Capítulo 10- Vodka.

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Saio de dentro do teatro com um sorriso amarelo na cara

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Saio de dentro do teatro com um sorriso amarelo na cara.

Lauren está apoiada no carro, do outro lado da rua, com um cigarro entre os dedos, expirando a fumaça para fora. Já não havia pessoas na rua mais, os carros que ocupavam os escanteios se esvaíram com seus donos.

— Por que você não fuma antes de uma apresentação, mas bebe? – Pergunto enquanto atravesso a rua, para evitar que ela perceba que há algo errado. – Fiquei com essa dúvida, mas não perguntei ontem porque não me senti na liberdade.

— E por que hoje você já se sente? – Ela arqueia a sobrancelha, e eu dou de ombros. – Por causa do cheiro. Ashley diz que não é bom pra minha imagem que as pessoas saibam que eu fumo. Tudo bem uma bailarina ser vista dando um coma alcoólico após beber, mas saberem ela fuma cigarro e maconha? Não, isso é inadmissivel.

— Mas você está fumando na porta do teatro.

— Você está vendo alguém por aí? – Lauren traga outra vez, dando de ombros. – Eu era famosa ao ponto de ter gente atrás de mim tirando fotos quando eu era criança, agora eu sou só bastante conhecida no mundo do ballet, então não vai vazar uma foto minha com um cigarro na mão. Se estivéssemos em Nova Iorque talvez, mas aqui não.

Eu tomo o cigarro da sua mão no momento em que ela iria o levar até a boca de novo, o deixo cair no chão e apago com o salto, pisando em cima. Lauren me olha incrédula, com a mão ainda moldando onde o cigarro estava.

— Que porra?

— Se Ashley disse que é ruim pra sua imagem, não acho que ela gostaria de te ver fumando na frente da onde você acabou de apresentar, e isso vira meu trabalho – contorno o carro, para abrir a porta traseira. – Vamos?

— Acho que vou repensar sua contratação – Lauren diz, entrando do seu lado e batendo a porta.

— Você não conseguiria encontrar alguém tão bela quanto eu ao ponto do seu pessoal comentar entre eles que estamos andando juntas – me gabo, descontraida, jogando uma mecha do meu cabelo para trás para compor a cena, e Lauren, outra vez, comprime um sorriso que tenta nascer no canto dos seus lábios.

— Para quem eu chamei de tonta alguns dias para trás você está muito pra frente, Camila Cabello.

— Estou tendo bastante convivência com você, Lauren Jauregui – sorrio pra ela, que não tem descaramento ao vacilar para os meus lábios novamente, antes de voltar a olhar para frente.

— Eu odeio quando você me deixa sem argumentos – ela mordisca o canto do lábio, tentando ao máximo prender o sorriso que já percebi a muito. – Justo.

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