Capítulo 33 - Comédia romantica.

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Nos primeiros minutos do filme, ainda estou me obrigando a comer e Lauren terminando seu café, então não ficamos muito juntas, mas assim que ela finaliza, colocando a mesa no chão, eu trato de largar meu chá pela metade e deitar minha cabeça em se...

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Nos primeiros minutos do filme, ainda estou me obrigando a comer e Lauren terminando seu café, então não ficamos muito juntas, mas assim que ela finaliza, colocando a mesa no chão, eu trato de largar meu chá pela metade e deitar minha cabeça em seu ombro. Ela passa o braço por trás do meu pescoço, eu enlaço nossas pernas, e o filme segue com várias risadas minhas, como se eu nunca tivesse assistido ao filme, quando, na verdade, já sei as falas de cor, e ate imito as vezes, junto com os personagens. E Lauren realmente tem razão. Enquanto eu me mato de rir, ela permanece sem emitir nenhum som, as vezes perguntando –genuinamente confusa– se perdeu ou não entendeu as piadas e trocadilhos. Mas o que me derrete toda por dentro é nas vezes que estou tendo uma crise de risos, me levanto para encara-la e ela está com a maior cara de confusão, mas desfaz e força um sorriso pra mim, para não deixar isso virar um climão.

Quando o filme termina, pulo para outro. Gente Grande, do mesmo ator dessa vez, e Lauren acha tanta graça como o antigo, mas não reclama em nenhum momento. Na verdade, durante a metade do terceiro filme, ela acaba apagando, e eu, com medo demais de acorda-la depois da mesma ter perdido uma madrugada inteira por minha causa, desligo a TV, aproveito para pular a refeição do almoço, tomo mais remédio e caio no sono também.

Passamos o restante do dia juntas, dormindo. Ashley aparece a noite com o contrato, nós conversamos até elas entrarem em acordo e assinar. E no dia seguinte, sem mais compromissos, ficamos juntas também, e estou um pouquinho mais disposta para deixar Lauren me levar em Hollywood. Tiramos fotos no letreiro, eu me encanto pela paisagem. Passamos pela calçada da fama, e quando vejo o nome de Adam Sandler, eu faço um alarde, apontando como se fosse ele em carne viva na minha frente.

Almoçamos juntas, em um restaurante litorâneo, e eu só não deixo meu prato que se resume em sopa de camarão com cogumelos porque Lauren quase abre minha boca e me faz engolir a força. Tenho certeza que odiaria ainda mais se estivesse sentindo o gosto das coisas, mas como estou com ausência de tato, se torna mais suportável, com exceção da vontade continua de jogar tudo pra fora a cada colherada. Ela come mexilhão e lula, tais frutos do mar que só me enjoou ainda mais, principalmente quando ela enfiava um pedaço de tentáculo na boca, e eu imaginava as ventosas grudando na minha língua. Acho que não seria uma boa milionária, visto que só o cardápio me fez quase hiperventilar.

— Você come carne bovina quase crua, com o caldo do sangue e tudo, e acha uma delícia – Lauren argumenta, ainda na nossa discussão sobre a lula que ela comeu quando saímos do carro, na garagem do hotel para hóspedes. – Não entendo o porquê da repulsa por causa de uma lula e um mexilhão.

Ela aciona o alarme, e eu encosto meu quadril da porta traseira, atrasando nossa necessidade de subir para o quarto.

— Os tentáculos estavam mexendo quando você colocou eles naquele molho esverdeado, que tinha a aparência tão duvidosa quanto.

— Mas isso não quer dizer que o animal estava vivo – ela enfia as chaves no bolso, parando na minha frente, e como estávamos no espaço entre um carro e outro, ficamos bem próximas.

Fallen AngelOnde histórias criam vida. Descubra agora