58-Desenterrando dores do passado(?)

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- Aqui está. - O ômega indagou, jogando o envelope sobre a mesa. O alfa agarrou-o, tirando fotos e papeis contidos nele. Conferiu tudo com um sorriso convencido nos lábios. - Essas são as novas informações que o detetive que contratei me passou. E o processo que o pai da garota abriu contra o Park, como está?

- Está me subestimando, Lee Ah-Reum? - Ele questionou, encarando a mulher com as sobrancelhas arqueadas enquanto ela se erguia da poltrona, olhando de forma superior.

- Ah, por favor, Jun-Woo, quer que eu enalteça seu ego por ter desestabilizado o Park e o seu ex? - A ômega gargalhou, se locomovendo da mesa do escritório até a mesa de bebidas no canto oposto, próximo às grandes janelas de vidro iluminadas pela luz do dia, não tão ensolarado. Ela pegou sua melhor garrafa de whisky e se serviu. Levando o copo aos lábios pintados de vermelho, bebeu um pouco do líquido antes de se voltar para o rapaz novamente. - Sabemos o que está em jogo aqui. Você quer o ômega favelado e o filhotinho dele, pois bem, eu quero a cabeça daquele médico imbecil. Ele vai pagar muito caro por ter jogado o nome da minha família no lixo.

Jun-Woo se levantou da cadeira e se aproximou de Ah-Reum, a passos lentos e pretensioso pegou o copo de sua mão e tomou todo o líquido de uma vez. Ele olhou nos olhos dela, seus corpos agora muito próximos. Ele levou a mão à nuca dela, puxando-a para um beijo intenso. Ah-Reum não recuou; ao contrário, ela aprofundou o beijo, suas mãos explorando o peito dele lentamente subindo e descendo enquanto sua língua explorava cada canto da boca do alfa com calma, mas, logo ele interrompeu o ósculo bruscamente.

- Por um instante pensei que não fosse pessoal, mas agora tenho certeza que não é sobre sua filha. É sobre você, não é? - Ele murmurou contra os lábios dela, abrindo seus olhos brilhantes com uma mistura de desejo e raiva. - Você odeia o Park tanto quanto eu. - Jun-Woo sussurrou, roçando seus lábios contra o ouvido dela. - Ele roubou a sua filha assim como fez com meu filho e o meu ômega. Você fez bem em me procurar. Não pretendo parar enquanto não ver ele completamente destruído. - Ele sorriu, deslizando uma mão pela cintura dela.

- Ótimo, vamos acelerar esse processo então. - A mulher sugeriu levantando suas mãos a altura dos ombros largos do rapaz e acariciando os cabelos dele sorriu intimamente. - Vamos usar a gravidez de IU. Ela está vulnerável e será fácil manipulá-la. Farei com que ela esfregue de uma vez o exame de gravidez na cara daquele omegazinho.

- E se ela não quiser, você vai fazer uma grande exposição com a ajuda da imprensa. Você sempre jogou sujo assim? - Ele perguntou, sua voz carregada de desejo enquanto seus dedos traçaram a linha do maxilar dela.

- Isso é jogar de maneira inteligente, meu bem. - Ah-Reum respondeu, sua voz rouca. - Eu fiz da IU uma atriz e modelo com grande diferencial dentro e fora do país, sem mim ela não teria conseguido um terço do que tem hoje. Ela me deve, quero cada centavo do dinheiro que investi nela todos esses anos.

- Não é só o Park que vamos destruir, então... - Jun-Woo a puxou mais para perto, sua respiração entrecortada pelo desejo, sussurrando contra os lábios dela antes de beijá-la novamente, com intensidade renovada.

[•••]

"Que tédio - reclamou o lobo sonolento. - Eu odeio essas sessões de terapia. Por quê não se interna de uma vez em um manicômio?"

"Pelo mesmo motivo que não te vendi para o circo ainda."

"Credo, não se pode nem brincar mais. Tá estressadinho, hum? Tá de GI, é?- Debochou".

"Não. Não estou - Respondeu Park com a voz enraivecida, o lobo o irritava com suas asneiras em momentos inoportunos. - Mas que diabos é GI? Você bateu com a cabeça, Lucky?"

Amor por acaso- Jikook Onde histórias criam vida. Descubra agora