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Alguns dias depois
— Bom dia, doutor — saúdo nervoso assim que entra pela porta. Esta é a sua primeira consulta com o especialista, e a assistente do médico fecha a porta para que o paciente fique à vontade.
— Bom dia, doutor Park — comprimento com um sorriso simpático, tornando o espaço entre eles menor ao se aproximar. — Eu sou Cha Eun-woo. Já nos falamos algumas vezes por telefone — completa a fala estendendo a mão para o outro, que o saúda.
— É um prazer conhecê-lo pessoalmente — disse Park, apertando firme a mão grande do médico enquanto o encarava sério. — É difícil achar alguém que atue nessa área.
— É verdade. Sente-se, por favor — aponta para a poltrona a poucos metros de distância. — Vamos estender nossa conversa de um jeito mais confortável. Aceita algo para tomar?
— Um café. Sabe como a maioria dos médicos tem vício em cafeína.
— Ou em bebidas alcoólicas.
Jimin assenti, dando uma olhada no consultório, notando que se assemelha mais a uma sala de visitas, com sofá, poltronas e cadeiras muito confortáveis. Quadros, flores e outros objetos que remetem à arte enfeitam o lugar, mas o que chama mesmo a sua atenção é a vista linda para os arranha-céus de Seul. Ele caminha até a parede de vidro ao lado esquerdo e observa por alguns minutos, até o outro médico se aproximar com a xícara de café e dar a si. Eles se sentam nas poltronas próximas às janelas, a luz natural do ambiente é reconfortante e torna o lugar mais aconchegante.
— Está pronto para falar de você?
— Sim — responde seguro. Já havia conversado com o médico por ligações e demorou um pouco para ter confiança nele, mas ele sabe que Cha é um profissional competente com ótimas recomendações. — O que quer saber, doutor?
— Eu tenho algumas perguntas rápidas. Tipo bate-bola, sabe?
— Sim, entendi — confirma com a cabeça, levando a xícara de café à boca. Ele toma um gole grande da bebida quente e deixa o recipiente de lado para se concentrar no outro.
— Você já me contou algumas coisas, não tem porque fazer disso uma sessão de tortura — indaga calmamente, arrumando a postura sob a poltrona. Ele cruza as pernas, olhando diretamente nos olhos do paciente, que mantém a atenção voltada para si. — Então vamos começar desde a sua infância até a fase adulta. Quero que me dê respostas curtas e diretas.
— Tudo bem — responde o pediatra, relaxando o corpo, colocando ambos os braços no encosto do estofado e mantendo as pernas um pouco abertas.
— Com quantos anos você estava quando o seu lobo despertou?
— Aos doze anos de idade.
— Já foi comprovado que um lupino puro só desperta o seu lobo em momentos específicos — ele explica, com a certa concepção de que seu paciente já tem conhecimento da informação, não só por ser médico também. — Qual foi o seu momento?
Eun-Woo já tinha uma leve intuição de qual seria a resposta. Ele sorri pequeno, olhando cético para seu mais novo paciente. Jimin é o tipo de lupino que instiga o terapeuta a cavar fundo, mesmo sabendo que irá encontrar pedras e que terá que desviar delas ou até mesmo removê-las, se necessário. Mas isso torna as coisas ainda mais interessantes.
— O meu foi em um ataque de fúria. Não foi uma experiência boa.
— Gostaria de me contar ou não se sente pronto?
Jimin leva a mão aos cabelos, passando os dedos pelos fios, suspirando pesado. Mesmo sabendo que não será fácil trazer o seu passado à tona e que ficará terrivelmente angustiado com tudo, ele sabe que é necessário. Suas mãos suam e ele balança uma das pernas, pensando em uma forma de falar, e as lembranças do dia em questão vêm com força como uma enxurrada em sua mente.
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Amor por acaso- Jikook
Fanfiction[Reta final em andamento] Jungkook nunca imaginou que o destino o levaria a um encontro que mudaria sua vida. Após um acidente de carro deixar seu filho gravemente ferido, ele se vê diante do desespero e da incerteza do futuro. Mas quando um habilid...