Quando encerramos a sessão de beijos e cócegas, Lauren já está toda vermelha, com os olhos lacrimejando e um final de risada nos lábios, e nós duas ofegantes. Eu saio de cima dela, deixando um último beijo nos seus lábios, e ela ri baixinho de novo, colocando a mão sobre a barriga, como se isso fosse a ajudar a respirar melhor.
— Meu Deus, nem quando a gente fode pra valer eu sinto falta de ar assim – ela comenta, com uma tosse que me arranca outra risada alta.
— Para de falar assim depois da gente fazer amor – brinco, deixando um empurrão no ombro dela, que ri mais.
Até parece que nós duas estamos chapadas agora.
— Ah, meio que quando você fala assim parece que ouvimos Lana Del Rey durante.
— Como você conhece Lana Del Rey se nem gosta de músicas?
— É que ela é muito gata e eu pesquisei algumas vezes.
Mais risadas, e dessa vez fazemos isso olhando uma pra cara da outra.
— Ah, meu Deus. Ok, tudo bem, é justo – nós suspiramos fundo em conjunto, encarando o teto, e eu poderia viver nesse momento. – Me confesse algo.
— Eu amo quando você me chama de amor – ela vira o rosto na minha direção, e eu faço o mesmo, até que a ponta dos nossos narizes estejam quase se encostando. – Eu ouvia isso o tempo todo, mas era diferente. Ou era durante o sexo, ou era com uma completa estranha que tem costume de chamar os outros assim. Mas é tão bonitinho você falando.
— Eu amo esse apelido, mesmo que seja o mais comum entre casais.
— Confesse algo você – ela pede, começando a acariciar meu braço com a ponta do indicador.
— Acho que dei errado com todas as pessoas que passaram na minha vida só pra dar certo com você.
Lauren sorri, e seu olhar oscila entre meus lábios e meus olhos antes dela decidir sela-los, me deixando sentir sua maciez.
— E uma outra confissão... – eu volto a falar quando nos separamos. – Minha mãe teria amado você. Eu digo, a você de agora.
— Isso não foi um elogio, e eu sei disso – ela diz, e eu rio, negando com a cabeça.
— Não, sério. Ela iria amar você pelo jeito que você me deixa. Ia me ver toda sorridente pelos cantos, falando de você o tempo todo, contando de como eu me sinto, e ela iria te amar por isso, por você ter conquistado meu coração. Iria te amar também pelas coisas que você faz por mim. E acho que ela amaria sua mãe.
— Ah, isso com certeza. Minha mãe amava plantas, essas coisas coloridas assim, por isso que vivemos no meio do mato. E elas se juntariam para falar do assunto preferido delas, que seria nós. Fariam bolos...
Lauren e eu entramos na nossa estranheza particular, e começamos a fantasiar uma vida onde nossas mães mortas dariam bem, e esse é o tipo de coisa que eu não sentiria confortável em fazer com absolutamente ninguém, porque, novamente, eu sei que é estranho. Mas não é estranho para Lauren, e isso faz tudo se tornar normal entre nós.
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Fallen Angel
FanfictionCamila, uma recém-chegada à pequena cidade de New Richland, sem opções, aceita o trabalho de assistente pessoal da mulher conhecida nacionalmente como a bailarina mais prestigiada da atualidade, e a única sobrevivente de um acidente que matou toda s...