanta pegando o copo com água, e me ajuda a tomar.
— Eu estou bem! Eu acho.... – falo em calmamente — Theo, e a Ophelia ?
— Oh, querida, infelizmente ela não conseguiu resistir! Ela foi enterrada na sexta-feira à tarde! – franzo a testa confusa.
Sexta-feira à tarde ? Como assim ?
— Quanto tempo eu dormir ?
— Quatro dias! Você veio bem ferida para hospital! O médico disse que você teve muita sorte, porque o que você passou se fosse outra pessoa não aguentaria – só de lembrar do que passei com o Matheus uma lágrima escorre pelo meu rosto — Não chore querida, felizmente tudo acabou! O Matheus morreu! O policial atirou nele, quando ele estava preste a atirar em você. Ah, meu amor.... – ele segura a minha mão colocando em seus lábios — Eu tive tanto medo de perder vocês dois! Imagina se ele não tivesse se comunicado com a Ophelia, e você ainda estivesse naquela casa com ele. Eu não sei o que seria de mim, se o Matheus estivesse feito algo com vocês.
O Theo tá bem ?
Por quê diabos ele estava falando no plural ?
— Theo, você está se sentindo bem ? Por quê está falando como se estivesse sido eu, e outra pessoa trancafiados ?
— Esqueci que você também não sabe! – já estava ficamos preocupada.
— Sobre o que homem, fala pela amor de Deus. Não me deixa assim nessa confusão.
— Aurora, você está grávida! Vai completar dois meses amanhã! – abro e fecho a boca várias vezes, nenhum som saia da minha boca.
Grávida ?
Eu tô grávida ?
Dois meses amanhã ?
— Oh, meu Deus! – pronuncio depois de alguns segundos em silêncio — Eu nem fazia ideia! Estava com tanta coisa na cabeça, que nem percebi nada! Aliás, agora eu entendo o porquê do vestido ter ficado apertado. E como o bebê está ? Não teve nada com ele, né ?
— Não se preocupe, o bebê está bem!
Um alívio se espalha pelo meu corpo, e choro mais uma vez, não de tristeza mais de que felicidade porque tudo acabou e que agora recebo a notícia de que serei mãe e que está tudo bem. Deus me deu uma segunda chance. Theo vem até mim colando nossos lábios. Que saudade estava dele! A porta se abre novamente, dessa vez era o minha mãe e o meu irmão. Minha mãe começa a chorar ao me ver acordada, e vem até mim beijando minha testa.
Theo saindo do quarto, e imagino para que eu pudesse ficar sozinha com a minha família. Assim que a minha se afasta, meu irmão vem até mim, e segura a minha mão dando um leve aperto. Ficamos conversando por um tempo, os dois não mencionava sobre o ocorrido, porque sabia que ia ser um pouco doloroso ter que contar detalhadamente tudo o que passei. Minutos depois, minha mãe e a minha irmã se despedem e vai embora, mas amanhã eles voltaria.
Logo Theo entra no quarto acompanhado pelo médico, ele me cumprimenta e pergunta como eu estava, e começa a me examinar. O doutor disse que eu estava me recuperando bem, e que depois de amanhã eu poderia ir pra casa. Graças a Deus! O médico sai, deixando Theo e eu sozinhos novamente.
— Será que você pode ficar deitado ao meu lado ?
— Aurora, querida, eu acho melhor não! Eu posso te machucar!
— Nem começa, Theo – ele franze a testa — Logo você dizendo isso ? Lembra quando você se machucou ?
— Tá bom! Teimosa! Eu me deito com você – dou um sorriso vitoriosa, e ele se acomoda ao meu lado — Tava com saudade de você! E da sua implicância também! Aí.... – ele começa a massagear o lugar que eu belisquei.
— Eu também estava com saudade de você!
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