Capítulo 16

657 127 28
                                    

Elliot

Acordei com uma baita dor de cabeça resultado da bebedeira do dia anterior. Tomei um banho e desci para tomar o pequeno almoço e percebi que todos já tinham tomado e só Ethan estava na mesa.

— Bom dia cunhado. — Ele olhou-me preocupado

— Tudo bem com você? — Perguntou

— Só com uma dor de cabeça nada mais. Cadê todo mundo?

— Sua mãe esta no quarto e os outros já foram trabalhar. — Ergui uma de minhas sobrancelhas

— E Ana onde está?

— Verdade você não sabe. — Esperei que ele continuasse — Ela começou a trabalhar com Christian. Um pedido de Mia. — Sorri

— Será que meu irmão ganhou mesmo a mulher da vida dele vinda do céu?

— Não sei, mas que ele começa a sentir algo por ela pode apostar.

Conversamos mais um pouco e depois subi no meu quarto para pegar a chave de meu carro e encontrei minha mãe sentada na minha cama.

— Oi. — Disse sorrindo para ela que levantou e veio abraçar-me

— Nunca mais faça o que fez ontem. — Pediu chorosa — Fiquei preocupada.

— Não irei mais afogar minhas magoas na bebida mamãe, prometo. — Ela sorriu — Foi constrangedor ter a ajuda de Sawyer no banho. — Confessei e ela gargalhou

— Agora me diga como esta de verdade.

— Mal. — Respondi — Não sei mais nem se ainda tenho namorada.

— Converse com ela e se resolvam.

— Farei isso, mas não agora. — Beijei no rosto e ia sair quando lembrei de algo — Mamãe, quando era criança eu tive alguma amiga chamada Annie?

— Não que eu lembre. Porquê? — Eu podia ver que ela ficou estranha mas não entendia

— Sonhei com uma menina e acho que esse era o nome dela. Deve ter sido coisa de bêbado. — Beijei-a mais uma vez e sai para trabalhar

Anastásia

Depois de ter colocado a vadia para fora da empresa eu e Christian fomos para a sala dele e começamos a trabalhar. Nós não tocamos no que aconteceu em meu quarto na noite anterior e foi melhor assim pois não sabia o que dizer. O trabalho não era complicado e estava a gostar muito.

— Terminei de organizar o que pediu Christian. — Ele olhou-me sério

— Você é rápida e eficiente no que faz. — Elogiou e sorri — Estou a acabar de responder uns mails e depois podemos ir almoçar.

— Juntos? — Perguntei espantada

— A não ser que tenha alguma coisa combinada.

— Não. Espero você terminar.

Enquanto o esperava fiquei feito boba a observar o quão lindo ele era. Lembrei da tal Elena e tinha de admitir que ela era bonita. Christian tinha bom gosto no que toca a escolher mulheres pois Leila também não era de se jogar fora. Estava distraída que nem percebi que ele tinha terminado.

— Vamos? — Perguntou enquanto vestia o seu casaco

— Claro.

Christian levou-me a almoçar em um restaurante perto da empresa bem agradável. Conversamos a maioria do tempo sobre Lizzie e depois um pouco sobre nós. Aos poucos Christian começava a deixar-me conhece-lo e isso era bom.

Christian

Estava na minha sala observando Anastásia trabalhar. Ainda não sabia o que me tinha dado para a convidar para almoçar e ainda falar um pouco sobre mim. Ela só podia ser uma feiticeira pois aos poucos ia quebrando todas as minhas barreiras. Quando o expediente acabou voltamos com Taylor para casa. O ambiente entre nós estava confortável até que entramos na sala e nos deparamos com Gail segurando o vestido de noiva dela. Tanto eu como ela ficamos alguns instantes sem reação.

— Que bom que chegou Ana pois Gail estava a sua procura. — Disse Mia com a mesma animação de sempre

— Dona Grace tinha mandado lavar e limpar o seu vestido. Ele acabou de chegar querida, o que faço com ele? — Perguntou Gail

Meus olhos que estavam no vestido desde que entramos na sala deixaram-no e foram para Ana que estava pálida. Ela não tinha gostado muito de voltar a ver aquele vestido pelo jeito.

— Por mim pode jogar fora ou queimar. — Disse ela

— Ana, o vestido é lindo demais. — Disse Mia horrorizada com a sugestão da morena

— Escolha de Leila.

— Eu disse lindo? — Perguntou Mia — Queria dizer horrível, fora de moda, totalmente sem graça.

— Apenas se livrem disso. — Ana subiu e minha adorada irmã chegou mais perto de mim

— Parabéns Chris, parece que existe mais alguém que odeia tanto casamentos como você.

— O que faço com o vestido? — Perguntou-nos Gail

— Você escutou a dona. Queime-o.

Foi em direção ao escritório pois queria conversar com Welch para ver se tinha novidades e não fiquei satisfeito com o que descobri. Precisava conversar com Taylor urgentemente.

Taylor

Trabalhava para os Grey a alguns anos e conhecia Christian melhor que ninguém uma vez que era seu segurança desde sempre. Ele fechou o coração depois do que Leila fez mas ao que parecia Anastásia tinha caído do céu para o fazer voltar a amar.

Conversei com Sawyer como Christian pediu e deixei claro para ele manter uma certa distância da Srta. Steele e o mesmo disse que só a via como uma potencial amiga. O Sr. Grey chamou-me ao seu escritório e foi ao seu encontro encontrando-o impaciente.

— Algum problema Sr. Grey? — Perguntei preocupado

— Welch deu notícias.

— Não eram as que esperava. — Constatei

— Não. Ele não encontra indícios da morte dos Williams. Sabe o que isso significa?

— Leila e José devem ter dado um jeito de os fazer sumir e mentiram para a Srta. Steele. — Ele concordou com a cabeça — O Sr., irá contar a ela?

— Não sei Taylor. O que acha que devo fazer?

— Conte a verdade Sr. ela merece saber.

Christian

Depois de Taylor sair fiquei a pensar em como contar a Anastásia que os pais adotivos poderiam estar vivos, isso era o mais certo já que não existiam certidões de óbitos. Sai de meus pensamentos quando Lizzie entrou no escritório e correu para o meu colo.

— Que saudades papai. — Disse ela beijando meu rosto

— Também senti princesa. Como foram as coisas no colégio?

— Estranhas. — Olhei-a sem entender — A Sybyl pediu desculpas.

— Isso é bom pequena.

— Ela disse que só o fazia porque logo seriamos irmãs. — Fiquei em choque — Não quero ser irmã dela papai. Ela é má.

— E não será filha. — Disse convicto

Maldita Elena, continuava a usar a filha para afetar a minha emocionalmente.

Minha pequena depois de me contar sobre o seu dia disse que ia ver a tia e minha vontade era de ir com ela mas não foi, deixaria as duas terem um momento de garotas.

Vinda do CéuOnde histórias criam vida. Descubra agora