- Abusada, - Tee ralhou para Nita, que revirou seus olhos.
A intenção do jogo desde o começo era com interesses específicos voltados para a loira; não era para aquilo acontecer.
- Eu vou atrás dela. - Sam se apressou em dizer, e saiu antes que Jim o fizesse.
- É só um jogo. Não sabia que elas estavam juntas. - Nita disse, dando de ombros, e Jim encarou Tee.
- Juntas? - perguntou, quase engasgando.
- Então vem cá pagar o desafio e tomar sua dose. - Tee disse com desdém, e Nita, sem medo, foi até a garota para beber da tequila.
Yuki, apreensiva, chegou perto da loira e, assim que Tee virou a garrafa em sua boca, segurou o braço da maior quando Nita começou a se afogar. Jim, ainda confusa, chegou perto de Heng.
- Como assim juntas? - perguntou ao garoto, que apenas deu de ombros, fingindo não saber de nada. Jim, no entanto, continuou quieta e pensativa.
Sam procurou Mon perto do bar, mas só a enxergou do outro lado da rua, encostada no Jeep de Heng. Estava com os braços cruzados, encarando o mar à sua frente em completa escuridão.
- Mon... - Mon se aproximou vagarosamente, com medo da garota correr de novo.
Mon a olhou, parecendo menos furiosa, com seus cabelos bagunçados por conta do vento. Sam parou ao lado da freira, encostando-se também no veículo, observando o extenso mar.
- Mon... não era pra eu ter deixado, eu sei. Mas eu tentei empurrá-la. - Sam começou a dizer, meio incerta de quais palavras usar. Não sabia exatamente o que era aquilo que estavam tendo, mas sentia o descontentamento e leve ciúmes de Mon para cima de Nita.
Mon sentia-se ferver por dentro, e aquele sentimento era uma loucura. Ficar assim por causa de alguém era doido demais. E nada amistoso. Mas só de ouvir Sam a chamar daquele jeito no qual só ela usava, já fazia com que toda aquela inquietude em seu peito se acalmasse. Como as ondas do mar que se quebravam ao chegar na areia da praia em completa calmaria.
-Eu sei, - Mon murmurou, desviando sua vista do mar para Sam ao seu lado. - Acabei me exaltando um pouquinho também... me desculpe por te empurrar. Afinal, era só um jogo bobo, - Mon disse, tentando não fazer uma careta.
Sam se aproximou mais um pouco e passou seus braços envolta de Mon, beijando seu cabelo. Mon a abraçou, suspirando ao sentir seu cheirinho doce. Virou-se para Sam e a puxou, pronta para sentir seus lábios, quando Jim apareceu com um semblante preocupado.
- Mon, tá tudo bem?, - a menor se aproximou, parando em sua frente, e Mon rapidamente se afastou de Sam. - Já cuidamos daquela Maria Madalena, não se preocupe, - sorriu de forma suave, segurando as mãos de Mon.
- Estou bem sim. Foi só um mal estar...
- Mon!!!! - Tee gritou, enquanto corria ao atravessar a rua, e logo estava ao lado delas. - Vamos voltar pra lá, cancelei o jogo e quase matei a freira no álcool, - informou com um largo sorriso, logo Yuki estava junto delas.
Mon sentiu-se aquecer em um sentimento bom. Ver todas as garotas reunidas ali a deixava extremamente feliz por tê-las em sua vida e por se preocuparem com ela. Deu um amplo sorriso e concordou, logo segurando na mão de Sam e voltando com todas para o amontoado de pessoas.
Assim que entraram no bar de novo, Tee chamou todos para uma mesa de bilhar. Heng, vendo-as voltarem novamente, deixou de fazer companhia a Nita no balcão. A mesma até já estava envolvida em uma conversa com uma garota que havia acabado de chegar no lugar. A estranha tinha o cabelo liso na altura dos ombros, lábios grossos e era bem encorpada. Não parecia residir em Cojímar, e seu sotaque estrangeiro denunciava que era uma turista.
VOCÊ ESTÁ LENDO
𝐋𝐢𝐭𝐮𝐫𝐠𝐢𝐚
Fanfiction𝐓𝐎𝐃𝐎𝐒 𝐎𝐒 𝐃𝐈𝐑𝐄𝐈𝐓𝐎𝐒 𝐑𝐄𝐒𝐄𝐑𝐕𝐀𝐃𝐎𝐒 𝐀: 𝐋𝐀𝐔𝐑𝐙𝐉𝐅𝐕 Desde pequena, Mon já tinha seu caminho traçado. Por quase ter morrido ao nascer, seu pai Aon, um homem extremamente religioso e devoto, fez uma promessa a Deus. Se Mon sobre...