- Hm... isso deveria acontecer? -Jennie se aproxima da porta e sacode a maçaneta.
- Está trancada. -Eu a empurro para fora do caminho e tento abrir a porta sozinha.
- O que, você não acredita em mim? -Ela revira os olhos.
- Só queria ver por mim mesma. -Bato na madeira. - Charlie? June? Vocês podem me ouvir? -Há um fraco "sim" do outro lado.
Jennie vai até a porta por onde entramos e tenta abri-la. Enquanto nós duas batemos e chacoalhamos as maçanetas, o telefone da velha escola toca.
- Olá? -Jennie atende.
- Pedimos desculpas pela dificuldade técnica! -O funcionário anterior está na outra linha. - Tentei anular manualmente as fechaduras das portas, mas não funcionou.
- O que você quer dizer com "não funcionou". -Jennie olha para o receptor como se isso pudesse lhe dar uma solução.
- Isso significa que, até que seus amigos resolvam a próxima sala, vocês duas ficarão presas. Sinto muito. Vou chamar um faz-tudo para tentar ver se conseguimos resolver isso à força. -Ouve-se um clique antes do tom de discagem preencher o ar.
Jennie bate o telefone.
- Então, até que June e Charlie resolvam o próximo quarto, ou que um faz-tudo chegue, ficaremos presas. -Eu gemo.
Subo na mesa e balanço as pernas.
- Bem, parece que temos muito tempo. -Jennie acomoda na cadeira do escritório.
- Sim. -Sem distrações, Jennie não pode mais me evitar.
- Posso te fazer uma pergunta?
- Você acabou de fazer. -Eu bufo. - Tudo bem. Qual é a sua pergunta?
- Quando você disse "não podemos fazer isso", o que você quis dizer? -Jennie não encontra meus olhos.
- Eu não namoro. Isso é tudo.
- Eu não acredito em você.
- Você não precisa. É a verdade.
- Então por que me beijou? -A pergunta direta pega Jennie desprevenida.
- Porque... Porque eu queria. -Ela ainda não me olha. - Isso é tudo.
A julgar pelo tom rosado nas bochechas de Jennie, posso dizer que ela está pensando em nosso beijo apaixonado.
Eu me inclino para frente.
- Então nada de namoro.
- Certo.
- Essa regra inclui outras coisas também?
- Que outras coisas?
- Coisas assim. -Enquanto ainda sou ousada, dou um beijo nos lábios de Jennie.
Isso envia uma onda de choque deliciosa através de nós, mas é quase familiar.
Há hesitação nos movimentos de Jennie, mas logo a sinto cedendo. Dou um beijo suave em seu pescoço e meus lábios percorrem a pele de Jennie. Quando beijo seu queixo, Jennie não consegue mais segurá-la. Ela força minhas pernas e fica entre elas... e então ela passa a mão pela minha nuca e pressiona sua testa na minha.
- Que tal agora? -A língua de Jennie brinca com meu lábio inferior.
Coloco minhas mãos envolta de seu pescoço e abro meus lábios para permitir que ela entre completamente. O beijo é completamente diferente do de ontem. Com a luz baixa das velas, a atmosfera escura me encoraja.
Não há risco de ser vista... Não há risco de ser interrompida... e o pensamento me enche de confiança.
Me deito na mesa e deixo Jennie me encher de beijos. Parece que ela está me marcando com cada pressão quente de seus lábios contra minha pele.
Minhas costas se arqueiam com o prazer de seu toque enquanto sua língua explora minha boca. Minhas pernas apertam sua cintura enquanto seus quadris rolam contra mim em um movimento lânguido.
Isso envia fogo queimando meu núcleo.
Minha mente se enche de todos os tipos de imagens sensuais e travessas.
Seria tão fácil deixá-la me consumir.
Jennie chupa meu pescoço. Já estou longe demais para me preocupar com as marcas que ela certamente deixará... no final estaremos ambas deixando marcas uma na outra.
Seu corpo está encostado no meu. O calor parece que pode queimar nossas roupas, deixando apenas desejo e nossos corpos. Jennie chega entre nós e me segura entre as pernas. Eu gemo quando sua mão esfrega contra mim. Posso sentir a protuberância se formando enquanto nossos beijos ficam mais confusos.
Há uma luxúria crua entre nós... como se nossos corpos pudessem se entender melhor do que jamais poderíamos.
Mal consigo formar um pensamento racional enquanto sua língua traça minha clavícula. Alcanço o botão do short de Jennie, desesperada para que ela me substitua. Ela mantém uma pressão constante no meu núcleo. Meu corpo se contorce, desesperado por qualquer tipo de toque... mas assim que abro o zíper do short de Jennie as luzes se acendem.
Jennie engasga e se afasta enquanto eu aperto os olhos, tentando me ajustar ao brilho. Ouve-se um som de violino na porta.
- Merda! -Jennie levanta o short enquanto eu salto da mesa. Ela envolve a mão em volta do meu pulso e me puxa para que eu fique na frente dela.
- O que você está fazendo?
- Usando você como escudo até eu... me acalmar. -Sua voz é rouca e sem fôlego.
A porta de madeira se abre enquanto tento agir casualmente. A porta se abre para revelar Charlie e June.
- Nós resolvemos isso! -Eu sorrio trêmula, ainda tentando entender o que aconteceu.
- Isso foi rápido. -Eu sorrio, tentando não demonstrar meu nervosismo.
- Vocês duas parecem realmente sem fôlego. Vocês começaram a ficar sem oxigênio ou algo assim?
- Isso acontece tão rápido? Esta sala é enorme. -As sobrancelhas de Charlie estão franzidas enquanto ela olha entre nós, o calor se espalhando por nossas bochechas. - Espere um segundo... Vocês duas estavam namorando?!
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Hating Mrs. Right (Jenlisa) (G!P)
FanfictionLalisa queria só queria ajudar sua amiga a conseguir um encontro, mas o que ela não esperava era ter um encontro com uma promotora orgulhosa e atraente... que conhecia todas as maneiras de deixá-la louca. Cover por: @rosiesartc e @disys_gx