Amor por acaso- Jikook

46- A coisa certa a se fazer(?)

Hoseok aguardava ansiosamente por alguns minutos enquanto Taehyung trocava de roupa. Seu coração batia acelerado, misturando-se com a insegurança que pairava em sua mente. Será que aquela era realmente a coisa certa?

Ele se questionava, tentando controlar seus pensamentos conflitantes, no entanto, esta realidade estava longe de acontecer. O alfa estalava os dedos e cerrava os punhos tentando dispersar todos aqueles sentimentos caóticos.

Finalmente, Taehyung surgiu, com seus fios azulados levemente molhados, vestindo uma calça preta de moletom e uma camiseta branca. Nos pés, um par de chinelos. Hoseok sentiu um misto de emoções prestes a estourar ao vê-lo, uma mistura de ansiedade e algo que não sabia ao certo identificar. 

Mas, em hipótese alguma, poderia negar a si mesmo o quão belo e atraente aquele ômega era. Mesmo em um momento conflitante como aquele, o seu lobo não deixava de desejá-lo e, Hoseok, o amaldiçoou por isso.

— E então, vamos? — perguntou Taehyung com a voz baixa, quase como um sussurro aos ouvidos do alfa.

Hoseok respondeu prontamente balançando a cabeça positivamente, mesmo com sua mente repleta de dúvidas e incertezas e o coração apertado, ele desejava intensamente que tudo desse certo. Mas ao mesmo tempo temendo as possíveis consequências, óbvio, que o medo é o sentimento que predomina em si.
Durante o trajeto até o apartamento, o silêncio reinou entre eles. Ambos tentavam dominar seus pensamentos, mas era evidente que havia uma tensão no ar. Hoseok lutava internamente, questionando-se sobre os rumos que estavam tomando. Sentia-se vulnerável e temia estar cometendo um erro que poderia afetar a todos, sobretudo seu relacionamento com Yoongi.

Enquanto isso, Taehyung estava ansioso, seu coração batia dolorosamente a cada segundo, levando-o suspirar genuinamente preocupado com Yoongi estava.  Tudo o que ele queria era abraçar aquele que seu lobo ansiava por encontrar e proteger, e assim quem sabe aliviar as angústias que os consumiam.

Ao estacionar o carro na garagem subterrânea do prédio, eles desceram do veículo e caminharam em direção ao elevador.  A tensão palpável entre eles seguia, como fio de uma navalha afiada prestes a ser usada pela primeira vez.

Ao chegarem à porta do apartamento, o coração de Taehyung parecia querer saltar pela boca, e Hoseok não estava diferente. Ao destrancar a porta, o alfa entrou, mas Taehyung permaneceu imóvel, como se algo o segurasse.

— Entre, Taehyung — disse o empresário, percebendo a indecisão do ômega.

Sem dizer uma palavra, Taehyung finalmente entrou no apartamento, cumprimentando May com um aceno de cabeça. Hoseok, sem hesitar, informou a funcionária que ela estava liberada e que cuidaria de Yoongi. Ela recolheu suas coisas, despediu-se e saiu do apartamento.

— Vá até Yoongi, eu estarei lá em breve. — Disse Hoseok parecendo ler os pensamentos do ômega hesitante em se mover do lugar.

Sem pensar duas vezes, em passos largos Taehyung vai em direção ao quarto.  Ele abre a porta  apressado e se depara com o ômega encolhido sobre a cama com o olhar perdido e o rosto vermelho banhado em lágrimas.

O azulado quis morrer ao ver o seu ômega daquela forma, com o coração em pedaços  doendo como o próprio inferno ele sussurrou tais palavras de forma engasgada enquanto se aproximava da cama: — Estou aqui, Yoon.

Ao ouvir a voz que tanto desejou durante aquelas horas dolorosas, Yoongi saltou e abraçou forte Taehyung, chorando alto. O mais velho envolveu-o em seus braços, como se quisesse protegê-lo de tudo e de todos, acariciando os fios esverdeados com carinho, sussurrando palavras amenas tentando acalmá-lo.

— Vai ficar tudo bem, Yoon…

Os corações de ambos estavam acelerados, e eles permaneceram abraçados por alguns minutos, sentindo o cheiro e o toque um do outro. Finalmente, Taehyung afastou-se um pouco e limpou o rosto avermelhado e inchado de Yoongi.