Camila, uma recém-chegada à pequena cidade de New Richland, sem opções, aceita o trabalho de assistente pessoal da mulher conhecida nacionalmente como a bailarina mais prestigiada da atualidade, e a única sobrevivente de um acidente que matou toda s...
N/A: postando mais um porque eu estou de bobeira aqui
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Ashley me apresenta todo o teatro, e eu fico abismada com a grandeza dele. O auditório das poltronas se parecia com uma sala real, com estruturas e pinturas na parede banhadas a ouro que me faz sentir na era vitoriana. A primeira fileira ficava bem de frente ao palco, e sou informada que ficaremos ali, e isso me anima. Poderei ver Lauren de perto fazendo a única coisa que ela realmente ama. A agente não me deixa ver o ensaio, alegando que vai perder toda a magia se eu a assistir dançando sem toda a estrutura e luzes do espetáculo, então ficamos no camarim, conversando sobre coisas aleatórias enquanto eu ouvia o som da música. Confesso que, em algumas partes, senti vontade de sair correndo para ver o que estava acontecendo, porque minha ansiedade estava me matando, mas me controlei, para vê-la em seu momento de triunfo de verdade.
Já estou tremendo de fome quando o ensaio termina. Almoçamos em um restaurante cinco estrelas de um chefe francês próximo ao hotel que reservei, e quando chegamos, Lauren apaga nos poucos minutos que tem antes de seu cabeleireiro e maquiador chegarem. Eu me mantenho ocupada passando a limpo tudo que anotei, revisando a agenda, anotando o que achava mais importante. Na próxima semana, estaremos voando para Nova Iorque, para que Lauren feche um contrato de apresentação solo na broadway que requer sua presença viva, mas, até então, seu sábado está livre.
Quando o alarme que programei para meia hora antes de seu pessoal chegar toca, acordo Lauren, e mesmo que resmungando, a obrigo a ir tomar banho. Ashley não entrou com a gente no hotel, o que queria dizer que estava deixando a estrela da noite nas minhas mãos, e não quero fazer nada errado de novo. Mas Lauren colabora, e quando sua equipe chega, ela já está no roupão, com o cabelo molhado. Não conversamos muito durante o início dos preparos por causa do barulho do secador, e, em certo momento, eu posiciono o celular disfarçadamente para Lauren, tiro uma foto dela e posto no story do meu instagram, com a legenda "começando a produção". A marco, e me jogo no sofá em seguida.
— Por que você não se arruma no teatro? – Pergunto, e Lauren abre um olho para confirmar que eu estava falando com ela, enquanto o maquiador que descobri se chamar Nial finaliza a esfumação branca da sua linha d'água da pálpebra.
— Porque sempre tem gente apressando, pedindo pincéis, bases, escovas, e eu fico de mal humor – ele libera seus olhos, e Lauren direciona as esmeraldas destacadas pela maquiagem marcante para mim. – Você não vai começar a se arrumar?
— Está muito cedo – confiro novamente as horas, mesmo que já tenha me programado inteira com despertadores. – Meu cabelo já está lavado, só preciso tomar banho e me trocar.
— E a maquiagem?
— Não fui abençoada com o dom de saber maquiar, então tudo que passo é uma base é um rímel – rio, apoiando meu cotovelo nas costas do sofá.
— Nial, maquia ela também quando terminar comigo. Você não vai de cara lavada do meu lado – Lauren fecha os olhos novamente para que o homem possa passar uma camada leve de blush em suas bochechas. – Não que precise, também.