Final

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5 meses depois...

O cenário que se estendia na frente de Sam dava o esplendor perfeito ao seus olhos, assim como a sensação de tranquilidade que preenchida seu peito. Energia, vibrações positivas e todos os sentimentos que a deixava extremamente grata.

Estar em conexão com a atmosfera a sua volta era o ápice de conexão com si mesma, e a praia de Miami lhe enviava aquilo. Sam se sentia em casa.

Mas no momento em questão, Sam tinha seus pensamentos todos voltados para o quão agradecida ela era. Havia planejado executar uma única coisa naquele ano, mas recebera muito mais do que isso. Além da viagem ter dado certo, os meses morando no novo país estavam sendo maravilhosos.

O grande e confortável apartamento que alugaram ficava próximo da praia, e tudo naquela região era agradável. A loja que Yuki havia montado estava rendendo bons lucros e junto com o investimento que a família de Sam estava aplicando, tudo fluía perfeitamente bem.

Ao iniciar do novo ano Sam começaria a faculdade e então tudo ocorreria ainda melhor.

Tee trabalhava na loja junto com Yuki e Jim, mas a loira havia iniciado um curso para se aprimorar na culinária e em breve montar seu próprio restaurante. Mon também começou ajudando na loja, mas ao conhecer uma cliente e descobrir que a mesma era dona de uma galeria de arte, a garota se interessou em trabalhar com a mesma.

A mulher viu talento em Mon, e passou a investir na mesma lhe dando trabalho em sua galeria e custeando todo o curso para que Mon se aperfeiçoasse. A mesma estava tão feliz com isso que Sam se sentia duplamente realizada.

Nada poderia estar indo tão bem, talvez se tivesse planejado dessa maneira não teria dado tão certo.

- Amor? - a voz suave e aveludada de Mon soou atrás de si.

Sam olhou por cima dos ombros com um pequeno sorriso, acompanhando-a com os olhos até vê-la se sentar ao seu lado, sobre o fino tecido em cima das rochas do lugar onde estava.

- Oi querida. - Sam sorriu.

Mon parecia ficar ainda mais linda a cada dia, seus cabelos agora estavam nos ombros diferente dos de Sam que haviam crescido e já chegavam próximo de sua cintura.

- Tee e Yuki foram buscar Nop e Heng no aeroporto, eles ligaram avisando a Jim que acabaram de chegar. - Mon sorriu, se aninhando nos braços de Sam que tinha os mesmos abertos em sua direção. - Alexa também já está vindo com o namorado, e Jim ficou com o novo varão terminando de preparar tudo. Por isso vim aqui te chamar.

- Vamos já. - murmurou beijando sobre os cabelos de Mon.

Sam a apertou com os braços em volta do corpo de Mon, tendo a cabeça da mesma apoiada em seu peito. Mon juntou suas mãos entrelaçando seus dedos, enquanto observavam o pôr do sol em sua despedida final.

- Você ama esse lugar, não é mesmo? - disse com um leve sorriso, ouvindo Sam murmurar assentindo.

Mon suspirou baixinho sentindo o calor de sua namorada lhe envolver assim como a brisa de maresia que tocou seu rosto. Eram em momentos como esse que Mon sentia que todo o esforço e sacrificios valeram a pena. Sam valia a pena. A forma como a garota cuidava de si, a mantendo segura e tornando seus dias mais coloridos, evidenciavam que não havia pessoa mais sortuda do que ela. Quem tinha Sam, tinha tudo. E apenas Mon desfrutava daquilo.

- Mon, outro dia eu estava pensando... imagina quando tivermos filhos e eles me perguntarem como nos conhecemos? - Sam começou a rir de uma maneira gostosa fazendo Mon sorrir de um jeito bobo. - Vou dizer que fui lá e roubei a mãe deles de um convento. Muito romântico. - a morena comentou dando uma risadinha, em seguida aplicando um pequeno beijo sobre seus ombros.

- Será uma história e tanto, meu amor. Mas a parte mais linda será essa, a que nós vivemos juntas no agora. - Mon virou seu rosto fitando os olhos castanhos clarinhos com um sorriso, sentindo quando Sam se inclinou selando seu lábios demoradamente.

- É, você tem razão. - sentiu Sam soltar um suspiro, e ambas olharam para o sol indo embora.

- Você acha que Nita irá vir também? - Mon perguntou lembrando daquele pequeno detalhe. Sam logo começou a rir.

Há alguns meses atrás Nita simplesmente havia aparecido na porta do apartamento das garotas, exalando elegância e pegando todas de surpresa. Talvez o susto dessa vez tenha sido maior do que assistir Nita em um dos comercias de uma marca famosa de maquiagens em Miami. Nita assim que as viu, abriu um enorme sorriso e correu abraçando uma por uma, para em seguida contar que agora era casada com uma mulher linda e milionária e que havia as encontrado graças a uma pesquisa rápida no Google, ao jogar o nome e sobrenome de Sam. E também com a ajuda de um bom detetive particular, claro.

Após o grande susto, notaram que Nita apenas sentia saudades e estava ali com boas intenções, então a receberam de braços abertos. Até mesmo Tee. No entanto, Mon permanecia com um pé atrás em relação a garota, e também a uma nova, Halsey, que surgiu e que passava boa parte do tempo com Sam.

Mon confiava fielmente na namorada, porém tinha seus olhos atentos as outras mulheres ao redor.

- Acho que não, Mon. Talvez depois do ano novo. - Sam murmurou,
apertando Mon de leve e beijando seu pescoço. - Minha linda.

Mon soltou de seus braços e virou-se tocando sem pressa o rosto bonito e angelical de Sam, para em seguida beijar seus lábios rosados.

- Eu amo você. - Mon murmurou contra seus lábios e Sam sorriu, segurando sua cintura firmemente.

- Eu te amo muito. - Sam sussurrou, levando uma mão para o rosto de Mon, a tomando em um beijo no segundo seguinte.

Mon a abraçou passando os braços envolta de seus ombros, se entregando ao beijo que tanto gostava e nunca enjoava.

Ali nos braços de Sam, Mon lembrou-se que havia tido o melhor natal de todos, mesmo que distante de sua família. E o ano novo seria o mais feliz também, já que teriam a companhia de Heng e Nop para passarem a virada com elas.

Nos últimos cinco anos seus natais não foram nada agradáveis assim como o ano novo, sua única sorte e significado de família, era Jim ali consigo. Mas nem nos outros natais onde passara com sua família, nenhum se comparavam com tudo que Mon estava vivendo agora.

Mesmo que seu pai ainda estivesse lidando com toda a situação, Mon sentia-se tranquila em relação a eles. Sua mãe e Sofi sempre estavam ali a apoiando e torcendo por si, e isso era tudo que importava. Fora Sam que era seu total apoio e refúgio.

Fossem os anos que passou presa no Saint Prier ou toda obrigação designada perante a igreja, Mon agradecia pois suas preces silenciosas em meio a choros que só ela sabia ter tido enquanto estava naquele convento, haviam sido genuinamente ouvidas. Pois agora Mon era livre e sentia a mais pura felicidade em cada realização. Tudo estava sendo melhor do que jamais pôde esperar.

Pararam com as trocas de beijos e levantaram-se logo em seguida. Mon abraçou sua namorada mais uma vez, roubando-lhe um beijo suave, para então entrelaçarem seus dedos e seguirem de volta para casa.

Não que já não estivessem. Pois juntas, o sentimento de lar era o mesmo. Não precisavam ir ou estar em lugar nenhum.

 𝐋𝐢𝐭𝐮𝐫𝐠𝐢𝐚 Onde histórias criam vida. Descubra agora