Capítulo 14

656 132 22
                                    

Feliz aniversário PriscilaBenedito8

Carrick

Cheguei mais cedo em casa como tinha prometido a Grace e encontrei-a no nosso quarto com um ar preocupado. Ela não estava bem por isso sentei ao lado dela.

— Aconteceu mais alguma coisa com Elliot, querida? — Perguntei preocupado e ela abraçou-me — Estou a ficar preocupado.

— O passado esta de volta. — Disse ela

— O que isso quer dizer Grace? — Ela começou a chorar

— Acho que finalmente descobri a origem de nosso Elliot. — Olhei-a em choque

— Grace prometemos nunca mais tocar nesse assunto.

— Eu... — Ela não conseguiu dizer mais nada e pensei no que aconteceu a alguns anos atrás

Grace estava de plantão no hospital enquanto eu estava em casa com nossos filhos, Christian e Mia. Os dois ainda eram muito pequenos e não paravam de chamar pela mãe por isso decidi levar os dois ao hospital só que no caminho algo me chamou a atenção. Parei o carro e desci para ver o que estava na berma da estrada e fiquei em choque ao ver que se tratava de um garotinho que devia ter uns 6 anos, ele estava desmaiado e muito machucado. Levei-o até Grace que cuidou dele carinhosamente e ficamos surpresos quando ele despertou e não lembrava de nada. Ele ficou dias no hospital e ninguém deu queixa do seu desaparecimento e como nos apegamos a ele acabamos por adota-lo mas decidimos que ele nunca saberia. Christian e Mia eram muito pequenos e não lembrariam de nada por isso esqueceríamos aquele assunto. Elliot era nosso filho assim como os outros dois.

— Eu descobri quem é a família dele Carrick. — Grace disse e saí das minhas lembranças

— Como?

— Foi sem querer.

— Você está nervosa querida. Descanse e depois conversamos melhor. — Ela negou

— Estava no escritório e uns papéis de Christian caíram no chão. Peguei e acabei lendo ao ver que se tratava da investigação que ele mandou fazer sobre Anastásia.

— O que ela tem haver com nosso filho? — Perguntei

— Nos documentos que li dizia que ela teve um irmão, Elias era o seu nome e ele desapareceu no dia em que os pais dela morreram. A data do acidente é a data em que você o encontrou. Ele pode ser irmão dela.

— É uma hipótese, mas não uma certeza.

— Parece que ela nem sabe da existência desse irmão.

— Isso é tudo estranho. Vamos manter estas informações entre nós enquanto aciono uns contatos para investigarem melhor esta história.

— Se eles forem irmãos o que vamos fazer? Vamos contar a verdade?

— Um problema de cada vez querida. — Abracei-a e algum tempo depois ela dormia

Sempre achei suspeito a família biológica de Elliot não ter dado queixa do seu desaparecimento. Se meu menino fosse mesmo irmão de Ana estava explicado, ela era demasiado pequena e os pais haviam morrido. Então porque a família que adotou Ana não deu a queixa?

Se Carla era prima da mãe de Ana devia saber que existia um menino.

Christian

Estava a ter um sonho incrível com Anastásia. Ela estava na minha frente somente de toalha mostrando aquelas curvas maravilhosas e minha vontade era de a atacar e foi o que fiz. Beijei-a com vontade até que a levei em direção a cama. Continuamos o beijo quando senti uma dor, abri os olhos e tinha caído da cama. Olhei ao redor e fiquei em choque ao perceber que não tinha sido somente um sonho, eu tinha mesmo apanhado Ana de toalha e a beijado.

Céus, o que teria rolado se não tivesse adormecido?

Não lembro dela me querer parar, pelo contrário ela correspondia com a mesma intensidade aos meus beijos e toques. Olhei para a cama e ela dormia tranquilamente. Ia aproximar-me mas escutei um grito e fiquei apavorado ao perceber que era Lizzie.

Corri para o quarto dela e minha pequena debatia-se enquanto dormia, devia estar a ter um pesadelo. Balancei-a com cuidado e quando ela abriu os olhos e me viu lançou-se nos meus braços.

— Calma pequena, esta tudo bem.

— Não deixa papai. — Dizia ela com lágrimas a caírem

— O quê? — Perguntei

— Não deixa que a bruxa venha fazer mal a tia Ana. — Pediu olhando-me nos olhos

— Não deixo.

— Promete. — Ali vi o quanto minha filha amava Ana e soube que fiz bem em negar ajuda a Kate

— Prometo pequena. Quer dormir comigo? — Ela assentiu e peguei-a no colo levando-a no meu colo.

— E com a tia Ana. — Fiquei sem saber o que fazer

Minha pequena olhava-me com os olhos marejados e não sabia como negar o seu pedido.

Céus, o que eu faria?

— Podemos dormir todos no meu quarto. — Assustei-me ao escutar a voz de Anastásia e quando me virei ela estava na entrada do quarto olhando-nos — Escutei o grito de Lizzie e vim ver o que estava a acontecer.

— Pesadelo. — Respondi e minha filha pediu colo a tia que a aceitou nos seus braços com um lindo sorriso

— A bruxa queria levar você embora. — Disse com a voz embolada pelo choro — Eu não quero te perder titia.

— E não vai princesa.

Quando chegamos no quarto de Ana, ela deitou Lizzie na cama e cada um de nós ocupou um dos lados e não demorou para a minha pequena adormecer segurando as nossas mãos.

— Ana. — Chamei-a — Está acordada? — Perguntei

— Sim. — Respondeu baixo para não acordar Lizzie — Desculpe por ter invadido seu quarto mais cedo. — Ela deu uma risadinha

— Confesso que pensei que não lembrava de nada do que aconteceu. — Disse ela e levantou para me olhar — Não esquenta que não vou ficar com ideias por conta dos beijos que trocamos.

— Espero que guarde segredo sobre o que contei sobre Katherine.

— Fique tranquilo. Jamais contaria algo que fosse machucar o Elliot. Boa noite Christian.

— Boa noite Ana.

Confesso que fiquei com um pouco de ciúme por perceber que ela se preocupava tanto com o meu irmão. Queria muito entender essa ligação dos dois. Olhei a cama e fiquei surpreso ao ver que Ana e Lizzie dormiam do mesmo jeito, elas eram tão parecidas que custava a acreditar que não tinham nenhum laço sanguíneo. Antes de adormecer novamente tomei nota mental de que tinha de conversar com Taylor na manhã seguinte antes de ir para a empresa.

Lizzie

Depois que deitei na cama de tia Ana com ela e meu papai adormeci e não tive mais sonhos ruins. Eu estava com medo da bruxa vir atrás da tia Ana como no meu sonho e a levar para longe de mim e do papai. Ela agora era nossa. Acordei e os dois ainda dormiam lindinhos. Seria bom se os dois ficassem juntos. Beijei o rosto deles que despertaram.

— Bom dia. — Disse sorrindo

— Bom dia pequena. — Papai beijou meu rosto e depois tia Ana

— Bom dia princesa.

— Vocês não vão dar um beijinho de bom dia? — Perguntei aos dois que se olharam estranho

— Claro. — Disse tia Ana

Papai e ela se olhavam estranho e acabaram por se atrapalhar e dar um selinho. Sorri e bati palmas.

— Hora de se arrumar mocinha. — Papai pegou em mim e me levou para o meu quarto.

Vinda do CéuOnde histórias criam vida. Descubra agora