|16 AURORA 🐎|

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Aurora Ferreira

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Aurora Ferreira

Depois de um longa caminhada, chegamos na cabana. Felizmente a chuva deu um pequenina pausa, mas não vai demorar para voltar a chover. Como antes, tive que fazer a Arizona deitar para tirar o Theo de cima dela. E assim como antes, ela não dificulta no processo. Pelo visto ela está sentindo que a situação não está nada boa. Tiro Theo de cima da Arizona, pego a chave no meu bolso e abro a porta.

Entramos e coloco Theo deitado no sofá. Volto para Arizona, para tirar a mochila com os mantimentos, e pegar minha mochila com as minhas roupas. Deixo as duas mochilas no canto da cabana. Eu levo a égua para o cercado, tirando a sela e os seus arreios dela.

— Vai lá, garota. Eu irei cuidar do seu dono agora! – ela bate a pata no chão e sai.

Volto para cabana fechando-a. Tenho que levar o Theo para o quarto, para cuidar desse ferimento. Pego ele novamente e vou até o quarto, deito ele na cama e vou pegar os kits de primeiro socorros. Ainda bem que meu irmão deu a ideia de sempre deixar algumas coisas aqui. No começo eu achei uma maluquice, mas quando voltarmos vou agradecê-lo.

— Theo. Isso vai doer! E muito! – seguro o galho que estava enfiado, e puxo de uma vez, fazendo-o gritar com a dor. Merda! — Foi mal... – verifico o estrago e vejo que está muito inflamado, não vai dá pra aplicar uma anestesia — Má notícia...

— O que foi ?

— Eu não posso aplicar uma anestesia! Está muito inflamado!

— Que maravilha! Tudo bem, Aurora. Faça o que você tem que fazer! – autoriza e vou começar o processo.

Pego tudo que irei utilizar, faço a higienização dos materiais. Em seguida, coloco uma luva e limpar a ferida. Com a ferida limpa, eu começo com o processo de saturação. Aos poucos vou fechando a ferida, ao olhar para Theo, vejo sua expressão de dor.

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Quarenta minutos depois eu termino de fecha-lá. Tiro as luvas deixando de lado, pego as coisas e coloco no banheiro para depois eu organizar. Com gases e atadura, coloco uma pomada para ajudar na cicatrização, coloco a gases e depois enrolo seu tronco com a atadura. Meu Deus, que dia foi esse ?

— Bem, agora é só você ficar quieto para não magoar a ferida. Eu ligar para o meu irmão e contar que aconteceu. Se não te verem na fazenda, vão ficar preocupados – ligo para o meu irmão e conto o que aconteceu, e o tranquilizei. Olho pela janela, e a chuva estava forte. Raios e trovões se fazia presente. Volto para o quarto e Theo está encarando o teto.

— Como você me encontrou ?

— Arizona! Ela chegou na fazenda atordoada! Eu fiquei meia desconfiada porque ela estava selada. A única coisa que eu fiz foi montar e ela me levou até você. Apesar que eu ja tava pensando em vim até aqui. Como você se machucou ?

— Ela ouviu um trovão e acabou de assustando. Eu acabei caindo! E bem, o resto você já sabe – concordo com um gesto de cabeça — Por quê você vinha pra cá ? A propósito, eu não sabia que tinha uma cabana aqui.

— Seus pais decidiu construí-lá – me sento ao seu lado — Quando você ficar melhor eu lhe mostro o motivo da decisão deles! E eu vim pra pensar um pouco!

— Será que eu posso saber do que seria ?

— Sobre hoje de madrugada! – fui direta ao ponto.

— Aurora, você é uma mulher resolvida! Eu tenho certeza que se você não quisesse o beijo, você não teria correspondido. No mínimo, quando eu estivesse me aproximando eu receberia um belo de um tapa – ele fala e é inevitável não rir.

— Pois é! Eu te daria um belo de um tapa mesmo!

— Então, por quê você é assim tão... fechada ?

— É complicado! Eu já sofri muito, Theo! Eu meio que tive um trauma.

— Contar ajuda sabia ? – balanço a cabeça negativamente.

— É difícil.... – ele segura minha mão, dando um leve aperto.

— Não custa tentar – diz. Fico em silêncio por alguns segundos, até que eu o encaro e decido falar.

— Tudo bem Theo. Eu vou contar!

 Eu vou contar!

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