Mon rapidamente se livrou do hábito, e enquanto o dobrava olhou de relance para Sam.- Você sumiu depois daquela hora que te vi. - comentou trazendo a atenção da morena para si.
- Ah, sim... é que fui com Heng ao mercado. Ele precisava de ajuda e chamou a mim e Tee para acompanhá-lo. - Sam respondeu, logo levando as mãos até a barra de seu vestido o puxando para cima.
- Ah, certo. - Mon murmurou brevemente.
Sam estava achando engraçado o fato de Mon ter aparecido no banheiro o mesmo horário de ontem, mesmo que provavelmente soubesse que elas estariam ali. E também porque ela notou sua ausência do lugar. Mas isso deveria ser apenas uma coincidência boba.
Sam moveu seus cabelos para o lado passando os dedos entre os fios e quando se inclinou para pegar o vestido e dobra-lo, sentiu os olhos de Mon completamente focados sobre si. Franziu levemente o cenho ao olhá-la e a mesma tinha seus olhos mirados na direção de sua bunda.
Mon então subiu seus olhos pelo corpo da morena e arregalou os mesmos ao ver que Sam a fitava. Rapidamente desviou o olhar corando violentamente e tratou de retirar a túnica preta. Sam sorriu fraco e negou com a cabeça.
- E-eu... iria chamá-la para ir até a biblioteca. Tem uns livros de autoajuda lá que seriam interessantes para você. - Mon disse sem fita-la, ainda envergonhada por ter sido flagrada.
Sam achou fofo ela insistir em querer ajudá-la, então decidiu que não iria ser grosseira.
- Pode me levar lá outro dia, o que acha? - disse de forma tranquila e Mon assentiu. Logo a mesma retirou o vestido fino que usava, ficando apenas de calcinha e sutiã.
No momento seguinte, Sam até que tentou não passar seus olhos pelo corpo da freira mas foi inevitável. E também ela havia feito o mesmo, nada mais justo. Certo?
Mon tinha um corpo bonito, belas curvas, mas com certeza o que gritava chamando atenção ali era sua bunda. Mesmo olhando pela lateral, Sam conseguia ver o volume que Mon tinha. Sua barriga era lisa e linda, ornando com seus seios pequenos. O conjunto de roupa íntima que Mon usava era simples, e sua calcinha era grande com alguns detalhes de florzinhas. Sam desviou o olhar mesmo sabendo que Mon tinha a visto encarando, e prendeu um sorriso.
Pegou a toalha sobre o banco e a jogou no ombro. Mon pegou sua toalha também e voltou a encara-la.
- Sabe, posso fazer uma pergunta um tanto inconveniente? - a freira disse timidamente e de maneira baixa, mas pela proximidade Sam conseguiu ouvir.
Fixou seu olhar em Mon e assentiu para que ela perguntasse. Mon começou a ficar vermelha e Sam juntou as sobrancelhas com a expressão curiosa, dando um pequeno sorriso imaginando o que viria ai.
- Pode sim. - respondeu a incentivando e viu Mon suspirar baixinho.
- Essa calcinha pequena, não a incomoda?
Mon olhou na direção da calcinha de Sam novamente mas rapidamente ergueu seus olhos pois agora a morena estava de frente e a visão que a freira teve foi nitidamente de sua virilha. O tecido da calcinha de Sam era fino e transparente, e talvez Mon tenha visto o que não deveria.
Sam não aguentou e riu de sua pergunta. Por sorte Tee cantava enquanto se banhava lavando os cabelos e por isso não conseguiria ouvir a conversa das duas.
- Ah, não. Não me incomoda, eu meio que já acostumei, sabe? - Sam respondeu com um sorriso no final.
- Hm, certo. Entendi. - Mon apertou a toalha nas mãos. - Desculpe ser invasiva.
- Não foi. Pode me perguntar o que quiser quando tiver curiosidade, okay? - Sam disse e Mon assentiu com um pequeno sorriso.
- Tá bom.
A morena então levou as duas mãos às costas e abriu o feche do sutiã logo o tirando e o deixando sobre suas roupas no banco. Mon não esperava por aquilo e ainda chegou a ver os seios nus da garota, mas em reflexo virou o rosto de forma rápida e lhe deu quase que as costas.
Sam soltou uma risadinha negando com a cabeça e enrolou a toalha no corpo logo tirando sua calcinha. Teve uma visão a mais da bunda de Mon e involuntariamente mordeu o lábio inferior mas se repreendeu no mesmo momento e tratou de entrar na cabine decidindo tomar um bom banho gelado também.
Mon ao notar que a garota havia entrado para tomar seu banho, terminou de tirar sua roupa e fez o mesmo entrando na cabine do lado. Era louco como Sam instigava várias questões dentro de si. Nunca na vida que ela se imaginaria fazendo um tipo de pergunta daquelas. Por sorte Sam era uma pessoa boa que não se importava com aquilo.
Mon não tinha muito filtro em algumas ocasiões e precisava ter cuidado com seus pensamentos e o que iria dizer. Afinal, também não queria cometer pecados.
{-}
Naquela noite Sam praticou da sua reza sozinha. Mon havia sumido e talvez até tenha sido melhor assim. A imagem do corpo de Mon ainda estava fresca em sua memória e ela não queria pensar sobre aquilo. Quando acabou, levantou-se e olhou para Tee que estava do outro lado da igreja ajoelhada e de cabeça baixa. Estavam sozinhas na igreja sem a supervisão de ninguém.
Sam decidiu esperar Tee e sentou-se no banco, passando a observar a arte nas janelas de vidro e no teto da igreja. Até que era bonito de se admirar. Alguns minutos se passaram e Tee ainda permanecia com a cabeça abaixada. A morena já cansada de esperar bufou e levantou-se indo até a colega mas ao chegar perto, mal acreditou no que viu.
- Tee! Não acredito que você está DORMINDO. E eu igual uma trouxa te esperando. - Sam cruzou seus braços a olhando feio e Tee desorientada se pôs de pé passando as mãos sobre seus olhos.
- Nossa, que susto porra! - a mais alta disse e rapidamente levou a mão na boca olhando para o altar. - Perdão senhor. - fez um rápido sinal da cruz sobre o corpo.
Sam bufou outra vez e lhe deu as costas saindo em passos apressados da igreja. Tee seguiu sonolenta atrás da garota ainda um pouco atordoada pelo susto.
Ao sair com pressa, Sam acabou esbarrando em alguém e quando ergueu o rosto deu de cara com Nita. A morena se afastou no segundo seguinte e a freira riu a olhando.
- Opa. Cuidado por onde anda, noviça. - Nita tinha um sorriso esperto nos lábios e olhar minucioso.
- Desculpe. - Sam disse rapidamente a encarando e desviando seus olhos. - Com licença. - não esperou resposta da garota e lhe deu as costas seguindo rumo para seu quarto.
Tee então apareceu e deu de cara com a freira próximo da porta, logo estranhando o fato dela estar parada no corredor, encarando Sam pelas costas enquanto a mesma seguia para o quarto.
Ao sentir que estava sendo observada, Nita desviou seu foco e entrou na igreja sem dizer nada a Tee. A loira franziu o cenho confusa, mas também não fez muita questão, apenas seguiu para seu quarto afim de continuar seu delicioso sono em uma cama confortável.
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𝐋𝐢𝐭𝐮𝐫𝐠𝐢𝐚
Fanfiction𝐓𝐎𝐃𝐎𝐒 𝐎𝐒 𝐃𝐈𝐑𝐄𝐈𝐓𝐎𝐒 𝐑𝐄𝐒𝐄𝐑𝐕𝐀𝐃𝐎𝐒 𝐀: 𝐋𝐀𝐔𝐑𝐙𝐉𝐅𝐕 Desde pequena, Mon já tinha seu caminho traçado. Por quase ter morrido ao nascer, seu pai Aon, um homem extremamente religioso e devoto, fez uma promessa a Deus. Se Mon sobre...