Theo Costa
Aurora e eu selamos nossas mãos e concretizamos nosso "tratado de paz". Eu fiquei pensando no que a minha irmã me disse; em vez de implicar com ela, deveríamos nos tornar bons amigos. Mesmo que os pensamentos da minha irmã seja diferentes que o meu. Eu só decidi essa trégua porque seria melhor pra nós. Uma leve sensação se passou quando nossas mãos se cruzaram, e não era uma sensação tão ruim.
Pelo contrário, era boa! Muito boa por sinal! Aurora solta a minha mão, e encara a xícara um pouco sem graça. Para corta o clima tenso que ficou no ar, descido puxar um assunto para ambos conversar.
— Fiquei sabendo pelo o seu irmão que o dia hoje meio tenso ?
— Oh, sim! Uma das vacas teve dificuldade na hora do parto. Foi um trabalho arudo. Mas conseguimos!
— Que bom! Bem, por falar em trabalho. Eu conversei com o meu pai, e combinamos que vocês terão três dias de folga! – Aurora franze a testa com a novidade.
— Mas Theo, três dias de folga é um pouco demais, não acha ?
— Nada disso. Vocês irão trabalhar de terça à sexta! Folgarão sábado, domingo e segunda! Vocês só irão trabalhar nesses três dias, se acontecer uma situação como essa de hoje. Caso contrário, poderão aproveitar.
— Nossa, muito obrigada! O pessoal irão gostar da novidade – ela dá um gole no seu café.
— E você, por quê não está lá em casa para o jantar ? Eu sei que você não foi ter suas refeições porque eu ficava implicando com você! Você só voltou a ir lá em casa depois que a minha irmã chegou. Mas como eu disse; Eu não vou mais implicar com você! Pode ir tranquila.
— É... Mas hoje eu estou realmente cansada! A única coisa que eu preciso é de cafeína, nada mais! – assinto em concordância. Meu celular apita indicando uma nova mensagem. Pego o aparelho em meu bolso, e vejo que era a minha irmã.
Thea:
Eugênia só está esperando por você e pela Aurora para jantarmos.
Vocês não vem ?Eu:
Vocês podem jantar tranquilos!
Eu vou daqui a pouco.
Estou conversando com a Aurora.Thea:
Tudo bem!
E ver se você não passe dos limites. Conversem civilizadamente.Reviros os olhos.
Eu:
Eu sei!Envio a mensagem e levo o meu celular de volta pro bolso do paletó. Eu deveria voltar e deixar a Aurora em paz. Já fiz o que tinha que fazer mesmo. Mas, acho que vou aproveitar para saber um pouco sobre o que aconteceu durante os anos que não vim aqui.
— Mas e então, quando você se formou para medicina veterinária ?
— Aos vinte e cinco! Terminei os estudos aos dezessete. Depois fiz uns cursos técnicos. E aos vinte e um entrei pra faculdade.
— Você sempre trabalho aqui na fazenda ?
— Não! Passei dois anos trabalhando em um haras na capital.
— E como foi quando meu pai te contratou ? – pergunto e ela fica em silêncio. Pensei que ela ia brigar comigo, e dizer que eu queria saber demais sobre a vida dela. Mas pelo contrário, ela começou a falar.
— Eu estava de férias! Meu irmão e eu na verdade. Entramos e nos formamos juntos na faculdade, e trabalhamos no mesmo haras! Viemos passar as férias aqui! E uma égua tinha levado uma picada de uma coral. Meu pai, que ainda era vivo na época, e os demais que você já conhece. Estava tentando se comunicar com o médico veterinário que sempre vem atender aqui a fazenda, mas ele não atendia o telefone. Felizmente meu irmão e eu chegamos na hora, e conseguimos salva-lá. Aliás, a égua era a sua! Seu pai ficou aliviado quando soube que o animal estava bem, e quando ficou sabendo que tínhamos salvado. Decidiu nos contratar! Trabalhamos aqui dês de então. – ela dá de ombros.
— Entendo! Aliás, eu sinto muito pela morte do seu pai. Eu o considerar como o meu pai também! E a minha família também o considerava.
— Ele também gostava muito de você e da Thea! – ela ficou pra baixo de repente. Creio que falar sobre a morte do pai ainda à afeta — Desculpa falar sobre seu pai! Pelo visto, é um assunto que você ainda não superou totalmente.
— Não precisa se desculpar. Eu tenho que enfrentar esse assunto, independente de ser doloroso ou não. Bem... – ela se levanta da poltrona, e eu faço o mesmo — Eu vou me deitar! Preciso descansar um pouco! E Theo, só espero que eu não me arrependa dessa trégua que demos.
— E não vai! Pode ter certeza. Eu falo sério! Até amanhã, Aurora – ela assentiu e entrou para dentro de casa, e eu fui para a minha — É Aurora, acho que seremos bons amigos.
{CASA DA FAMÍLIA COSTA}
{ESTILO DA CASA DA AURORA E DOS DEMAIS EMPREGADOS}
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✓ Indomitable Hearts
Romance~ "E ele atende, e implica, e a gente some, e ele chama, e a gente volta, e briga, e ama, e sofre, e ama, e ama, e ama, e desama, e termina, e quando parece que cansamos, que não há mais espaço para um novo amor, outro aparece, outro parto, começa t...