Camila, uma recém-chegada à pequena cidade de New Richland, sem opções, aceita o trabalho de assistente pessoal da mulher conhecida nacionalmente como a bailarina mais prestigiada da atualidade, e a única sobrevivente de um acidente que matou toda s...
⚠️ N/A: Este capítulo está gigantesco, então aproveitem!! E algo importante de se dizer: terá sim um capítulo bônus, com um salto temporal de 3 anos, para vocês acompanharem como ficaram nosso casal, mas ele ainda está sendo escrito, então acredito que vou postar na segunda. Mas fiquem de olho, porque as vezes me dá um surto e eu escrevo tudo em 30 minutos e posto :)
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Vou namorando a caixinha de música até a primeira fila do auditório, fazendo algumas pausas para cumprimentar ou tirar fotos com algumas pessoas que me reconheciam. Ashley já está sentada na nossa poltrona reservada, mexendo no celular, mas assim que me junto a ela, sua atenção se dispersa.
— Achei que não viria mais – ela comenta, enquanto ajeito meu vestido, e surpreendendo eu mesma, a cumprimento com um beijo na bochecha. – Lauren, você nunca fez isso. Qual a probabilidade de você ter me envenenado através desse toque?
— Eu preciso de alguém trabalhando pra mim vinte e quatro horas por dia, que eu possa jogar todas as dores de cabeça e ficar só com a parte boa, então nenhuma – dou de ombros, arrancando uma risada de Ashley, que acaba desencadeando a minha.
— Vadia – ela deixa um tapa leve no meu ombro, e é quando percebe o objeto nas minhas mãos. – O que é isso?
— Camila me deu – sorrio de leve para o presente, acariciando a tampa com cuidado antes de abri-la. – Olha, toca música e tudo mais. E tem uma bailarina. Ela disse que se lembrou de mim e comprou.
O toque da caixinha só não chama atenção das pessoas ao nosso arredor porque as luzes do teatro ainda não se apagaram, para dar início oficial ao concerto, e há um burburinho enorme, mas não me importaria se vissem também. A bailarina girando prende minha atenção, e quando percebo, já estou com outro sorriso bobo no rosto, encarando aquele objeto.
— Você gosta muito dela, não gosta? – Olho para Ashley quando ela me pergunta, e a mesma tem um sorrisinho, com os olhos fraternais pairados em mim.
— É tão óbvio assim?
— Sim – ela ri, e eu sorrio sem graça, colocando uma mecha de cabelo para trás da orelha antes de fechar a caixinha.
— Eu gosto – confesso, sentindo uma vontade repentina de falar sobre esse sentimento com outra pessoa. Outro tópico que nunca aconteceu. – Na verdade, ontem eu disse que amava ela.
— Ai, meu Deus! – Ashley toca meu ombro, empolgada, e como eu não fico rígida, ela deixa a mão ali. – Você falou pra Camila que ama ela? Tipo, literalmente confessou isso na cara dela?
