53-Tempo em família(?)

1K 204 113
                                    

Após trocar o pijama de Yoon-Suk por roupas confortáveis e adequadas para passar o domingo, Jimin observava o filho na porta do banheiro. O pequeno cantava enquanto se remexia nas pontas dos pés, movendo-se de forma engraçada com a boca cheia de creme dental tentando se olhar no espelho. Os risos de Jimin invadiram o silêncio do quarto ao lado, onde Jungkook arrumava a cama.

Uma pontada de felicidade atingiu o peito do ômega, enchendo-o de amor. A dor da marca havia desaparecido, e a sensação maravilhosa de preenchimento o acompanhava. Ele podia sentir o amor genuíno do seu alfa através da marca, e era tudo o que mais precisava, mesmo sabendo que, do lado de fora, provavelmente teria que enfrentar o caos para manter sua família unida.

— Terminei, papai — informou Yoon-Suk, pegando a toalha de rosto que o pai havia deixado no balcão da pia e enxugando o rosto. Ele sorriu ao ver Jimin se aproximar e, sem pensar duas vezes, deixou o tecido felpudo de lado, e pulou, agarrando a cintura do pai, enlaçando as pernas ao redor dele rindo eufórico: — Te peguei!

— Oh, meu Deus, fui pego por um bebê coala! — Jimin exclamou, arrastando a perna pelo quarto enquanto o pequeno ria alto, agarrado a ele. — Socorro, socorro, socorro!

O alfa continuou a arrastar a perna pelo quarto saindo dele e entrando no cômodo ao lado, fazendo um grande esforço teatral, enquanto Yoon-Suk ria alto, ainda agarrado a ele. Jungkook, parou o que estava fazendo e observou a cena e não pôde deixar de sorrir com a brincadeira entre pai e filho. Ouvir os risos deles e os grandes sorrisos estampados em seus rostos era o melhor presente que alguém poderia ter na vida.

— Você me pegou, pequeno coala! —  O mais velho exclamou novamente, fingindo uma voz trêmula. — Mas agora é minha vez de pegar você!

Com um movimento rápido, Jimin soltou Yoon-Suk da perna e, rindo, o ergueu no ar, girando-o ao redor do quarto. O menino gritava de alegria, esticando os braços como se estivesse voando enquanto o pai o conduzia de um lado a outro no quarto.

— Papai, eu sou um avião! — O pequeno gritou, sua risada se misturando com a do médico.

O ômega levou a mão à boca, tentando segurar o riso, mas seus olhos lacrimejaram e, inevitavelmente, lágrimas de emoção e alegria tomaram conta dele. Céus, ele sentia uma felicidade tão grande que não cabia em seu peito. Ela insistia em transbordar enquanto uma parte dele ainda se perguntava se merecia tal sentimento bom. Lucky estava lá e, através da marca, o lobo do Park afirmava o tempo todo que toda e qualquer ponta de felicidade ainda é mínima para alguém tão especial quanto Jungkook.

O rosado limpou as lágrimas, agradecendo ao lúpus pelo conforto. Ele ainda precisava se acostumar ao fato de que Luna e ele não estavam mais sozinhos. Mas não poderia negar o quão reconfortante é se sentir protegido e amado também por Lucky. Sua presença fazia toda a diferença.

— E este avião precisa de um pouso seguro! — Park disse, diminuindo a velocidade e colocando Yoon-Suk suavemente na cama. O garoto ainda ria, seu rosto reluzindo de felicidade. — Solicitando o co-piloto Kim Jeon Jungkook.

— Ok! Pronto para a aterrissagem, piloto? — Jungkook perguntou, se aproximando e se sentando ao lado de Yoon-Suk. Ele bagunçou o cabelo do filho, que agora estava deitado de barriga para cima, ainda ofegante de tanto rir.

— Sim, senhor! — O garoto respondeu, ainda rindo, e fez uma pequena saudação com a mão.

— Muito bem, senhor piloto. — Jimin emitiu, sentando-se do outro lado da cama. — Agora que aterrissamos, que tal embarcarmos em uma missão secreta?

— Que missão, papai? — Yoon-Suk perguntou, arregalando os olhos de curiosidade.

— A missão de um abraço de família — respondeu, abrindo os braços. Jungkook fez o mesmo, envolvendo Yoon-Suk no meio deles.

Amor por acaso- Jikook Onde histórias criam vida. Descubra agora