Leila
Finalmente as coisas começavam a encaminhar-se do jeito que eu queria.
A songa monga da minha irmã tinha cedido a chantagem e casaria com Jack o mais rápido possível. Então, assim que eu terminasse de resolver uns assuntos que estavam pendentes pegaria em meus pais e iríamos para Seattle, eu fazia questão de estar na primeira fila da igreja.
— Se comportou muito bem mamãe e como compensação decidi que poderá assistir ao casamento de sua filhinha bastarda.
— Isso quer dizer que seu pai e eu estamos livres?
— Ainda não. — Sorri e sentei no sofá — Tenho de resolver uns negócios por aqui, mas quando terminar partiremos para Seattle e quando Ana se tornar a Sra. Hyde, aí sim serão livres.
— Não entendo a insistência de Hyde em querer Ana para ser sua esposa. — Disse ela — Porque ele quer do seu lado uma mulher que não o ama? — Dei de ombros
— Pouco me interessa saber isso. Hyde tem negócios muito lucrativos com José e se para continuarmos a ser sócios ele quer Ana como esposa que assim seja. — Minha mãe não disse mais nada — Onde está o papai? — Perguntei ao perceber que o mesmo não estava na sala
— No quarto. — Suspirou cansada e sentou do meu lado — Ele não quer ficar perto de mim por eu ter seguido em frente com seu plano. — Sorri
— Quem diria que ele um dia amaria a bastarda. — Minha mãe não gostava quando eu chamava Ana assim, mas eu estava pouco me importando — O que raios quer dizer Blue? — Perguntei ao lembrar da conversa de meu pai com Ana mais cedo
— Não sei, nunca tinha escutado seu pai dizer essa palavra. Deve ser um jeito carinhoso dele chamar a Ana por ela ter os olhos azuis.
— Tenho de ir pois José me espera. — Levantei e peguei a minha bolsa, mas antes de sair olhei minha mãe mais uma vez — Independente de tudo quero que saiba que adorei o que fez com os Steele. — Ela olhou para mim incrédula e acabei rindo — Isso só mostra que puxei a você mamãe.
Sai da casa em que mantinha os meus pais presos e dirigi em direção a minha. Quando minha mãe perguntou o porquê do interesse de Jack por Ana fingi que não me importava saber, mas a verdade é que também sempre estranhei a obsessão dele por ela. Nós éramos sócios e para o bem dele era bom que não estivesse a me enganar. Ele era perigoso, mas eu também tinha os meus contatos no submundo.
Roger
Ainda estava a assimilar o que o advogado de Elena me tinha dito. Ao que parece minha esposa havia confessado que tinha mesmo sido a mandante do atentado contra Ana e agora estava presa.
— Entrarei com o pedido de habeas corpus para que a Sra. Lincoln responda o processo em liberdade. O senhor está disposto a pagar uma fiança? — Perguntou ele
— Não. — O advogado pareceu chocado com a minha resposta, ele sabia muito bem que eu não tinha quaisquer problemas financeiros.
— Tem certeza? — Lancei um olhar duro na sua direção
— Não questione as minhas decisões. — Disse frio — Elena fez as suas escolhas e agora tem de sofrer as consequências. Trabalhe na defesa dela, mas diga a mesma que não pagarei qualquer tipo de fiança.
— Com certeza senhor. Devo informar que caso o pedido para que responda ao processo em liberdade seja negado ela será transferida para um presídio.
— Eu já calculava. Me informe depois o horário das visitas.
O advogado saiu de minha casa e sentei no sofá. Eu poderia pagar qualquer fiança estabelecida pelo juíz pois dinheiro não era um problema, mas não o faria. Elena mentiu muito para mim e ninguém me podia garantir que ela estava mesmo arrependida, as suas palavras para mim hoje em dia não valiam nada. Ficar presa acabaria por ser bom para ela, minha esposa iria aprender a dar valor as pessoas que a rodeavam.
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Vinda do Céu
FanfictionApós ser largado no altar pela noiva, Christian Grey decide viver somente para a filha e para o trabalho. Ele deixou de acreditar no amor tendo somente casos de uma noite. Porém família torce para ele encontrar uma boa mulher que seja capaz de destr...