Capítulo 20

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Anastásia

Coloquei Lizzie para dormir e depois fiquei um pouco deitada ao lado dela na cama.

Era incrível como essa pequena era parecida comigo, além dos olhos nós dormíamos do mesmo jeito. Sorri imaginando como seria bom se ela fosse minha filha. Beijei a sua testa e foi até o meu quarto, tomei um banho e vesti uma roupa mais confortável e depois desci procurando por Christian, que como é óbvio estava no escritório.

— Katherine já foi embora? — Perguntei e ele olhou para mim e assentiu

— Elliot a levou para casa.

— Ficaria mais feliz se ele tivesse chutado a bunda dela. — Christian sorriu — Aquela lá é uma cobra em pele de cordeiro e ainda vai fazer Elliot comer o pão que o diabo amassou.

— Elliot é crescido, com certeza ele vai saber se cuidar. Queria conversar comigo? — Sentei no sofá e ele veio para junto de mim

— Sobre mais cedo. — Comecei e ele escutava com atenção — Se meus pais estiverem mesmo vivos acho que pode ter um jeito de os localizar. — Ele franziu a sobrancelha

— Você não seria louca de voltar para casa, ou seria? — Neguei e ele suspirou aliviado e fiquei feliz em perceber que se preocupava comigo

— Pensei em entrar em contacto com Hannah, ela era secretária de minha mãe e me ajudou a fugir.

— Não acho boa ideia. — Ele levantou — Ela pode estar sendo vigiada por Leila.

— Pode ser, mas não posso ficar aqui sem fazer nada. Eu preciso saber se eles estão vivos, se estão bem.

— Estou a tratar disso.

— Como assim? — Perguntei

— Welch tem uma equipa procurando por eles. Se os dois estiverem mesmo vivos ele os encontra. — Sorri

— Obrigada por isso. — Ele deu de ombros

Christian

Era incrível o que esta mulher conseguia fazer comigo. Eu que nunca me importei em saber se minha filha tinha avós paternos agora estava quase movendo os céus para os encontrar só para colocar um sorriso no rosto de Ana.

Ela não merecia chorar.

— Era só isso que queria conversar? — Perguntei e ela negou

— Queria conversar sobre nós. — Opa. Isso chamou minha atenção — Você não pode continuar a ficar beijando-me sempre que quer. — Acabei por sorrir e foi aproximando-me dela

— É mesmo? — Ela assentiu — Só apenas eu que beijo. Que me lembre você sempre retribuiu.

— Oras, eu sou humana e você é gostoso. — Deixou escapar e acabei por a encurralar entre a parede

— Bom saber que sou gostoso. — Sussurrei no seu ouvido e notei que ela ficou arrepiada

— Christian. — Ela dizendo meu nome era muito sexy. Olhei em seus olhos

— Se temos de acabar com os beijos acho que merecemos uma despedida digna.

Ana ia dizer algo mas não deixei, calei-a com a minha boca iniciando um beijo que mais uma vez ela retribuiu. Beijei-a suavemente usando inicialmente só os lábios e quando percebi que ela levou as mãos para a minha nuca enterrando os dedos no meu cabelo massageando-o aprofundei o beijo. Mais uma vez a minha língua travava uma batalha com a dela e ambos exploravam a boca um do outro.

Anastásia soltou um gemido e deitou a cabeça para trás dando-me acesso ao seu pescoço, o qual beijei com cuidado. Voltei a beijar os seus lábios e segurei uma de suas pernas envolvendo-a em volta da minha cintura.

Céus, eu estava excitado como nunca antes estive.

Ana parecia estar igual pois arranhou o meu pescoço e depois envolveu ambas as pernas em volta da minha cintura e sem cessar o beijo caminhei com ela para o sofá onde a deitei.

Ela era linda demais.

Estávamos em uma bolha só nossa. Com a ponta dos meus dedos acariciei o seu rosto e depois foi descendo até a barra da sua camiseta. Infiltrei a minha mão dentro dela e subi até encontrar os seus seios. Comecei a acariciar o seu seio direito e beijei-a para conter os seus gemidos, ela não era do tipo passiva pois agarrou a minha camisa e conseguiu tirá-la do meu corpo. Preparava-me para tirar a dela quando escutamos um barulho e nos afastamos de imediato.

Puta que pariu, acho que teríamos transado se não fossemos interrompidos.

Anastásia

Quando escutei o barulho afastei-me de Christian.

O que diabos eu estava a fazer deixando-o tocar nos meus seios?

Nós estivemos a ponto de transar e isso não podia acontecer, não ainda quando ele ainda poderia muito bem estar a odiar-me por ser irmã de Leila, mesmo que seja adotiva.

— Paramos por aqui. — Disse ele adotando uma expressão fria

— Certo. — Murmurei

— Pode ficar de olho na Lizzie para mim? — Olhei-o curiosa — Tenho um encontro e não sei a que horas volto.

Filho da Puta, que Grace me perdoe.

A minutos atrás nós estávamos quase a transar e agora ele ia ter com outra?

Fiquei com ódio. Ódio dele e de mim por pensar que nossos beijos poderiam significar algo para ele.

— Pode ir e voltar quando quiser. — Disse fria também e com raiva — Só tente desta vez não foder com a mãe de alguma colega de Lizzie.

— Ela não tem filhos. — O estupor disse com um sorriso no rosto e meu sangue ferveu

— Pois então faça bom proveito Sr. Grey.

Saí do escritório batendo a porta com força e amaldiçoando Christian.

Cheguei no meu quarto e as lágrimas começaram a cair, não acredito que estou a chorar por ele. Fechei os olhos e doeu imagina-lo na cama com uma mulher que não era eu.

Christian

Ana saiu como um furacão do escritório e fiquei olhando a porta alguns instantes sem entender a sua reação.

Ela não poderia estar com ciúmes pois nós não tínhamos nada. Ou será que podia?

Peguei nas chaves do meu carro e sai para ir encontrar com Gia. Tinha dias que não fazia sexo e precisava relaxar. Gia ao contrário de Elena não era iludida ela sabia que o que rolava entre nós era só sexo por isso liguei para ela pois sabia que mais tarde não viria cobrar nada. Cheguei na casa dela e ela logo atacou os meus lábios em um beijo que não me fez sentir nada. Ela afastou-se e quando vi os seus olhos castanhos desejei que fossem azuis e a imagem de Ana me veio. Gia em nada se parecia com Anastásia e constatar isso dececionou-me.

— Qual o problema Christian? — Perguntou e olhei-a sem entender — Querido, você não esta nem um pouco feliz em me ver. — Apontou para o meu pau que não tinha dado sinal de vida ainda

— Acho que não foi boa ideia ter vindo aqui esta noite.

— Será que é mesmo verdade?

— O quê? — Perguntei

— Que esta de quatro pela noiva paraquedista.

— Como você sabe dela? — Ninguém além de minha família sabia sobre Ana.

— Katherine comentou, esqueceu que ela é quase uma amiga?

Na verdade elas só se suportavam porque trabalhavam juntas, mas não disse nada. Gia aproximou-se de mim e segurou o meu pau.

— Irei fazer com que a esqueça querido, pelo menos esta noite.


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