Sam organizava suas coisas ao final daquele dia, após ter tido uma longa conversa com Alexa acertando alguns pequenos detalhes. Finalmente estava tudo certo, em menos de 5 dias estaria colocando os pés em Miami. Era um misto de alegria e desespero. De alguma forma ir ficar ao lado de sua melhor amiga não parecia mais tão animador como antes.
Não quando Sam teria que ir embora de Cojímar e deixar Mon para trás. Mas era aquilo. O que Sam poderia fazer?
Com um leve suspiro, Sam tirou seu último cigarro guardado em sua cômoda e o acendeu tragando um pouco, sentando-se na cama. Heng também já sabia que ela iria embora dali, o mesmo até se ofereceu para levar ela e Tee para Havana, onde tirariam as passagens e enfim, pegariam o avião direto para Miami. Já estava tudo certo. Menos a parte em que ela contava tudo aquilo a Mon.
Estava sendo uma covarde. Tinha que dizer logo a ela, mas ainda não conseguia fazer aquilo. Sam torcia para que nas próximas horas a coragem de alguma forma surgisse em um passo de mágica.
- Hey, e aí. Conversou com a Alas...Alexa? - disse Tee ao entrar no quarto.
A loira logo viu que Sam fumava com a cabeça encostada na cabeceira da cama. Seu semblante era um tanto deprimido.
- Sim. Tudo certo para partimos amanhã a noite.
- Para sua casa?
- Uhum. - Sam murmurou, logo soltando a fumaça que prendia.
Haviam combinado de Yuki levá-las até a casa de sua avó durante a madrugada, pois assim não seriam pegas por nenhuma irmã do lugar.
Tee precisaria pegar alguns documentos em sua casa e Sam decidiu
que não seria justo sair sem se despedir de quem sempre fez tudo por si desde pequena. Iria encarar sua avó e dizer que já havia se decidido e que o convento nunca seria o lugar para ela.- Mon está encantada com o presente. Você jogou bem. - Tee murmurou enquanto se acomodava para dormir.
- Não foi exatamente uma jogada. - murmurou. - Foi mais como uma
forma de poder manter contato com ela, caso ela queira... - Sam
terminou a frase engolindo em seco com a simples ideia de que Mon poderia lhe odiar.A garota terminou seu cigarro, e levantou apenas para apagar a luz e deitar-se para dormir.
- Você precisa contar a ela, já esperou demais. - Tee murmurou de
onde estava, e Sam soltou um longo suspiro.- Eu sei... - Sam encarava o teto com as mãos apoiadas sobre a barriga, mesmo lenta, estava com milhares de sentimentos bombardeando seu peito. - Eu sei. - disse baixinho.
{-}
Começaram o dia fazendo as tarefas da igreja como se fosse mais um domingo normal. Sam sentia-se nervosa e podia perceber Tee com a mesma energia, mas a ansiedade era o mais evidente na loira. Iriam embora aquela noite.
Como estavam livres, Sam aproveitou para passar o dia ao lado de Mon. E assim que a freira a chamou para irem até o quartinho de pinturas, Sam não pensou duas vezes em acompanhá-la. Assim que entraram no lugar e Mon fechou a porta, a garota até se assustou um pouco com a forma que Mon se jogou em seus braços e a tomou para um longo beijo.
Suas mãos rodearam o corpo da freira, e assim que o ar lhes faltou, passaram a dar pequenos selinhos. Sam nunca vira Mon com um olhar tão feliz, e até mesmo apaixonado. Era certo que estaria da mesma forma, mas de alguma maneira sentia-se tensa, como se estivesse mentindo para Mon.
- O que foi? - ao ouvir a voz de Mon, e encarar seus olhos, Sam notou que a mesma tinha um olhar focado sobre si.
- Nada. - Sam sorriu, selando os lábios da freira e se afastou um pouco. - O que você pretende pintar? - disse ao se aproximar dos pincéis.
VOCÊ ESTÁ LENDO
𝐋𝐢𝐭𝐮𝐫𝐠𝐢𝐚
Fanfiction𝐓𝐎𝐃𝐎𝐒 𝐎𝐒 𝐃𝐈𝐑𝐄𝐈𝐓𝐎𝐒 𝐑𝐄𝐒𝐄𝐑𝐕𝐀𝐃𝐎𝐒 𝐀: 𝐋𝐀𝐔𝐑𝐙𝐉𝐅𝐕 Desde pequena, Mon já tinha seu caminho traçado. Por quase ter morrido ao nascer, seu pai Aon, um homem extremamente religioso e devoto, fez uma promessa a Deus. Se Mon sobre...