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Nós nos encontramos na parte da lanchonete da pista de boliche. As cores retrô aparecem no rosto de Jennie enquanto o garçom - um adolescente apático - deixa nossos milkshakes.

Brinco com o canudo e ouço a música abafada que vem da jukebox. De alguma forma, ter uma distração conseguiu me permitir organizar meus pensamentos.

Bebo o milk-shake de baunilha.

- Eu... Encontrei um teste de gravidez no lixo hoje.

- Não foi o que pensei que você diria.

- Confie em mim. Fiquei tão surpresa quanto você. -Mordo o interior da minha bochecha. - E não é o teste de gravidez que me deixa tão preocupada. É o fato de June ter escondido isso de mim.

- Bem, há algumas coisas a considerar. Talvez ela só precise de tempo para lidar com seus próprios sentimentos. Mais ou menos como você fez hoje. -Eu me mexo no meu lugar. - Talvez ela esteja com medo da sua reação. Medo de ser julgada.

- Eu nunca faria isso. -Jennie pousa a mão na minha.

- Eu sei. Mas nem sempre pensamos racionalmente quando estamos em crise.

- Eu simplesmente não sei o que fazer. E Charlie... Eu pensei que elas iriam fazer isso funcionar. Mas isso vai destruí-la.

- Talvez não. -As palavras de Jennie são calmas.

- O que você quer dizer? -Ela olha para nossas mãos entrelaçadas.

- Cada vez que entro em contato com Charlie, ela está ocupada. Acho que ela encontrou outra pessoa também.

- É triste, de certa forma. Estou feliz que elas estejam felizes. Mas pensei que elas seriam felizes juntas.

- Eu sei. Achei que elas iriam acabar juntas.

Até Jennie vê como eles eram bons como casal.

- Ei, pelo menos uma coisa boa saiu de todos aqueles encontros duplos. -Ela me olha nos olhos e eu coro. - Agora, vamos lá. -Um sorriso competitivo se espalha por todo o seu rosto. - Vamos ver quem consegue terminar o milk-shake primeiro.

O resto da noite passa facilmente.

Assim que terminamos nossos milkshakes, Jennie insiste em me acompanhar até em casa. Entre os postes de luz e as placas da cidade, damos as mãos e não temos pressa. Afinal, não há mais pressa.

(...)

Destranco a porta da frente e a mantenho aberta para Jennie. Ela olha para mim, lembrando-se claramente do dia em que ficamos trancadas.

- Não confio nesta porta.

- Nem eu. -Nós rimos.

O lugar está escuro, exceto por uma única lâmpada na mesa de centro. Eu olho em volta.

- June ainda deve ter saído. -Posso sentir Jennie sorrindo atrás de mim enquanto ela passa os braços em volta da minha cintura e me puxa para ela.

Minhas costas estão encostadas em seu peito enquanto ela beija o topo da minha cabeça.

- Seria uma pena desperdiçar a oportunidade... -Eu olho para ela.

- Que oportunidade? -Ela sorri enquanto suas mãos apertam meus quadris.

- Uma casa vazia.

Hating Mrs. Right (Jenlisa) (G!P) Onde histórias criam vida. Descubra agora