Dias atuais.
O delegado Cho Jaesung agarrou o volante de seu carro de patrulha. Jesus,
suas mãos estavam tremendo. Ligou o limpador de para-brisa e observou a neve voar pelo vidro, criando um turbilhão branco. Estreitou os olhos, mal
conseguindo enxergar a estrada à sua frente.- Justamente do que eu precisava - murmurou, tentando acalmar seu
coração acelerado.Nunca vira uma cena de crime como aquela, embora tenha acontecido uma
similar na cidade na semana anterior. Que tipo de psicopata saía por aí cometendo assassinatos com um arco e flecha? Ele ouvira falar sobre o primeiro ― com todos os detalhes sórdidos e sangrentos ―, mas o xerife havia respondido àquele chamado, e agora o Delegado Cho sabia, depois de ter
ouvido o relato sobre algo e tê-lo visto bem de perto, que haviam sido duas experiências muito diferentes. A imagem da vítima na cena do crime que havia
acabado de ver surgiu em sua mente, e ele fez uma careta. A vítima havia...
porra... havia sido presa à parede com uma flecha, pelo amor de Deus, e seu
sangue escorria e se espalhava pelo chão como...O delegado Cho deu uma freada brusca e desviou bem em cima da hora ao ver uma mulher alta e esguia surgir na estrada do nada, avançando em direção ao seu carro. Seus pneus deslizaram no asfalto coberto de gelo e, por um instante, pensou que perderia o controle do veículo. Mas conseguiu dar um jeito, corrigindo seu deslizar, e o SUV tremeu e parou abruptamente na beira da estrada. A respiração do delegado Cho estava ofegante. Porra, quem era aquela? Parecia uma maldita... mulher das cavernas. Sacudiu a cabeça, tentando organizar seus pensamentos.
Abriu a porta rapidamente, o "ding" ressoando pela rua silenciosa e cheia de
neve, o único som além do vibrar baixo de seu motor. O delegado Cho investigou a lateral do carro, tirando a arma do coldre pela primeira vez em sua
carreira.- Mostre as suas mãos! - gritou em direção ao vento frio, usando o antebraço para proteger os olhos ao continuar a averiguar pelo capô do carro.
Ele viu a silhueta da mulher primeiro. Alta, musculosa. - Mostre as suas
mãos! - repetiu, sua voz vacilando.A mulher deu um passo à frente, com as mãos erguidas, e os detalhes começaram a entrar em foco. Suas pernas estavam cobertas por uma calça jeans, mas o restante dele estava coberto completamente com... pele de animais, desde suas botas, até seu casaco e a touca, que estava quase cobrindo seus olhos. Quem diabos é ela? O que diabos é ela?
- Ajoelhe-se! - gritou.
A mulher fez uma pausa, como se estivesse ponderando, mas logo obedeceu à ordem, com as mãos ainda erguidas. O delegado Cho viu que seus olhos haviam se estreitado. Havia neve na em sua mandíbula, e cabelos cheios
e desgrenhados roçavam em seu queixo. A mulher o observava, esperando, seu
olhar alternando entre sua arma e seu rosto. É uma selvagem. O pensamento
passou pela mente do delegado Cho, e a arma tremeu em sua mão conforme deu um passo à frente. Ao avançar, percebeu o detalhe final na mulher.Ela tinha um arco e flecha pendurado no ombro.
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Selvagem - Jenlisa (G!P)
Fiksi PenggemarQuando a guia florestal Jennie Kim é convocada ao escritório do xerife da pequena cidade em Boesang, Coréia do Sul, para prestar assistência em um caso, fica chocada ao descobrir que a única suspeita na investigação de um duplo homicídio é uma mulhe...