Capitulo 22 - Aceite a confusão.

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Nas próximas horas, ficamos dentro da piscina

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Nas próximas horas, ficamos dentro da piscina. Lauren tinha proposto que fossemos para a hidromassagem depois, a qual eu descobri que não ficava na própria piscina, e sim, em uma espécie de banheira atrás de uma porta na qual eu não havia reparado, porque tinha o mesmo material das paredes. Mas, no fim, ficamos tão distraídas com ela me contando sobre suas experiências nos palcos de Nova Iorque enquanto observávamos a cidade –e eu contava sobre as vezes que me apresentei–, que quando me dou conta, estou quase cochilando na água, com o corpo todo enrugado. Fico surpresa pelo tempo que ela passou falando e não se incomodou, mas não comento nada. Nós saímos, tomamos banho juntas, eu tranco a porta, e estou exausta quando me deito na cama, de barriga para baixo para não me machucar. O dia de hoje nem parece que teve só vinte e quatro horas.

— Sinto que estou nas últimas – eu comento, com o rosto enfiado no travesseiro tão macio, que se Lauren não me acordar amanhã, vou dormir o dia inteiro, e que não machuca a parte que ela bateu, também. – Isso é de penas?

— O travesseiro? – Eu apenas concordo com a cabeça, não tendo certeza se ela vai conseguir compreender pela forma que estou. – Sim.

— Meu Deus, alguém despenou uma ave para que vocês, ricos e capitalistas possam dormir bem. Como você se sente com essa crueldade animal, Lauren? – A escuto rir, o que me arranca um sorriso.

— Você também está deitada nele, e parece estar gostando muito.

— É porque eu estou cansada – me defendo, erguendo o indicador para cima. – Uma coisa não tem nada a ver com a outra.

— Claro, entendi – eu sorrio novamente, enquanto ouço som de um zíper abrindo e fechando, e depois, sinto Lauren subindo na cama. – Tira seu short.

Eu levando minha cabeça, levando o olhar em direção a ela, que está abrindo uma pomada, com os olhos focados no que estava fazendo, então não consegue ver quando franzo o cenho.

— O que você vai fazer? – Pergunto, a observando se aproximar de mim, até ficar sentada ao lado do meu corpo, com apenas um babydoll branco de cetim com gola que se parece uma blusa social.

Ela está tão bonitinha nele, e seus olhos ganhou a tonalidade clara de volta. Aquela paleta de cores realmente a valoriza.

Antes de me responder, Lauren tira meu short por conta própria, e eu acabo erguendo um pouco o quadril para a ajudar nisso, ficando apenas de calcinha. Arde quando o tecido roça minha pele.
Conferi meu estado pelo espelho depois do banho, e minha bunda está com um vermelhidão que nunca vi antes. Os dedos de Lauren estão perfeitamente marcados em várias partes, principalmente na qual ela ficou depositando os tapas. Meu rosto não está desse jeito, e sim mais claro, mas ainda é possível para qualquer pessoa ver que levei um tapa bem dado.

— Vou passar isso em você – ela balança a pomada, deixando meu short para qualquer canto. – Quero deixar claro que não sou nenhuma farmacêutica e não sei o que estou fazendo, mas uso isso para os ferimentos que a sapatilha me causa, então talvez possa ajudar. Eu digo, é melhor do que nada.

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