Amor por acaso- Jikook

37-Febre(?)

Lucky estava certo do que se tratava já Jimin, por ser médico, tem um pé na  dúvida. Ele não descartou a hipótese  de que o Kim pudesse estar ferido ou doente ao julgar pelo tom de voz fraco na ligação, é possível, mas ao julgar pelos gemidos e a falta de ar é nítido que seu ômega está no cio.

— Droga, Jungkook abre essa porta… — resmungou tocando a campainha da casa seguidas vezes entretanto, a sua audição aguçada o surpreendeu. Passos lentos e dificultosos, lamúrias carregadas de dor e suspiros aflitos foram captados pelos ouvidos do alfa, que preocupado gritou batendo na porta: — Jun, amor você está bem?

O tom de voz do outro triplicou os sintomas em seu corpo, ondas de calor somadas a calafrios intensos assolam toda sua estrutura, banhado em suor, fraco e com febre equivalente a cinquenta graus, o ômega praticamente se rastejou até a porta. Ele destravou as trancas, girou a chave principal com dificuldade e abriu a porta, e sem pensar duas vezes Jungkook se jogou nos braços de Jimin o abraçando fortemente.

O médico por sua vez retribuiu o gesto com a mesma intensidade acolhendo o ômega entre seus braços, o cheiro delicioso de cereja madura e o calor que vinha do outro o levou a uma ereção indesejada no momento. Por mais que o moreno não quisesse prender-se àqueles detalhes, em uma fração de segundos seus instintos levaram-no a captar cada um deles e, reagindo simultaneamente a cada um, deixando o seu lobo inquieto.

— Meu amor estava tão preocupado… — proferiu baixinho, afastando-se um pouco para olhar o parceiro nos olhos. "Maldição". Park xingou internamente preso na visão do seu ômega com os olhos brilhantes e um tom rosa cintilante, a face vermelha, os cabelos revoltos e com vestígios de suor enquanto seus lábios aparentemente inchados e machucados são presos por seus dentes afiados — Jun, você não está nada bem, vamos a um hospital agora mesmo.

— Nah, que mandão!… — indagou em tom melódico e dengoso percorrendo com as mãos o peitoral alheio coberto pela camiseta branca até chegar em seus ombros tocando-os com firmeza. Jungkook roçou-se no corpo do outro aproximando a sua boca a dele com sorriso malicioso nos lábios — Não quero ir ao hospital sendo que tenho um médico disponível e todinho só pra mim.

— Hum, então o meu ômega quer um atendimento domiciliar… — riu anasalado. — Acho que posso abrir uma exceção para ele.

Com a destra agarrou entre os dedos os fios rosados do ômega obrigando ele a torcer o pescoço para o lado, expondo a pele bonita  com veios saltados queimando em brasa pintada em um tom avermelhado levando Jungkook a tremer e a gemer deleitoso sob o toque do seu alfa.

Jimin aproximou a  boca do pescoço alheio, sorrindo maléfico lambeu desde a clavícula ao maxilar, chegando ao topo de encontro a orelha enfeitada com a argola prateada deixando um selo demorado ali. Ele podia ver e sentir a pele do rapaz se arrepiar enquanto se inebria com o gosto e o aroma do cio do seu ômega.

— Aí doutor, sei que nós vimos ainda ontem mas estou…

— Sensível.

— Sim — concordou o rapaz, derretendo-se ao som da voz do outro contra sua pele quente.

Uma onda forte de calor tomou conta do ômega, ofegante ele parece se desprender da realidade deixando suspiros altos sair por seus lábios, as mãos firmes do alfa agarram a sua cintura com força levantando seus pés do chão. O mais jovem manteve as mãos firmes sobre os ombros do médico, enlaçando suas pernas em torno da cintura dele, o alfa sustentou o corpo trêmulo do ômega entre os braços e carregando-o para dentro do cômodo, fechou a porta com o pé.

— Aí, Jimin, o seu cheiro me enlouquece… — proferiu sedento tomando os lábios do Park para si, em um beijo bagunçado.

Park apertou os quadris do namorado enquanto a língua dele explorava  e chupava a sua com desespero, todos seus sentidos gritavam envoltos no tesão que crescia desenfreado. A ereção de Jungkook fricciona em seu abdômen, o mais velho arrasta as palmas agarrando as nádegas volumosas e firmes comprovando que a calça do rapaz está toda encharcada.