Capítulo 17

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Anastásia

Quando Lizzie me contou que a filha de Elena disse que as duas seriam irmãs fiquei arrependida de não ter dado uns belos tapas na cara da loira. Colocar ela para fora da empresa pelos cabelos foi pouco pois ela não aprendeu nada. Minha pequena depois saiu do meu quarto e desci para a sala vendo Elliot.

— Elliot. — Chamei-o e ele sorriu

— Ana. — veio até mim e abraçou-me — Obrigada pela sua ajuda ontem.

— Não tem o que agradecer. Como você está?

— Melhor. — o sorriso dele não me convenceu — Irei conversar com Kate mais tarde. Não dá para continuarmos do jeito que estamos.

— Espero que os dois se resolvam.

Mesmo achando que Kate não o merecia queria muito vê-lo feliz por isso apoiaria a sua decisão. Contei a ele como foi meu primeiro dia de trabalho e ele riu da situação que passei com a Sra. Lincoln. Era estranho mas eu sentia que Elliot era uma pessoa em que eu sempre poderia confiar, era como se houvesse uma ligação entre nós.

— Ana. — Gail chamou-me — Christian quer conversar com você no escritório. — Elliot riu

— Isso é o que dá morar com o chefe. Vai lá que aposto que é trabalho. — Fiz uma careta e foi ter com Christian Gostoso Grey. Ele estava pensativo quando entrei no escritório e parecia não saber por onde começar.

— Parece que não me chamou aqui por causa de assuntos de trabalho. — Resmunguei e ele olhou-me

— Lembra que mandei investigar você quando soube seu nome e sobrenome? — Perguntou e assenti

— Sim, seu detetive contou o mesmo que eu. Perda de tempo e de recursos.

— Ele continuou a investigar a sua vida mesmo assim. — Fiquei sem entender

— O que ele descobriu? — Perguntei impaciente

— Seus pais adotivos podem estar vivos. — Fiquei sem reação — Welch não encontra indícios de que tenham morrido.

— O que esta dizendo Christian?

— É bem provável que ambos estejam vivos e sendo mantidos em algum lugar por Leila. — Levantei nervosa da cadeira

— Ela não seria capaz. — Ele riu nervoso

— Depois de tudo que ela fez acredita mesmo que ela não o faria? Ana. — Olhei-o com os olhos marejados — Você mesma disse que não viu os corpos deles, que ela não permitiu que se despedisse e não existem atestados de óbito no nome deles.

Não sabia o que pensar.

Leila não era flor que se cheire mas manter os nossos pais em cativeiro, será?

Meu corpo começou a tremer e lágrimas a caírem pelo meu rosto, estava nervosa demais e então senti braços fortes envolverem-me em um abraço que aos poucos me tranquilizou.

Lizzie

Foi até ao escritório para chamar o papai e a tia Ana para jantar mas não o fiz pois vi que os dois estavam abraçados como namorados. Tia Ana tinha a cabeça no peito do papai que fazia carinho nos cabelos dela, eram tão lindinhos juntos que sai dali aos pulinhos.

— Feliz Lizzie. — Levei a mão ao peito com o susto

— Que susto Gail. — Ela riu

— Porque esse sorriso mocinha? — Perguntou e decidi contar

— Papai e tia Ana estavam abraçados.

— Você gosta muito dela não é?

— Muitão. Quero que ela seja minha nova mamãe.

— Nesse caso conte comigo para o que precisar eu também gosto dela. — Sorri pois tinha mais uma aliada para juntar o papai com a tia Ana.

Christian

Anastásia não ficou nada bem quando contei sobre a possibilidade de seus pais adotivos estarem vivos. Ela estava demasiado abalada por isso aproximei-me e envolvi-a em meus braços abraçando-a e fazendo carinho no seu cabelo. Aos poucos ela foi ficando mais calma e acabei dando um beijo na sua testa. Ela levantou a cabeça e olhou nos meus olhos, passei a mão pelo seu rosto limpando os vestígios das lágrimas e foi aproximando-me dela. Ana fechou os olhos e sem esperar mais colei os nossos lábios iniciando um beijo calmo que ela prontamente correspondeu. Nós explorávamos a boca um do outro com vontade e o beijo foi deixando de ser calmo e tornando-se mais feroz, as nossas línguas travavam uma batalha sem vencedores. Prensei-a em uma das paredes e ela levou as mãos ao meu cabelo puxando-me mais para perto de si e soltei um gemido. O ar foi necessário e afastamo-nos um pouco.

— O que foi este beijo? — Perguntou ela ofegante — Desta vez minha boca estava fechada. — Sorri

— Me deu vontade. — respondi simplesmente e então foi a vez dela atacar meus lábios.

Céus, como eu a amava beijar.

Seria capaz de ficar beijando-a para sempre mas infelizmente precisava de respirar e afastamos-nos mais uma vez ficando a olhar um para o outro.

Ia dizer algo mas Mia entrou sem bater avisando que Katherine estava na sala. Ana olhou para mim preocupada.

— Aconteceu alguma coisa? — Perguntou Mia e negamos

— Nada. Coisas do trabalho, nós já vamos. — Mia saiu e Ana ficou tensa

— O que Katherine quer aqui? — Perguntou e dei de ombros

— Quem vai saber? Vai ver ela entendeu que ama Elliot e veio fazer as pazes. — Ana riu

— Você também acredita ainda em papai noel? — Perguntou debochada — Ela beijou você ontem e isso mostra que ela não sabe o que sente. Acho que menos de 24 horas não é suficiente para ela entender o que sente por Elliot.

— Não lembre do beijo que ela me deu. Céus, eu quero esquecer que ele aconteceu e espero que mais ninguém saiba dele. — Ela concordou

Fomos em direção a sala e encontramos Katherine toda sorrisos e beijos para Elliot e fiquei feliz por eles, mas quando vi o olhar que ela lançou a Ana não gostei.

Ana também pareceu perceber que a loira a olhava com ódio e para a atiçar mais segurou o meu braço e sorriu inocentemente. Esta pequena mulher seria a minha perdição pois minhas barreiras começavam a cair uma a uma.

Vinda do CéuOnde histórias criam vida. Descubra agora