Camila, uma recém-chegada à pequena cidade de New Richland, sem opções, aceita o trabalho de assistente pessoal da mulher conhecida nacionalmente como a bailarina mais prestigiada da atualidade, e a única sobrevivente de um acidente que matou toda s...
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— Você foi incrível! – Eu digo, ainda presa a ela. – Eu nem sei como descrever o que senti. Mas você estava perfeita, magnífica.
A contragosto, a solto, porque sinto que já estamos a muito tempo abraçada. Suas mãos escorregam para longe do meu corpo, mas não me afasto muito, porque está com barulhos altos aqui e quero a ouvir. Seus olhos estão brilhando. Ela parece estar viva de novo.
— Você gostou?
— Se eu gostei? Lauren, eu nunca vi algo tão lindo na minha vida inteira. Eu amei, poderia sentar naquele banco e ficar te vendo dançar por horas seguidas e você ainda conseguiria prender minha atenção por cada segundo. Você nasceu pra isso, como se suas sapatilhas fossem a ponta de um lápis, e você escrevesse a mais bela poesia quando dança.
— Uau – ela ri, contida e surpresa. – Fico feliz que tenha gostado, Camila, de verdade.
Me perco em suas palavras por um instante. Ela ficou feliz? Feliz porque eu gostei?
Seus olhos se movem para algo atrás dos meus ombros, e sou obrigada a voltar à realidade novamente para dar um passo para o lado de Lauren, e sair da sua frente. É Ashley que está se aproximando, com o cenho franzido, oscilando o olhar entre nós, como se tivéssemos acabado de fazer algo inacreditável demais para que seus olhos acreditem de primeira. Eu repasso todo o que fiz, e nenhuma anormalidade vêm à minha cabeça, então acredito que estou imaginando coisas.
— Você arrasou, Laur, como sempre! – Ela diz, abandonando aquela expressão para sorrir abertamente. Ashley aperta seu ombro em um ato rápido, mas não se abraçam. – Tem uma galera lá fora querendo te ver.
— Acredite ou não, eu estou eufórica – ela diz, abanando as mãos no ar. – Falaram que o espetáculo arrecadou bem mais do que o previsto. Acho que vão aprovar a turnê, estou me matando de ansiedade.
Ela está fora da casca agora, e é tão bonito ver a forma como as emoções fluem naturalmente dela, como se ela expressasse as mesmas durante todos os minutos de sua vida. O ballet realmente era o que a deixa viva.
— Meu Deus, isso vai ser perfeito! – Ashley exclama, com a voz fina de emoção. – Vamos para o auditório e depois podemos...
— Galera, vamos juntar aqui rapidinho – uma voz masculina interrompe Ashley, soando mais alta do que todos os outros ruídos. – O Sr. Smith quer conversar com todo mundo.
O pessoal começa a se aglomerar no meio do backstage. Lauren vai na frente, e Ashley faz um sinal para que possamos seguir também, mas ficamos um pouco afastadas, para que o pessoal do ballet possa se reunir na frente. Um homem alto, vestido em um terno fino, de pele negra, uma barba bem feita e um sorriso enorme nos lábios estava no meio, aguardando todos se aproximarem. Ele abre ambos os braços, e, segundos depois, Harry e Lauren estão lado a lado a ele, com o mesmo sorriso contente no rosto.