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"E ele atende, e implica, e a gente some, e ele chama, e a gente volta, e briga, e ama, e sofre, e ama, e ama, e ama, e desama, e termina, e quando parece que cansamos, que não há mais espaço para um novo amor, outro aparece, outro parto, começa t...
Baby, angels like you can’t fly down hell with me I'm everything they said I would be
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Aurora Ferreira
Eu nunca imaginei que iria contar essa situação que ocorreu em minha vida. Eu nunca contei pra ninguém, além do meu irmão e da minha mãe, nem mesmo meu pai soube. Porque à partir do momento em que ele soubesse disso, ele iria até o fim do mundo para encontrar o responsável. E agora, irei contar para o Theo, o motivo deu ser tão fechada, no quesito relacionamento. Theo aperta a minha mão.
Me incentivando a falar.
Respiro fundo lentamente e começo a contar.
— No período em que eu estava na faculdade, eu conheci um rapaz. Ele não fazia o mesmo curso que eu! Ele fazia engenharia civil! Mas ele tinha amigos cursando medicina veterinária, e esses amigos eram os meus também. Isso foi no meu primeiro ano. Nós começamos a conversar e a se conhecer melhor, quer dizer, ele me conhecer melhor. Porque no final eu nunca imaginei que ele iria fazer isso comigo. Com um ano de namoro ele me pediu em casamento, e eu não pensei duas vezes e aceitei. Não demoramos a nos casar! Em exato três meses eu fui morar com ele. No começo foi ótimo! Mas com o tempo ele mostrou quem realmente ele era – Theo ficava calado, me ouvindo com atenção — Ele... Ele começou a me bater – com isso lágrimas escorrem em meu rosto. As imagens de quando eu vivia com aquele desgraçado vem em minha mente — Quando ele não me batia, ele me segurava meu pescoço me sufocando até eu ficar sem ar, mas eu não deixava ele. Porque eu o amava e pensava que se eu terminasse com ele ninguém mais ia me querer, também achava que era uma fase e que ele iria mudar. – dou uma risada sem humor — Os nossos "amigos" em comum diziam; Ah, não faça isso. É bobagem! Ele te ama! Ele só estava nervoso! Com essas coisas em minha mente eu relevava e deixava a situação de lado, mas ele nunca parava! Meu irmão nem sonhava como estava a minha situação. Primeiro; porque eu escondia os hematomas muito bem antes de ir para faculdade. Sinceramente, eu ainda não sei o porquê dele ainda ter permitido de ir para faculdade. Segundo; ele me ameaçava se contasse. Mas teve um dia em que foi a gota d'água, e se não fosse meu irmão, ele teria me matado. Eu descobrir que estava grávida e tinha contado para ele. Ele surtou e veio para cima de mim. Me dando vários socos em meu rosto, costela, e barriga. Meu irmão apareceu tirando ele de cima de mim, e começaram a briga. Os vizinhos perceberam a briga e chamaram a polícia. Ele foi preso! Mas você já sabe como é esse país, com o tempo eu descobrir ele foi solto por bom comportamento, eu voltei a morar com o meu irmão, e tive a minha vida de antes. Voltei a trabalhar já que ele me proibiu. Precisava ajudar o meu irmão com o aluguel da casa. Mesmo com nossos pais nos ajudando, a gente sempre tentou ter nosso dinheiro próprio. Trabalhávamos pela manhã e a noite íamos para faculdade. O pior de tudo, foi que eu perdi o meu bebê! – solto minha mão da sua levantando-me. — É por isso Theo, que eu sou assim. Fechada! Eu tenho medo de me relacionar novamente e me machucar. Eu sou um mulher quebrada! Alguém me amar, é assustador para mim.
Eu saio do quarto e vou até a cozinha preparar alguma coisa pra ele. O tempo passou que eu não vi que era noite. Chegando na cozinha, eu me permito chorar de verdade, falar sobre isso me trouxe aquelas velhas lembranças que sempre tento esquecer. Mas por outro lado, foi até bom desabafar com alguém. Assim que fico mais tranquila, eu pego algumas coisas na mochila que a minha mãe preparou, e começo a preparar o jantar pro o Theo.
Minutos depois, termino de preparar uma pequena torta. Enquanto ela estava no fogo, decido tomar um banho quente. Meu corpo precisa relaxar um pouco. E assim eu fiz, tomo meu banho tranquilamente. Visto minha calça moletom, e um casaco também moletom. Com isso, me recordo que o Theo precisa trocar de roupa, meu irmão deve ter roupas aqui. Abro uma gaveta da cômoda que tinha no quarto onde eu estou, e felizmente continha algumas peças.
Paul como sempre precavido.
Eu tenho que fazer a mesma coisa que ele. Pego o que preciso, e volto pra cozinha, a torta já estava pronta. Tiro do forno colocando na bancada, corto um pedaço de torta colocando no prato, em seguida pego um pouco de suco de laranja. Coloco a comida em uma bandeja, e subo para o quarto novamente.
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