CAPÍTULO 42

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•◇ Itan Lawrence ◇•

"Ela suspira de forma cansada, acho que essa história faz mal a ela, mas eu precisava saber, preciso deixar as coisas em relação a relação deles bem claras para mim. Ela me olha com um olhar triste, doloroso, então se senta e pede para que eu me sente ao lado dela, ela suspira mais uma vez e começa a falar em um tom sério e visivelmente magoada."

— Ele era meu namorado, o único que eu tive até conhecer você, eu conheci o Charlie quando eu tinha 15 anos, e ele 18 anos.

“Ela puxa a respiração mais uma longa vez para então continuar.”

— Foi em um certo dia de setembro, eu não me lembro bem a data, mas eu estava saindo da lanchonete em que eu trabalhava meio período, lá em Brookline, quando ele quase me atropelou com o carro dele, eu me esquivei bem a tempo, mas acabei caindo sentada no chão, eu me levantei furiosa enquanto ele saiu do carro me pedindo mil desculpas, dizendo que o freio não estava respondendo direito e querendo-me levar para o hospital, Charlie falava rápido enquanto se mexia todo atrapalhado, e eu nem tinha me machucado de verdade, eu só tinha levado uns arranhões, mas o desespero dele em relação a mim era tão exagerado que acabou me arrancando risos.

"Ella faz uma leve pausa puxando o ar novamente com força, eram lembranças boas, por mais eu as odisseia com todas as minhas forças, eram momentos bons dela que logo se tornaram ruins, que ele as tornou tristes! Ela volta a dizer."

— Eu disse para ele que estava tudo bem, e comecei a andar, porém ele segurou meu braço e propôs me dar carona, que inicialmente eu obviamente recusei, eu não o conhecia e não entraria no carro de um cara que eu tinha acabado de conhecer de forma tão inusitada. Ele no entanto não se deu por vencido, insistiu tanto e demonstrou tanta preocupação que depois de muita insistência eu decidi aceitar. 

"Ela fechou os olhos por um segundo e duas lágrimas desceram por seu rosto, ela abriu os olhos e continuou."

— Eu achei naquele momento, que foi a maneira que eu encontrei para que ele me recompensasse pelo "acidente", assim que eu entrei no carro, ele começou a puxar conversa e então nós ficamos conversando sobre diversos assuntos aleatórios até chegarmos a minha casa.

"Ella faz mais uma pausa, mas um longo suspiro, e eu não a interrompi, quero ouvir toda a canalhice. Ela continua depois de uns minutos de silêncio."

— Eu era só uma menina, uma menina boba, ingênua demais, que acreditava que todas as pessoas eram boas, assim que ele parou na minha porta, eu agradeci e me despedir, porém antes que eu saísse ele segurou a minha mão e pediu o meu número, me disse que eu era muito divertida e que era diferente das garotas com quem ele convivia, e ele insistiu tanto que eu acabei aceitando dar meu número para ele, porque também tinha gostado da nossa conversa... Afinal, eu estava sendo sincera com ele mas... Agora eu sei que isso não era recíproco da parte dele!

"Dessa vez sou eu quem puxa o ar com força, eu entendia melhor do que ninguém o que ela estava falando, Ella continua."

— Depois daquele dia nós começamos uma amizade que foi se tornando algo mais forte, e mesmo que tudo estivesse acontecendo em dias, parecia para mim que nossa relação tinha muito mais tempo, e um mês depois de conhecê-lo ele me pediu em namoro, nós namoramos por 3 anos, entretanto eu não sabia muito sobre a vida dele além do que li em algumas poucas matérias, ele falava pouco sobre seus pais ou qualquer outro membro de sua família e menos ainda de amigos ou qualquer outra pessoa que fizesse parte da vida dele quando ele não estava lá em Brookline, eu sempre achava que era porque ele não tinha uma boa relação com a família, e por viver para lá, e para cá, que por esse motivo tinha poucos amigos ou nem tinha amigos assim como eu!

Meu Destino... Te Amar (Vol. 1)Onde histórias criam vida. Descubra agora