65-Colicas de ômega(?)

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— Amor, cheguei — anunciou Namjoon suavemente ao entrar no quarto. Ele retirou o paletó e a gravata com um movimento tranquilo, pendurando-os no cabideiro próximo à porta. Seus olhos rapidamente encontraram Seokjin, deitado na cama com um saco de água quente repousando em seu baixo ventre. O ômega murmurou baixinho, sem abrir os olhos:

— Bem-vindo, meu amor.

Namjoon se aproximou da cama com passos cuidadosos, seus olhos cheios de preocupação ao ver o desconforto no rosto de Seokjin. Ele se sentou ao lado do esposo, pegando sua mão delicadamente, como se segurasse algo precioso. Então, inclinou-se para frente e depositou um beijo suave nos dedos dele. 

O ômega abriu os olhos devagar, encontrando o olhar devoto do esposo, que transbordava carinho e amor. A simples presença do alfa, junto com seu aroma refrescante de sândalo, já oferecia algum alívio para as dores que o assolavam.

— Ainda está com dor? — Ele perguntou com a voz tingida de preocupação. Doía em si ver o seu ômega daquele jeito. 

— Sim — respondeu o ômega, sua voz fraca, carregada pelo cansaço e pelo peso da dor.

O alfa passou os dedos pelo rosto de Seokjin, seu toque gentil trazendo uma pequena onda de conforto. Ele observou o esposo, tentando conter a angústia de vê-lo assim, tão frágil e vulnerável.

— Há algo que eu possa fazer para aliviar essa cólica? — Perguntou, a preocupação estava evidente em cada palavra dita. Ele queria fazer qualquer coisa para ajudar, qualquer coisa para ver o marido livre daquela dor. — Diga, meu amor. Há algo que eu possa fazer?

Seokjin balançou a cabeça lentamente, seus movimentos preguiçosos refletindo o peso que sentia em cada parte do corpo. O inchaço, as ondas de dor em seu ventre... tudo parecia se agravar a cada momento, fazendo o seu estômago se retorcer em resposta. Deus como é difícil ser ômega;

Namjoon, determinado a aliviar as dores do seu amado, retirou cuidadosamente a bolsa de água quente do ventre de Seokjin e a colocou de lado. Então, suavemente, ele deslizou a mão sobre a barriga do ômega, sua palma quente fazendo círculos gentis sobre a pele. 

O ômega fechou os olhos novamente, um suspiro baixo escapando de seus lábios enquanto ele se deixava levar pelo toque do alfa. Os dedos grandes e longos do acinzentado eram suaves, como se tocassem algo sagrado, e cada movimento trazia um leve alívio para a tensão que o mais novo carregava.

— O seu toque... é sempre tão macio — sussurrou com a dor sendo momentaneamente abafada pela calma que o toque o parceiro lhe trazia.

Namjoon deixou escapar uma risada baixa, mas carinhosa. Ele manteve a atenção focada na massagem, determinado a continuar até que Seokjin encontrasse algum descanso.

— Eu faria qualquer coisa por você — murmurou ele, com suas palavras se perdendo no silêncio confortável do quarto.

Seokjin sentia-se seguro, envolto na presença calorosa de seu alfa. Era como se, mesmo em meio à dor, nada pudesse quebrar o laço profundo que os unia. De fato, não havia dor, medo ou obstáculo que pudesse abalar o vínculo entre eles, a marca pulsava na clavícula do ômega evidenciando em sua carne a posse de Vênus sob Eclipse. 

Namjoon subiu na cama, posicionando-se sobre as coxas de Seokjin, com uma perna de cada lado. Suas mãos, grandes e firmes, começaram a trabalhar nos ombros tensos do esposo, descendo suavemente pela cintura fina enquanto ele se inclinava para capturar os lábios volumosos do marido em um beijo profundo e lento. As línguas molhadas e quentes foram se entrelaçando e se tocando tortuosamente, com os olhos fechados ambos sentiam a intensidade duplicada e o prazer se espalhar até perderem o fôlego. 

Amor por acaso- Jikook Onde histórias criam vida. Descubra agora